“O Brasil está passando por quimioterapia”, diz deputado pomerodense Gilson Marques
Deputado do NOVO avalia primeiro ano na Câmara, governo Bolsonaro e eleições municipais
Após um ano de trabalhos na Câmara dos Deputados, o estreante deputado federal Gilson Marques (NOVO) fez um balanço de sua atuação, do governo Bolsonaro e também das vindouras eleições municipais.
Marques é um profundo crítico da maneira de atuar de grande parte de seus colegas deputados. Segundo ele, assim que chegou em Brasília, confessa que sofreu um baque e ficou frustrado em muitos momentos.
Seguindo a maneira de pensar do partido, Marques defende o liberalismo econômico – com redução de taxações e impostos, portanto -, porém explica que observou uma atuação contrária dentro da Câmara. “As pessoas falam que o Congresso trabalha pouco, e eu digo, é bom que trabalhe pouco mesmo, porque toda vez que se juntam é um boleto novo, um tributo novo que eles criam. O resultado é quase sempre desastroso”.
Nas palavras do deputado, poucos colegas estão ali para defender a população, e diz ser ele uma ‘minoria que está à favor da maioria’. “Eu entrei lá para fazer o bem, mas só consegui evitar o mal”, completa.
Contudo, ele pontua ações que conseguiu implementar. Entre elas, enviar recursos para 77 municípios do estado, ser autor da proposta pelo fim da “farra da lagosta” – tirando artigos de luxo em licitações públicas – e, conforme afirma, contribuir, junto com os demais parlamentares do NOVO, para economizar cerca de R$ 2 bilhões aos cofres públicos
Eleições municipais
Embora seja de Pomerode, Marques já adiantou que seu município de origem não terá candidato a prefeito do partido Novo – ao contrário de Blumenau, escolhida pela legenda para ser uma das seis cidades catarinenses a ter candidato na majoritária.
Sem antecipar nomes, ele apenas explicou que o Novo conta com uma boa nominata de vereadores em Blumenau, e que também terá pessoas fortes na eleição para prefeito. Em 2019, O Município Blumenau publicou reportagem sobre a possibilidade da candidatura do promotor Odair Tramontin e do empresário Ricardo Stodieck pelo partido.
Avaliação do governo Bolsonaro
Como deputado federal, o papel de Marques também é o de fiscalizar a presidência, bem como avaliar os projetos que chegam do Palácio do Planalto. Na sua opinião, o país ainda está em processo de transformação, e não vislumbra grande evolução em um curto prazo de tempo.
“O Brasil está passando por uma quimioterapia. Não melhorou ainda, mas existem vários procedimentos que estão sendo realizados para que melhore no futuro. A Medida Provisória da Liberdade Econômica e a reforma da Previdência são exemplos”.
Embora não tenha observado melhorias concretas em 2019, Marques afirma que, ao menos a confiança dos empresários aumentou. “Esse é o melhor resultado que tivemos agora. Com confiança, o empresário volta a investir, gera empregos, gira a economia”.
Sobre 2020, o deputado pomerodense acredita que há muito trabalho. No entanto, ele explica que os colegas de Câmara precisam se concentrar nas ações que considera determinante para a economia nacional.
“São mais de seis mil projetos apresentados, incluindo Dia do Surf, Dia do Sanfoneiro… Isso atrapalha tudo. Eu costumo constranger deputados que têm esse tipo de atitude, para tentar coibir estas iniciativas. Não podemos perder o foco. Neste ano precisamos votar nas reformas política, tributária e trabalhista”.