Patinha Feliz: projeto desenvolvido em faculdade pretende levar comida para animais de rua em Blumenau e Indaial

Projeto é desenvolvido por sete alunas da UniSociesc de Blumenau

Com o lema “alimentar a esperança”, sete alunas do curso de medicina veterinária decidiram criar um projeto para ajudar animais em situação vulnerável e de rua. Patinha Feliz, como foi nomeado, planeja distribuir bebedouros e comedouros por Blumenau e Indaial, para oferecer alimentação e água em espaços públicos. 

O projeto Patinha Feliz foi divulgado por meio das redes sociais, durante o fim de outubro. No Instagram @patinhafelizsc, o grupo recebe doações para ajudar manter o projeto, além de divulgar informações de como os andamentos das ações. 

“Como é em projeto desenvolvido para uma disciplina da universidade, não temos como bancar tudo. Para a execução, estamos contando com o apoio da comunidade, com doações de materiais para a construção e também doações de alimentos para abastecer sempre que precisar”, conta Liandra Maximo Fortunato, uma das integrantes do grupo.

O início do Patinha Feliz 

Ainda no início do curso de medicina veterinária, aprendendo como funciona a vida universitária, as jovens Abigail Tondin Pereira, Camila Cardoso, Gabrielly Nicole Figueiredo de Araújo Almeida, Evelyn da Rosa Borges, Maiara Raele Tobias Mattozzo, Julia Machado Moreira, Liandra Maximo Fortunato, se depararam com o desafio de desenvolver um projeto social que tivesse grande impacto na sociedade.

As jovens, com idade entre 18 e 23 anos, então formaram o grupo e começaram a pensar que forma conseguiriam ajudar. Entre a troca de ideias, uma coisa era certeza, todas queriam desenvolver algo para ajudar animais que estavam em situação de rua ou vulneráveis.

Dessa forma, duas ideias se destacaram: a de desenvolver casinhas para servir de abrigo em dias de chuva, frio e também a noite, e a de criar bebedouros e comedouros públicos.

“Nosso projeto não precisava ser relacionado com a nossa área, mas queríamos fazer algo para os animais que ficam vagando pelas ruas, muitas sem ter o que comer ou comendo lixo. Queríamos muito ter condição de tirar todos da rua, mas não temos, e então decidimos fazer os comedouros, porque seria mais viável”, explica Lianda, uma das integrantes do grupo.

Com a ideia definida, as sete jovens, então, começaram a planejar como colocariam tudo em prática. Em conversas, as meninas decidiram pedir ajuda para Gabriel Anselmo, namorado de Júlia, já que ele tinha conhecimento e conseguiria montar todo o planejamento do equipamento, e isso auxiliaria no momento de escolher os materiais.

“Tivemos como inspiração outros projetos, e durante o planejamento do nosso, tivemos cuidado para o equipamento ter um “telhado” que proteja o alimento e a água das intempéries e também com os canos de PVC para termos a capacidade de armazenar ração e água para alguns dias. Agora estamos correndo atrás para colocar em prática”, conta.

Os primeiros passos

Com o projeto feito, as sete jovens começaram a se empenhar para colocar o trabalho em prática. O primeiro passo foi começar a divulgar o trabalho nas redes sociais, para, dessa forma, conseguir realizar uma pesquisa a fim de entender quais locais teriam mais demandas e concentração de animais abandonados. 

Dessa forma, também foi possivel iniciar conversas com autoridades, como a Prefeitura de Blumenau. Segundo Abigail, a conversa com a equipe de meio ambiente foi direcionada para o Centro de Prevenção e Recuperação de Animais Domésticos de Blumenau (CEPREAD), que afirmou que o projeto poderia seguir em frente, já que não há nenhuma lei municipal que proíba a instalação dos potes de ração e água em espaços públicos.

“A única coisa que nos orientaram foi que se fosse alguma estrutura que ocupasse muito espaço em lugares públicos, deveríamos nos informar com a praça do cidadão sobre tal localização, por exemplo: praças e calçadas públicas, o que iriamos fazer, para ter a permissão certinha”, explicam.

Com essa orientação, o grupo reajustou o equipamento para que ocupasse pouco espaço e dessa forma, não atrapalhasse os locais onde fossem instalados. Com isso, o grupo apenas terá que conversar com donos de residências e comércios para garantir que não haverá problema na instalação dos equipamentos. 

A ideia é que a instalação não atrapalhe nem as calçadas para não atrapalhar a circulação de pedestres e esteja embaixo de árvores, para garantir água fresquinha para os animais. 

Além disso, como estarão expostos, o plano é que a equipe faça a manutenção semanal dos espaços. Segundo Liandra, as tarefas serão distribuídas entre as meninas, já que todas moram em bairros e cidades diferentes.

“Por exemplo, eu, Liandra, e Camila moramos em Indaial e cuidaremos dos comedouros e bebedouros daqui. Limparemos sempre que necessário, uma vez por semana ou como surgirem as demandas, e iremos abastecer sempre que preciso. Assim como as meninas de Blumenau irão se dividir e cuidar dos comedouros de lá”, expõe. 

Agora, as jovens planejam o início de toda a operação do Patinha Feliz. Os primeiros passos serão criar quatro equipamentos – dois para Blumenau e dois para Indaial -, para assim conseguir visualizar como todo o projeto irá funcionar e o que será necessário modificar e melhorar.

“Depois, com a ajuda da comunidade, faremos mais comedouros para os outros bairros e, quem sabe, até podemos levar o projeto para outras cidades e ajudar mais animais”, finaliza Liandra. 

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