Organização tem 10 dias para refazer o concurso de Rainha da Oktoberfest

Vila Germânica definiu que só candidatas já inscritas poderão participar

Faltam 10 dias para que expire o prazo judicial dado à Vila Germânica para refazer o concurso da realeza da 35ª Oktoberfest. O processo, movida pela candidata Ana Paula Molverstet, que foi eleita e, um dia depois, retirada do posto, exige que seja feita uma nova votação com as dez finalistas.

Na liminar, concedida no início de março, a Justiça deu 30 dias para que fosse refeita a seleção. A decisão se justificou porque o regulamento não teria sido cumprido à risca. Ao invés de três quesitos, os jurados avaliaram apenas dois.

Até quarta-feira, 28, à tarde, a Vila Germânica ainda não havia entrado em contato com as 10 candidatas. Nos autos do processo, também não há nenhuma petição do poder poder público após a notificação da liminar, em 8 de março.

“Nós estamos só aguardando algumas informações do juiz, mas já protocolamos tudo o que precisava. Estamos no aguardo”, afirmou o presidente do parque Vila Germânica, Ricardo Stodieck.

A organização prefere não detalhar como será o processo enquanto tudo não for definido, mas já tem uma certeza: só as 10 finalistas serão chamadas à seleção. Porém, nem todas as candidatas pretendem participar. É caso de Geice Cristina Corrêa. O principal motivo é que não está disposta a passar por todo o processo de preparação e desgaste.

“Até acho complicado para as meninas que estão lá hoje”, acrescenta.

Renata Soares também não pretende participar, porque considera que o concurso ficou marcado por uma sucessão de erros. Na primeira seletiva, antes da Oktoberfest de 2017, a ausência de um jurado obrigou a organização a refazer toda a etapa. Depois, na fase decisiva, houve o erro na contagem de pontos. Agora, a liminar judicial.

“Era nítido que o edital não era cumprido. Dá margem para desconfiança. Não sei te dizer até que ponto é certo com as meninas que foram descoroadas, com as demais candidatas que perderam e com as atuais realezas, que vem cumprindo de forma íntegra o papel delas. Toda essa situação acaba sendo um desrespeito com todas as meninas, com todo mundo que ama a festa e a tradição”, critica.

A atual rainha, Karolina Gehrke, a primeira e segunda princesa, Daniele Kirsten e a Daniela Provesi, não estão autorizadas a falar sobre o ocorrido enquanto o impasse não se resolve.

Entenda o caso

No dia 22 de outubro de 2017, último dia de Oktoberfest, o concurso da realeza ocorreu normalmente e nomeou como rainha Ana Paula Molverstet, de 24 anos, Amanda Castro, de 21 anos, primeira princesa, e Karoline Gehrke, também com 21 anos, segunda princesa. No entanto, logo após o término do concurso, a organização suspendeu o resultado, alegando que havia acontecido um erro na contagem dos pontos.

No dia seguinte, a realeza foi reconfigurada. Karoline Gehrke, que era segunda princesa, se tornou rainha, Daniele Kirsten, primeira princesa, e Daniela Provesi, segunda princesa.

Ana Paula Molverstet se sentiu humilhada pelo fato de ter sido nomeada rainha, e depois descoroada, entrou com uma ação de indenização contra a Vila Germânica. Além disso, ela alegou na ação que, dos três critérios para a aplicação da nota, apenas dois foram utilizados.

A desconformidade com o edital fez com que o juiz determinasse que a Vila Germânica precisaria refazer o concurso, e deu o prazo de 30 dias para a execução.

 

 

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