Justiça decide na quinta-feira se acusado de matar blumenauense em Curitiba vai a júri popular

O engenheiro Douglas Junckes foi morto em 2018, dentro do próprio apartamento

O caso do engenheiro blumenauense Douglas Regis Junckes, morto por um vizinho dentro do próprio apartamento, em Curitiba, em 2018, terá mais um capítulo nesta quinta-feira, 6.

Nesta data, o Tribunal de Justiça do Paraná vai julgar o recurso da defesa, que tenta evitar
que Antonio Humia Dorrio, acusado pelo crime, vá a júri popular, como havia determinado a sentença da Justiça de Curitiba, em julho do ano passado.

Douglas Regis Junckes foi morto a tiros no dia 21 de maio de 2018. O autor dos disparos ficou 18 dias em prisão preventiva, e alegou problemas com o som alto como o motivo para o crime. A família do blumenauense, entretanto, sustenta que o crime ocorreu durante o dia e que não havia nenhum registro formal de reclamação quanto a barulho junto ao condomínio.

Desde então, a defesa de Dorrio vem recorrendo de cada decisão que reconhece o crime como homicídio doloso – quando se tem intenção de matar -, o que levaria o caso a ser julgado pelo Tribunal do Júri.

O advogado que representa a família de Junckes, Eduardo de Ávila Martins, acredita que o recurso da defesa será julgado improcedente. Se isso ocorrer, o processo retorna à 2ª Vara do Tribunal do Júri, para então, ser agendada a data para o júri popular.

Entretanto, se o recurso da defesa de Dorrio for acatado, ele pode ser julgado pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, o que faria com que o caso fosse julgado somente por um juiz e não pelos jurados no tribunal do júri.

Os advogados do acusado também sustentam a tese de legítima defesa, o que poderia levar à absolvição pela morte do blumenauense.

“O mal causado à nossa família jamais será reparado. Mas o assassinato de uma pessoa inocente, na segurança e conforto do próprio lar, ficar impune, acaba não somente com a confiança na justiça do nosso país, como na humanidade como um todo”, afirma Rosângela Junckes, mãe da vítima.

“É esse mundo que queremos? Qualquer pessoa pode tirar a vida de outra a seu bel prazer, por motivo fútil e não haver nenhuma consequência?”, desabafou.

Quando foi morto, Douglas Regis Junckes, estava prestes a completar 36 anos. Era o filho do meio da família Junckes.

Engenheiro elétrico, trabalhava na empresa Nokia havia 13 anos, ocupando funções no Brasil e no exterior, e se preparava para uma viagem de férias na Europa, na companhia de amigos. Foi morto pelo vizinho poucas horas antes de pegar o voo.

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