Horas depois de instaurar oficialmente a CPI para investigar o contrato do transporte coletivo em Blumenau, a Câmara de Vereadores aprovou um novo crédito suplementar de R$ 6 milhões do executivo municipal à Blumob. O projeto que veio da Prefeitura de Blumenau teve trâmite urgentíssimo declarado.

Cabe salientar que até o ano passado o poder público blumenauense já havia repassado um crédito suplementar de R$ 10 milhões. Ou seja, com mais este valor, totalizará R$ 16 milhões.

A justificativa do município para o repasse é tentar reduzir o prejuízo da empresa em relação a pandemia, que teve paralisação temporária dos serviços e redução da capacidade dos ônibus. Segundo a prefeitura, sem os subsídios, o valor da tarifa de ônibus poderia ter aumentos exorbitantes.

No ano passado, a empresa solicitou ao município – via Justiça – mais de R$ 18,4 milhões, referentes a despesas de 18 de março até 10 de agosto de 2020. Entretanto, ficou definido que a prefeitura faria o necessário para impedir que a empresa vá a falência.

Na votação desta quinta, oito vereadores foram favoráveis e responsáveis pela aprovação do novo repasse, enquanto cinco foram contrários, um se absteve e o presidente da casa, Egídio Beckhauser, não precisou votar.

Reprodução

Percebe-se que dos contrários, quatro são vereadores que fazem oposição ao governo: Bruno Cunha, Alemão, Tuca e Gilson. Já Silmara foi a única que votou contra e não faz parte deste “bloco. Talvez por isso, ela aproveitou o momento da votação para explicar o seu posicionamento.

Ela afirmou que o executivo não respondeu ao ofício da Comissão de Finanças da Câmara, que pede mais informações sobre o sistema do transporte em Blumenau e a sua defasagem.

“A gente só quer saber o por quê desse valor e para onde vai esse dinheiro. Como não tive essa resposta, votei contra a proposta”.


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