No fim do mês de janeiro o governador Carlos Moisés sugeriu, numa audiência com o ministro Tarcísio Gomes Freitas, da Infraestrutura, que Santa Catarina poderia destinar cerca de R$ 200 milhões para terminar um dos lotes da BR 470, entre as cidades de Navegantes e Blumenau, e também recuperar a BR 163, no Oeste de Santa Catarina.

A proposta do governador acabou não sendo muito bem aceita lá na Assembleia do Estado e o deputado que mais tem se mostrado contrário a esta ideia é Ivan Naatz, líder da oposição e da bancada do PL. Ele afirma que só será favorável a proposta do governador depois que as rodovias catarinenses estiverem em bom estado de conservação, o que não ocorre hoje.

Em dezembro de 2020 o PL de Naatz e Jorginho Mello até tentaram uma aproximação com Carlos Moisés, mas acabaram ficando com um pé atrás porque Moisés pode querer ir a reeleição, e aí contaminaria a candidatura de Jorginho ao governo do estado em 2022, pois ele não iria poder criticar o governador por estar dentro do governo de Santa Catarina também.

Então Naatz voltou a criticar a iniciativa do governador e disse que “ninguém duvida da importância destas rodovias para a economia regional, mas que o governo estadual  deveria se preocupar primeiro em fazer o dever de casa, ou seja, destinar recursos para a recuperação de pistas de rodovias estaduais que estão em precário estado de conservação”. Como exemplo, ele citou a rodovia Ivo Silveira (SC-108), entre Gaspar e Brusque, e a SC 425, que dá acesso ao município de Mirim Doce , no Alto Vale do Itajaí.

O deputado Ivan chegou a levar um pedaço do asfalto da rodovia de acesso a Mirim Doce para o plenário da Alesc para mostrar que ela não só está em péssimas condições, mas também para questionar a qualidade do asfalto que o Governo do Estado está usando para recapear as rodovias catarinenses. “Esse é o retrato do abandono da maioria das estradas catarinenses”.

Naatz acrescentou que esse trecho da rodovia está há mais de oito anos em situação precária, sem nenhum plano de recuperação previsto e prejudicando a circulação de pessoas e da economia daquela região. O deputado espera que o governador não dê prosseguimento na sua proposta e espera que haja um plano de recuperação das estradas que são de competência do governo estadual o mais rápido possível.

Sobre o Aeroporto de Navegantes

Naatz aproveitou seu pronunciamento para sugerir que, se o governador quiser fazer uma boa ação para Santa Catarina e para a região do Vale do Itajaí com o dinheiro do governo estadual numa estrutura federal, que faça as desapropriações da área do entorno do aeroporto internacional de Navegantes para permitir a construção da segunda pista de pouso e decolagens, incluindo cargas comerciais.

O deputado estadual observou que o edital de concessão do Governo Federal, referente ao terminal aeroportuário de Navegantes, considerado pela classe empresarial como o mais importante aeroporto de turismo, logística e negócios de Santa Catarina, não prevê essas desapropriações de terras  que foram retiradas do documento e que, no entendimento da classe empresarial regional, podem inviabilizar o crescimento do terminal no futuro.

Realmente esse aeroporto é fundamental para toda a região do Vale do Itajaí e precisa que a concessão seja feita o mais rápido possível, mas é preciso que o Governo Federal faça de forma correta, pois caso contrário a iniciativa privada poderá fazer apenas mais um puxadinho, o que diminuiria o interesse pelo aeroporto.

Temos como exemplo o aeroporto de Florianópolis, que depois de privatizado ficou muito mais atrativo, moderno e confortável, sem que os custos de operação fossem aumentados.


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