Com a mudança do Ministro da Saúde, algumas decisões nos estados e municípios podem mudar por conta da das ideias do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) serem colocadas com mais facilidade em prática.

Não é segredo para ninguém que o ministro Mandetta caiu por discordar da vontade de Bolsonaro em fazer um isolamento vertical, obrigando apenas os grupos de risco, como idosos e diabéticos, a ficarem em casa e liberando o restante da população para voltar ao trabalho.

As decisões dos isolamentos estão nas mãos dos governadores e prefeitos, mas o governo federal, através do Ministério da Saúde e da Economia, pode pressionar os estados liberando ou não verbas para que estes consigam fechar suas contas até 31 de dezembro.

Em Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL) também deve mudar a sua forma de agir em algumas situações, principalmente depois da gritaria que aconteceu por conta do hospital de campanha de Itajaí e também porque a vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) começou a botar as mangas de fora e deixou de ser figura decorativa na atual administração.

Dentro do governo já se fala até em algumas mudanças de pessoas importantes do governo, mas se ocorrerem será depois do momento mais crítico da pandemia.

Aqui em Blumenau poucos são os políticos que aparecem mostrando o que estão fazendo. Algumas lives, algumas postagens em redes sociais, mas de concreto nada. O prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) continua sendo a figura que mais aparece e surfa quase que sozinho numa onde que tem lugar pra mais gente.

O deputado estadual Ivan Naatz (PL) também consegue ocupar seu espaço e tem aproveitado os erros do governo Moisés para fazer o seu papel de opositor, fazendo coro com o senador Jorginho Mello (PL) que mira a cadeira do governador como objetivo principal.

A dúvida se vai ou não haver eleição em 2020, só deve começar a ser discutido a partir de junho, segundo o próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Mas mesmo assim seria necessário mudar a constituição através de uma PEC (Projeto e Emenda Constitucional), que precisa passar duas vezes pela Câmara e duas vezes pelo Senado, para ser aprovada. Se em uma das quatro votações não se atingir 3/5 de aprovação, ou seja, 308 deputados na Câmara e 49 senadores, ela já não será mais aceita e a data fica como está.

Então é melhor os pré-candidatos se mexerem como podem e os escondidos voltem a cena, pois caso contrário nem o eleitor vai lembrar deles nas próximas eleições.