Envolvidos no latrocínio de policial militar em Guabiruba são identificados
Alessandro Lussoli foi preso e outros quatro tiveram prisão temporária decretada
Nove homens envolvidos na morte do policial militar Everaldo Soares de Campos, em Guabiruba, foram identificados após investigações da Polícia Civil de Brusque, por meio do Departamento de Investigações Criminais (DIC), em parceria com a Polícia Militar.
Destes, cinco tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça, sendo que um deles foi preso e outro morreu durante a fuga, no dia 11 de setembro.
Alessandro Lussoli, 42 anos, foi preso em casa há cerca de 14 dias. Ele, que é natural de Brusque, foi o motorista do caminhão no qual quatro dos criminosos fugiram após atirar na vítima.
A polícia chegou até ele após uma intensa investigação. O caminhão usado para a fuga foi apreendido e, durante as perícias, foi constatado que havia resquícios de sangue no veículo. Ao ser interrogado pelos policiais, Lussoli confessou a participação no crime e ainda nomeou os outros envolvidos na ação.
Diante disso, a Polícia Civil pediu a prisão temporária de Jhonatan Silveira Machado, 18, Mário Sérgio Fausti, 46, e Rafael Fantoni, 28, que estão foragidos. Lucas Silveira Machado, 22, que foi um dos responsáveis pelo disparo, morreu durante a fuga.
De acordo com o delegado Alex Bonfim Reis, responsável pelas investigações, Ribeiro atirou na própria perna durante a fuga, dentro do baú do caminhão, possivelmente por um disparo acidental com uma pistola de 9 mm.
Assim que fugiram, os criminosos se encontraram em um pátio no bairro Bateas. No local, quatro que estavam no baú entraram em um Ford Ka branco, com outros dois homens.
Como Ribeiro estava baleado, foi colocado no porta-malas e durante a fuga, morreu. Os comparsas então tiraram as roupas dele e o jogaram em uma vala no bairro Brilhante, em Itajaí, para despistar.
No dia seguinte ao crime, Ribeiro foi encontrado e a polícia comparou suas digitais com as encontradas no veículo HB20 usado na fuga e que foi abandonado pelos criminosos logo depois ao crime.
Com isso, a polícia confirmou a participação dele e seguiu com as investigações.
No dia do crime
Lussoli disse aos policiais que não sabe como o assalto foi planejado, pois só foi contratado por Mário para ajudar na fuga. Por esse trabalho, recebeu R$ 8 mil.
Após Jhonatan e Lucas, que são de Florianópolis, atirarem no cabo Everaldo com pistola 9 mm, eles fugiram com o veículo HB20 e foram até o ponto combinado com Lussoli, próximo à prefeitura, onde ele os esperava com o caminhão. O delegado informa que além das pistolas de 9 mm utilizadas no crime, também foi usado um fuzil, calibre 556.
Quatro dos suspeitos embarcaram no baú do caminhão e seguiram em direção ao Bateas. O motorista do HB20 abandonou o carro logo depois e embarcou em um Prisma branco com Rafael Fantoni, e também fugiram em direção ao Bateas.
Lá, um Ford Ka com mais duas pessoas chegou. Lucas, que havia dado um tiro acidental em sua própria perna, foi colocado no porta-malas, mas morreu no meio do caminho.
Uma semana após a morte do cabo Everaldo, os policiais fizeram diligências nas proximidades da empresa Buettner e, no escuro, encontraram uma gota de sangue. Eles colheram o DNA e ficou constatado que o sangue era de Lucas, o mesmo encontrado no caminhão apreendido há duas semanas.
Ajude a localizá-los
O delegado pede a contribuição da comunidade para localizar os foragidos. Informações podem ser passadas de forma sigilosa pelo WhatsApp da DIC: (47) 99922-6889, ou por meio dos telefones 197 ou 181.