Mãe alega que filho de 2 anos foi agredido em creche de Blumenau; Secretaria de Educação se posiciona

Mulher fez denúncia na Secretária de Educação, no Ministério Público e na Polícia Civil

Uma moradora do bairro Badenfurt alega que o filho dela, de 2 anos, teria sido agredido na creche em que estuda em Blumenau. De acordo com Keith de Jesus, o caso ocorreu neste ano no Centro de Educação Infantil (CEI) Maike Andresen Deeke.

Segundo a mãe, o filho estava chorando e a professora teria ficado brava, pois ele não queria comer. Ela alega ainda que o filho teria sido chacoalhado pela professora e chamado de “moleque mimado”.

Keith, que trabalha na escola como cozinheira, diz que tomou conhecimento sobre a suposta agressão ao filho após o relato de uma testemunha. “Graças a Deus eu não presenciei a agressão, foi uma outra pessoa. Eu ouvi ela gritando com ele, ouvi ela chamando de moleque mimado e não entendi o que aconteceu e foi quando a testemunha relatou que a professora catou ele pelos braços e jogou ele no chão porque ele não queria comer. Ela tirou ele da cadeira”, alega a mãe.

Keith entrou em contato com a diretora do educandário em busca de uma solução para o problema. A mulher afirma que até o momento a professora só teria sido transferida para outra sala. Keith comenta que antes disso a professora em questão dava aula para o pré e que teria sido transferida para o berçário, onde o filho dela está.

Troca de creche não é viável

Ela ainda acrescenta que após pedir a remoção da professora da sala que o filho estuda, teria sofrido suposta perseguição dentro do educandário. Keith é cozinheira de uma empresa terceirizada que trabalha no CEI e alega que foram feitas reclamações contra ela. A empresa teria realizado uma visita no local para apurar as supostas reclamações, mas não teria encontrado nada de errado referente ao serviço prestado pela servidora.

A mãe afirma que foi ofertado para ela a possibilidade de trocar a criança de creche, mas revela que não consegue aceitar essa opção visto que o filho mais velho, que é autista, estuda na escola Lauro Müeller, que fica perto ao CEI.

Todos os dias, no horário de almoço, ela precisa ir na outra escola para dar os remédios ao filho. Por ser um remédio controlado e de tarja preta, a responsabilidade de administrar a medicação é dos pais. Segundo ela, essa logística só é possível porque a creche e a escola ficam próximas e com uma transferência de educandário isso não seria viável para a mãe.

“Ele [o mais velho] tem crise de ansiedade, então eu tenho que estar por perto, eu consigo ir ali olhar ele, coisa de 10 minutos, é tudo combinado com a empresa e facilita pra mim. As pessoas não conseguem entender isso. Eu preciso trabalhar, eu preciso cuidar dos meus filhos, ele precisa de mim e eu preciso do emprego, tudo é um conjunto”, explica.

Keith já registrou um boletim de ocorrência sobre o caso, fez a denúncia na Secretaria de Educação e também no Ministério Público. Segundo ela, o Ministério Público está apurando os detalhes do caso.

Conforme o delegado Felipe Orsi, titular da Delegacia de Polícia de Proteção à Mulher, à Criança e ao Adolescente (Dpcami), há uma investigação em curso. No entanto, por se tratar de uma criança, ele não deu mais detalhes.

Posicionamento da prefeitura

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Educação para questionar sobre o caso. Em nota, a prefeitura afirma que a família procurou a instituição de ensino para oficializar a denúncia neste ano e diz que “todas as medidas foram tomadas”.

“Toda a documentação referente a esta situação foi encaminhada para a Procuradoria Geral do Município. As professoras da referida turma foram remanejadas para atender outras crianças maiores e as professoras estão sendo atendidas, a pedido das próprias profissionais, no Serviço de Acompanhamento Ocupacional Funcional (SAOF)”, afirma.

A nota ainda afirma que a Secretaria de Educação não tomou conhecimento de nenhum outro caso na instituição de ensino. “Reiteramos ainda que as investigações estão em curso e, se necessário, serão tomadas as medidas administrativas cabíveis”, finaliza a nota.

Confira a nota na íntegra:

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informa que a família procurou a equipe gestora da instituição de ensino e a Secretaria de Educação para oficializar a denúncia no ano de 2024 e todas as medidas foram tomadas, tanto pela equipe gestora da instituição de ensino, quanto por parte da Secretaria de Educação.

Toda a documentação referente a esta situação foi encaminhada para a Procuradoria Geral do Município. As professoras da referida turma foram remanejadas para atender outras crianças maiores e as professoras estão sendo atendidas, a pedido das próprias profissionais, no Serviço de Acompanhamento Ocupacional Funcional (SAOF). A equipe gestora da instituição de ensino tem realizado acompanhamento mais frequente do trabalho das profissionais da instituição de ensino e providenciou a instalação de mais câmeras no local.

A Semed destaca que, todas as vezes em que foi procurada pela família, fez o referido atendimento. Também foi sugerida transferência da criança para outra instituição, no entanto, a família optou em manter a criança na instituição.

Por fim, reforçamos que não chegou para a Secretaria de Educação nenhuma outra reclamação da referida instituição de ensino por parte de outros familiares ou outros profissionais. Reiteramos ainda que as investigações estão em curso e, se necessário, serão tomadas as medidas administrativas cabíveis.

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