A Câmara de Vereadores aprovou a construção de um monumento dedicado à Bíblia Sagrada em Blumenau. O local onde será instalado o monumento deverá ser definido pelo Poder Executivo.

O projeto de lei 8844/2023 é de autoria do vereador Jovino Cardoso Neto, e foi aprovado pela maioria dos parlamentares. Os vereadores que votaram contra foram Bruno Cunha (Cidadania), Diego Nasato (Novo), Emmanuel Santos, o Tuca (Novo) e Gilson de Souza (Patriota).

“Esse espaço é muito importante para que possamos ter a oportunidade de nos reunirmos e ter os nossos atos religiosos em nossa cidade”, afirmou Jovino.

Votos contrários

Nasato criticou o fato do projeto autorizar o Poder Executivo a poder construir um monumento, algo que, segundo ele, já é permitido pela Constituição. Ele ainda acrescentou que já existe um monumento semelhante perto. “Do ponto de vista político, acho que a Bíblia faz alusão a algo que é do foro íntimo de cada pessoa, então fica do critério de cada um manifestar seu credo de outras formas”.

Bruno justificou o voto com base nos critérios técnicos e afirmou que “fica dúbio quanto a questão de autorizar ou ser realizado pelo poder público”. Ele ainda frisou que é favorável a todas as manifestações religiosas “desde aconteçam com recursos próprios dessas instituições e grupos fora”. “Esse é o meu posicionamento aqui, o estado é laico e temos que respeitar a religiosidade de todo mundo”, finalizou.

Já Tuca afirmou que é católico e lê a Bíblia diariamente. “Mas deixo como pergunta se esse monumento, que já existe aqui no Mausoléu, é um bis in idem duplamente”. Ele cita que o projeto semelhante já existe no Mausoléu e questiona se “é mais importante mais um monumento ou fazer a drenagem das ruas”. Ele também comparou a importância do projeto com a saúde no município e as pessoas aguardando nas filas para fazer uma cirurgia eletiva.

“O maior legado deixado como cristão diz respeito a caráter e isso envolve tomar decisões corretas sobre determinados assuntos como no presente projeto”, pontuou Tuca.

O líder do governo argumentou que existem inúmeros monumentos no município e que se o município autorizar, o projeto deve ser deliberado “com custo nosso, será deliberado por pessoas que queiram fazer a doação para que isso aconteça”. Jovino também justificou que o município tem mais de 600 igrejas e que esse reconhecimento se faz necessário.

O texto segue para sanção do prefeito de Blumenau.


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