Professores da ONG São Roque fazem greve por atraso de salários

Entidade atende a cerca de 170 crianças e adolescentes de Blumenau

Os colaboradores da ONG São Roque estão com o atendimento paralisado desde o primeiro dia do mês, na sexta-feira. O motivo é a não garantia do pagamento dos salários de janeiro. Os salários de dezembro e as férias de fim de ano também já estavam em atraso.

Os salários estão atrasados por conta de um bloqueio judicial das contas bancárias da ONG, que surgiu após processos trabalhistas feitos por ex-funcionários nos últimos dois meses.

A paralisação foi definida após uma reunião no dia 29 de janeiro decretar que os salários do mês de janeiro não estavam garantidos por falta de verba.

De acordo com o presidente da ONG, Carlos Alberto Geworowski, um acordo está sendo negociado. Ele espera que empresários da região entendam a situação da organização e colaborem financeiramente.

“Eu fui aluno da ONG nos anos 1990 e hoje tenho dois filhos lá, então também estou sendo prejudicado. Nossa principal preocupação é com os pais e as crianças”, conta Carlos.

Ele também informou que a greve continua até a garantia dos salários de dezembro e janeiro.

“Não posso discriminar as professoras porque ninguém trabalha sem receber, elas também estão sendo prejudicadas” explica.

No momento, apenas nove dos 23 colaboradores estão na ONG, pois a maioria não consegue se deslocar até o endereço por não ter como pagar pelo passe de ônibus ou pela gasolina.

Sobre a ONG

A ONG São Roque atende a comunidade há 38 anos. São atendidas cerca de 170 crianças e adolescentes, entre quatro meses e 15 anos de idade, em programas de Educação Infantil, Jornada Ampliada e de Erradicação do Trabalho Infantil em período de contra-turno escolar.

A organização conta com estrutura física na Rua São João, bairro Itoupava Norte.

Correção

Até 13h30 desta quarta-feira, 6, a reportagem informou equivocadamente que o Centro de Educação Infanto-Juvenil na Rua Eça de Queiroz, bairro Escola Agrícola, é administrado pela ONG São Roque. Na verdade, a unidade hoje é de responsabilidade da comunidade da Primeira Igreja Batista de Blumenau. O texto acima já foi corrigido.

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