Massacre em creche de Blumenau: autor diz que foi coagido, mas polícia acredita em ação solitária
Assassino prestou depoimento e afirmou ter sido vítima de ameaças
A Polícia Civil segue investigando o massacre registrado na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau. Quatro crianças morreram e outras quatro estão internadas no hospital, após serem atacadas por um homem que invadiu o centro infantil localizado no bairro Velha.
Nesta quarta-feira, 5, o autor do ataque foi interrogado e afirmou ter sido coagido a cometer o crime. Entretanto, a polícia acredita que ele tenha agido sozinho.
“Ele manteve as alegações que fez logo após a prisão. De que estava sendo ameaçado e cometeu o crime como forma de cessar essas ameaças. Mas pela gravidade, pela forma que foi, essa versão não é plausível. Pelo que temos até o momento, ele agiu sozinho e premeditado”, explicou o delegado Rodrigo Raitez, responsável pelo inquérito.
Durante o depoimento, o criminoso afirmou não ter ingerido qualquer tipo de droga bebida alcoólica para cometer o crime. A polícia já realizou o exame toxicológico para confirmar essa versão.
Ainda segundo Raitez, o assassino afirmou que já havia pensado em fazer isso em outras oportunidades, mas teria faltado coragem.
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Prisão preventiva
Após realizar o depoimento, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva do criminoso. De acordo com o delegado Rodrigo Raitez, o Ministério Público corroborou com o pedido.
O assassino está detido na Penitenciária Industrial (PIB), após prisão em flagrante, e passará por audiência de custódia nesta sexta-feira, 6, onde o juiz decidirá pela prisão preventiva.
A princípio, ele será indiciado pelos crimes de quatro homicídios triplamente qualificados, além de quatro tentativas de assassinato.
Inquérito continua
A Polícia Civil já traça os passos do inquérito. Nos próximos dias serão ouvidas as testemunhas, além de analisados todos os dados colhidos no celular do assassino. As redes sociais do criminoso também serão analisadas pelo setor especializado de investigações.
De acordo com o Delegado-Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, os perfis do assassino foram desativados, mas a Meta – que controla as redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp – já foram contatadas e se mostraram à disposição para auxiliar nas investigações.
O objetivo é traçar o perfil do assassino e identificar todas as circunstâncias do crime, desde motivação, planejamento e execução.
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