O deputado estadual Egídio Ferrari (PTB) chamou a atenção na Alesc na semana passada, ao comentar sobre denúncias que vem recebendo no gabinete, contra empresas de guinchos em Santa Catarina. Ele relatou cobranças de preços abusivos em diversas cidades do estado e afirmou que irá investigar uma possível “máfia”.

“Um município cobra R$ 175,14 pela simples entrada do automóvel no pátio e vai somando R$ 40,85 por dia de estadia, chegando a R$ 81,76 para caminhões ou ônibus removidos. Os valores exacerbados se estendem aos preços cobrados por guinchos, que, por lei, deveria ser de R$ 12,24 por quilômetro rodado, enquanto algumas cidades o valor mínimo é de R$ 203 reais. E o pior: os valores somente são informados pessoalmente, em um cartaz impresso em papel A4, colado na parede, tampouco sendo fornecido o recibo pelo pagamento da “taxa” abusiva”, relatou o deputado blumenauense, durante fala no plenário da Alesc.

Egídio também contou sobre outros casos em que os guinchos participam de blitze e levam vários veículos ao mesmo tempo para os pátios, mas cobram valores individuais e completos para os motoristas. Ao terminar de relatar as denúncias, ele solicitou que os catarinenses que se sentirem prejudicados por cobranças abusivas podem realizar denúncias para o seu gabinete.

“Não passamos pano para infrator no trânsito, que deve sim ser penalizado, mas não queremos acreditar que em nosso estado exista uma verdadeira máfia da multa. Por isso, vamos investigar a fundo”, finalizou.

Reflexo

A explanação do tema parece ter irritado as empresas de guincho. O colega Lula, do portal SC em Pauta, publicou em uma coluna que o sindicato estadual da categoria pretende fazer retaliações. Segundo o texto publicado nesta quinta-feira, 6, lideranças afirmam que não aceitarão mais veículos do Estado nos pátios municipais.


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