O empresário Márcio Darolt de 55 anos é o novo presidente do Basquete Feminino de Blumenau. Pelos próximos quatro anos ele terá que dividir a agenda de industrial, dono de uma fábrica que produz poliuretano, com a responsabilidade de comandar a gestão e os destinos do BFB.

As duas filhas de Darolt jogaram nas categorias de base do BFB e ele, apaixonado pela modalidade, colabora com o clube desde 2016. Será o quarto presidente em oito anos de história da instituição e, ao lado da vice, Cheila Espíndola, encabeçou a chapa “O Futuro é Hoje”, eleita por aclamação para o quadriênio 2024/27.

Em entrevista ao portal O Município Blumenau, Márcio Darolt falou sobre os desafios que terá pela frente e revelou o sonho de ser campeão brasileiro.

Na sua gestão será possível montar uma equipe qualificada para brigar pelo título da Liga Nacional?

MD: Blumenau sempre monta uma equipe qualificada, haja vista que no ano passado tínhamos três jogadoras de seleção brasileira em nosso elenco. É óbvio que a gente sempre esbarra no fator financeiro, com equipes como o Sesi e o Sampaio que possuem orçamentos muito superiores ao do BFB. E aí sabemos que essa diferença torna a disputa pelo título um pouco mais difícil, mas Blumenau sempre montou e vai seguir montando equipe qualificada, com o objetivo de chegar no lugar mais alto do pódio.

É preciso repensar o projeto do BFB, para não ser tão dependente de veba pública, conquistar mais apoio junto à iniciativa privada, e, assim, alcançar voos mais altos?

MD: O projeto do BFB não precisa ser repensado, precisa é ter continuidade, o que já tem sido muito bem feito nos últimos anos e ampliar as ações para que a gente alcance lugares mais altos, dentro e fora de quadra. O projeto não é alicerçado em verba pública porque o dinheiro público é somente um complemento do nosso orçamento, que tem tambem verba da iniciativa privada, de todos os os setores. É um conjunto! E, sem dúvida, o apoio da iniciativa privada sempre poderia ser maior, haja vista que existem várias possibilidades e vertentes para captação de recurso. Uma delas é a Lei de Incetivo ao Esporte e o BFB vai trabalhar para buscar dinheiro através da lei federal de incentivo.

Qual a prioridade para 2024?

MD: Não temos uma prioridade número 1. São várias as prioridades e, de acordo com nosso planejamento, a ideia é manter a hegemonia estadual, manter e qualificar cada vez mais as nossas categorias de base e a equipe principal.
E a gente tem que trabalhar para buscar recursos e colocar tudo isso em prática, como a gente faz todos os anos.

Um sonho/ambição da nova gestão?

MD: Sonhos a gente tem muitos, afinal, sonhar não custa nada.
O BFB sonha em participar mais de campeonatos nacionais das categorias de base. Hoje a gente já participa do Sub-23 e está no planejamento para este ano participar novamente, além do Brasileiro adulto. E lógico, alcançar o lugar mais alto do pódio em um campeonat Brasileiro. É algo que a nova gestão vai em busca, como a direção anterior também buscou. Sabemos das dificuldades, mas quem não sonha e não trabalha não chega a lugar algum.