Um morador de Blumenau foi vítima de um golpe envolvendo nudes – troca de fotos íntimas. Ele foi apenas mais um dos brasileiros que trocou imagens de nudez com um estranho para, no fim, descobrir que estava sendo enganado.

O golpe, que já ganhou fama no Rio Grande do Sul, começa no Facebook. Na rede social, uma mulher entra em contato com um estranho pedindo pelo WhatsApp. No aplicativo, ocorre a troca de fotos e vídeos íntimos. Um detalhe muda tudo: ingenuamente, a vítima muitas vezes mostra seu rosto.

Depois de já ter ganhado a confiança, a vítima começa a receber mensagens que seriam dos pais da suposta amiga. Acusando a pessoa de pedofilia por trocar fotos nuas com uma menor de idade. Confuso e desesperado, ele é coagido a dar dinheiro para o golpista para não ser exposto.

Entretanto, o estelionatário não para por aí. Em seguida, outro número entra em contato com a vítima. Alegando ser o advogado da família, ele pede mais dinheiro para não ser processado. Muitos até mesmo fingem ser policiais civis usando o brasão da instituição e extorquindo ainda mais a pessoa.

O delegado Lucas Gomes de Almeida, responsável pelo caso, aconselha que o ideal é procurar a Polícia Civil no primeiro sinal de extorsão. Nenhuma troca de dinheiro deve ser feita. E como a vítima desconhecia o fato de a pessoa ser supostamente menor de idade, não responderá por pedofilia.

“Estamos descartando a hipótese de cometimento de crime por parte dessas vítimas até porque de início não dá pra ver que se trata de uma criança ou adolescente. O que difere esse golpe de outros envolvendo fotos íntimas é que neste há diversos atores no enredo.”, explica.

Segundo ele, o golpista pode ser indiciado pelos crimes de extorsão, falsa identidade – por se passar por policiais – e, caso seja constatado uma rede, é possível que haja também uma associação criminosa.

Confira a entrevista com o delegado