Mais de 1.050 encomendas irregulares são encontradas nos Correios de Blumenau

Operação da Receita Federal contou com cães farejadores da Alfândega de Curitiba

A Delegacia da Receita Federal em Blumenau realizou no último mês uma operação na Central de Correios da cidade. As atividades contaram com a parceria da Alfândega de Curitiba, que trouxe os cães farejadores para contribuir com a fiscalização.

O objetivo da operação, de acordo com o delegado Daniel Carlos, é identificar remessas postais com irregularidades que eles descrevem como aduaneiras, que são as de contrabando e descaminho.

A Central de Correios de Blumenau é a principal fonte deste tipo de investigação pois é nela que se concentrar todas as remessas postadas em Santa Catarina com destino a outros estados do Brasil.

Fiscais analisam pacotes de Chapecó, mais próxima à divisa. Foto: Alice Kienen

O local movimenta em média 30 mil encomendas por dia. Portanto, fica impossível para os funcionários fiscalizar de perto todos os pacotes, mesmo trabalhando 24h e folgando apenas entre a tarde de sábado e a noite domingo. Apenas algumas remessas, escolhidas aleatoriamente, passam pela máquina de raio X.

Durante as operações que ocorreram nas últimas semanas e se encerram nesta terça-feira, 6, mais de 1.050 volumes com irregularidades foram localizados. Entre eles estão produtos sem nota fiscal, de origem estrangeira e até mesmo armas de airsoft, que poderiam ser usadas como armas falsas em assaltos.

Armas irregulares localizadas durante a operação. Foto: Alice Kienen

“O objetivo da operação não é fiscal. Não queremos cobrar impostos, mas sim verificar a segurança da indústria e do comércio regular com países estrangeiros e combater vendas ilícitas”, explica o delegado da Receita Federal.

Carlos também reforça que, alimentar estes produtos ilícitos é dar força à um comércio que leva jovens e adolescentes à venda de outros produtos no futuro, como cigarros, drogas e armas. Felizmente, durante a operação, nenhuma substância ilícita foi localizada pelo cão Ônix, que há um mês e meio trabalha com a Central de Curitiba.

Ônix farejou alguns pacotes, porém não encontrou drogas em nenhum deles. Foto: Alice Kienen

“As vezes você quer comprar uma mercadoria um pouco mais barata e na verdade não sabe o que tem por trás disso. Nossa orientação é sempre buscar um fornecedor confiável que emita a nossa fiscal e esteja regular e não vai gerar todos esses transtornos. Dessa forma protegemos o emprego e até mesmo a indústria nacional”, defende Daniel Carlos.

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