Circula desde a semana passada nos corredores do Palácio do Planalto, em Brasília, a possibilidade do presidente Jair Bolsonaro convidar o senador Jorginho Mello (PL) para ser ministro de seu governo. Os rumores apontam que o catarinense pode substituir a atual ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF).
O que corre nos bastidores é que Flávia, que assumiu em março deste ano, não vem agradando no principal papel de seu cargo, a articulação política. O maior problema é o pouco tempo de experiência, já que ela participou de uma eleição pela primeira vez em 2018, quando foi eleita a deputada federal mais votada do Distrito Federal. Flávia foi também candidata à vice-governadora na chapa de Jofran Frejat em 2014.
Com uma forte relação política e pessoal com Bolsonaro e com currículo de oito anos como deputado federal e três como senador, o nome de Jorginho fica cada dia mais forte. Além disso, o catarinense é um dos titulares da CPI da Covid-19, que vem fazendo defesa ao presidente.
Conversei rapidamente com Jorginho por telefone nesta segunda-feira, 14. Sobre a possibilidade, ele diz que até então só ouviu pela mídia, mas que, caso o convite oficial aconteça, aceitará sem pensar duas vezes.
“Estou muito bem no Senado, meu trabalho tem sido bastante exitoso, mas uma oportunidade dessas seria importante para Santa Catarina. Se o convite viesse, eu estaria à disposição”.
Jorginho é pré-candidato ao governo de Santa Catarina em 2022, e vem montando suas alianças sempre se baseando no apoio de Bolsonaro. Presidente do PL no estado, ele está articulando também a executiva estadual do Patriota e indicou o nome do seu irmão Felippi Mello para presidente do partido. O Patriota deverá ser o mesmo de Jair Bolsonaro nas eleições do ano que vem.
Assumir um ministério neste momento, faltando um pouco mais de um ano para o pleito de 2022, seria muito importante para Jorginho. Isso lhe daria mais evidência, principalmente entre os bolsonaristas, que é seu principal objetivo de votos.
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