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Ministério Público pede júri popular para acusados de matar criança de 11 anos em Timbó

Caso Luna teve grande repercussão na região do Vale

Foi realizada nesta semana a audiência de instrução de julgamento dos dois acusados de matar Luna Bonnet Gonçalves, de 11 anos, em abril deste ano em Timbó. Os dois réus são a mãe e o padrasto da menina, vítima de um crime que chocou a comunidade do Vale do Itajaí.

Após os interrogatórios realizados pela Justiça, o Ministério Público de SC, responsável pelas acusações, solicitou também que o casal seja julgado por júri popular. O pedido leva em consideração a brutalidade dos fatos.

Crimes

A ação penal foi ajuizada pelas Promotorias de Justiça da Comarca de Timbó relata os crimes que ocorreram até abril de 2022, sempre em casa, contra a criança de apenas 11 anos, que estava sob a guarda e autoridade do casal.

De acordo com o que foi apurado nas investigações, os acusados, como forma de aplicar castigos à menina, passaram a agredi-la diariamente. Eles ainda davam castigos intensos e usavam violências físicas brutais mediante socos, tapas, golpes com chinelos, surras com pedaços de mangueiras de jardim.

Segundo os Promotores de Justiça que assinam a ação, Alexandre Daura Serratine e Tiago Davi Schmitt, a violência física era acompanhada de graves ameaças, com intenção de aterrorizar a criança e reduzi-la, psicologicamente, a uma forma desumana.

Além disso, descrevem que os acusados prometiam causar mal injusto e grave se a menina revelasse o comportamento a alguém ou não fosse obediente às vontades dos autores. Impediam, inclusive, a criança de frequentar a escola, temendo que as agressões fossem descobertas.

No dia 13 de abril, a violência aplicada foi tamanha, que Luna não resistiu a golpes contundentes contra o rosto, a cabeça e o tórax e morreu. O laudo cadavérico demonstrou, ainda, que na ocasião ela foi estuprada, pois evidenciou que havia sido submetida à conjunção carnal.

Após o homicídio, os réus apagaram a memória de seus celulares e iniciaram a limpeza e reorganização da cena do crime para impedir o descobrimento da verdade. Em depoimento à polícia, a mãe confessou falsamente, assumindo toda a responsabilidade pela morte da filha, para proteger seu companheiro, padrasto de Luna.

O casal foi acusado pelos crimes de homicídio qualificado por ter sido praticado por motivo fútil e torpe com meio cruel, sem possibilidade de defesa e por se tratar de feminicídio, estupro de vulnerável, tortura, cárcere privado e fraude processual. A mãe ainda responde por autoacusação falsa.

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