A Câmara de Vereadores de Blumenau aprovou na manhã desta quinta-feira, 24, uma moção de repúdio ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O documento é de autoria do vereador e deputado estadual eleito, Marcos da Rosa (União), e se traz como justificativas “os atos contrários ao Estado de Direito” perpetrados pelo ministro.
O legislativo blumenauense se iguala a outras casas legislativas do Sul do país. Nesta quarta, a Câmara de Porto Alegre também aprovou uma moção de repúdio, e na terça a de Curitiba aprovou uma moção de protesto.
Aliás, Marcos citou as outras cidades para defender o pedido protocolado por ele em Blumenau. “A intenção é fomentar um movimento de manifestações de outras casas legislativas municipais e estaduais desta nação, para que se somem às declarações já formuladas pela sociedade civil, ensejando o fim da omissão do Senado Federal do Brasil quanto a sua competência de julgar transgressões às instituições brasileiras promovidas pelos ministros do STF”.
O vereador Bruno Cunha (Cidadania) se absteve de votar, mas quis comentar a moção. Ele comentou sobre o tempo gasto na Câmara para discutir moções de pouca efetividade. Defendeu ainda que os vereadores discutam os problemas reais da cidade e disse que todos têm o direito de apresentar suas moções, mas seu posicionamento será de abstenção em todas as discussões que não sejam efetivas para a cidade.
Em resposta, o vereador Almir Vieira (PP) disse não saber a efetividade da aprovação da moção a nível nacional, mas que os vereadores são cobrados pela população para que se posicionem. Assinalou que quem está se manifestando não quer nada mais do que a comprovação de que a eleição foi correta, já que o ministro diz que tudo ocorreu de forma adequada.
O vereador Adriano Pereira (PT) disse ser contrário à proposição por respeito à democracia e às urnas eletrônicas. Lembrou que em todas as eleições e que a família Bolsonaro foi eleita as urnas eram confiáveis, mas agora pedem comprovantes de votos. Questionou se as eleições municipais também foram fraudadas e se existe algum vereador que não deveria estar na Casa.
Disse ainda que o PT aceitou a derrota de Fernando Haddad em 2018 e que é preciso aceitar o resultado agora, seguir em frente e respeitar a democracia.
Em justificativa de voto, a vereadora Cristiane Loureiro (Podemos) disse que confia na democracia e não acredita tenha existido fraude, mas já que tanto se fala em transparência, entende que não há problema em solicitar essa transparência também nesse processo eleitoral. Disse que se isso fosse feito, a população já estaria tranquila diante dos fatos.
Confira como votou cada vereador:
– Assista agora:
Gustavo Bardim conta como é a vida na escola após vencer The Voice Kids