Nos últimos anos, lecionamos na Unidavi em Rio do Sul, no Curso de Arquitetura e Urbanismo, nas cadeiras de Planejamento Urbano e Planejamento Regional. Durante o desenvolvimento de projetos de intervenções efetuados pelos acadêmicos, que residiam nos inúmeros municípios distribuídos na Bacia do Vale do Itajaí (Alto Vale) observamos algumas questões.

Durante o levantamento geográfico/histórico de suas pesquisas in loco sobre a área de suas intervenções, percebíamos diversos eventos tradicionais ocorridos exatamente no dia 25 de Julho, além da existência de centros culturais ou sociedades com este nome “C.C. 25 de Julho, mais o nome do município”, semelhante ao que há em Blumenau – C.C. 25 de Julho de Blumenau.

Lembramos que esta região do Alto Vale do Itajaí pertencia ao territória da Colônia Blumenau. Perguntávamos aos acadêmicos qual era o motivo da existência do nome da sociedade ou porque o dia do município ocorria exatamente nesta data, como também outros eventos importantes para a sociedade local e regional, como a festa do colono e outras.

Não sabiam responder. A sociedade repetia uma prática historicamente. No entanto, sua origem ficou desconhecida para as novas gerações. Bem antes desta data, percebemos que acontecia algo semelhantemente em Blumenau. Foi quando, em 2011 resolvemos resgatar a história que envolve o dia 25 de julho e o C.C. 25 de Julho de Blumenau e de Porto Alegre.

Na capital do Rio Grande do Sul se festejava os 60 anos de existência e, também, as pessoas que estavam a frente desconheciam sua origem. Através de uma homenagem apresentamos sua história, pois foi o primeiro Centro Cultural 25 de Julho a ser fundado no Sul do Brasil, entre tantos, fundados posteriormente.

Afinal, por que 25 de Julho faz parte do nome de centros culturais espalhados pelo sul do Brasil?

Comunidade Ilse – Indaial/Ascurra, antiga Colônia Blumenau – existe ainda nos dias atuais. Mesma arquitetura deste tempo da fotografia. Foto de foto.
Passeio pelo rio, de canoa – Alto Vale do Itajaí.

Geralmente em várias cidades do Sul do Brasil é neste dia que são prestadas homenagens à memória dos imigrantes alemães pioneiros, seus descendentes e à cultura, que delineou o perfil identitário das cidades que ajudaram a fundar e a construir, muitas vezes desprovidas de qualquer infraestrutura, no momento de suas chegadas.

Saíram de suas cidades e casas para construir uma nova vida em um jovem país, para o qual também vieram imigrantes de inúmeras outras nacionalidades e em tempos distintos, dentro de sua história – a História do Brasil multicultural. O Brasil recebeu outras etnias que também migraram para o país, como: portugueses, espanhóis, franceses, italianos, poloneses, japoneses, chineses, coreanos, australianos, africanos, americanos, canadenses, ucranianos e alemães, entre outras.

E é no dia 25 de julho que é comemorada e lembrada a vinda do primeiro grupo de imigrantes alemães, de maneira organizada.

Rostos do Brasil – feito a partir de imigrantes e povos nativos.

No início do século XIX, a região Sul era um problema de segurança e infraestrutura para o governo central brasileiro recém liberto de Portugal. A região fazia parte de constantes disputas de terras entre, principalmente, portugueses e espanhóis e era pouco desenvolvida e povoada, comparada às regiões Sudeste e Nordeste do país – ao longo da grande costa brasileira localizada a leste da linha de Tordesilhas.

Em 1822, quando o Brasil se libertou de Portugal, o governo central investiu em propaganda para promover a imigração para o Brasil, principalmente a alemã e italiana. A Europa, neste período, estava passando por uma série de conflitos e revoluções –  final do século XVIII e início do século XIX.

Homens estavam preparados militarmente para ocupar lugares estratégicos, se fosse necessário. O Brasil não dispunha de um exército para manter sua segurança nacional a partir de seu continental território, principalmente na região Sul, que estava sob constantes ameaças em suas fronteiras – investidas das tropas espanholas.

Por questões de segurança, não podiam confiar nos portugueses que viviam na região.  Também neste tempo as fazendas de café do Sudeste necessitavam de mão de obra alternativa, para ocupar o lugar da mão de obra escrava, que historicamente estava se libertando do jugo centenário, em etapas e paulatinamente.

O governo brasileiro, através de propaganda de convencimento na Europa, publicava as vantagens do novo país, entre estes: o direito à terra, paz e alimento em abundância no Sul, e trabalho e possibilidade fartura nas fazendas de café no Sudeste.

Ofereceu vantagens (não cumpridas muitas vezes) às famílias interessadas a residir no Sudeste e no Sul do Brasil, como: passagens, direito à cidadania, isenção de impostos e direito a posse de uma ou duas colônias de terras (24 a 48 ha) – a transferência de terras, nas colônias do Sul, onde o objetivo era que estas famílias, principalmente alemãs e italianas, ocupassem a terra e os homens servissem no exército de reserva para manter a segurança da região, principalmente contra os espanhóis.

Muitos chegaram a lutar na guerra do Paraguai – dentro do exército brasileiro, inclusive nomes de Blumenau fizeram parte do grupo de voluntários da pátria.

Passagem de uma família que imigrou no início do século XX – Prática que durou até à 2° grande guerra.

No início do século XIX, a Alemanha e a Itália não existiam ainda como países unificados e passavam por intensas transformações sociais, econômicas e políticas em seus territórios com a industrialização tardia e a movimentação de pessoas do campo para as cidades.

A unificação alemã ocorreu em 1871. Na mesma época, ocorreu a unificação da Itália, consolidada somente em 1929, com o Tratado de Latrão, entre Mussolini e o Papa Pio XI.

Tratado de Frankfurt – 10 de maio de 1871 – Versalhes – Wilhelm I – Rei Prussiano é aclamado imperador da Monarquia Federal Germânica. Fonte – Livros da Time Life.

Já existiam famílias alemãs no Brasil, desde seu descobrimento, soldados alemães nos quartéis do Rio de Janeiro, empresas alemãs nas regiões litorâneas do Brasil, mas foi somente em 25 de julho de 1824, que chegou no país um grupo organizado e orientado pelo Estado brasileiro, de imigrantes alemães para residir em uma colônia. O grupo de 39 imigrantes chegou no Porto de Tebas na Real Feitoria da Linha Cânhamo, na atual cidade gaúcha de São Leopoldo e criou um marco histórico na história do Brasil multicultural.

Porto da cidade de São Leopoldo RS – Ano de 1900 – local onde chegou o primeiro grupo organizado de imigrantes alemães no Brasil.

Fundaram inúmeras colônias de imigrantes alemães no Sul do Brasil. Estes “novos brasileiros” resolveram adotar a data de 25 de Julho, como a data que homenageariam os homens que construíram este momento histórico, os imigrantes alemães pioneiros que construíram inúmeras cidades em várias regiões do Sul do país. Também homenagear o colono, agricultor e a festa da colheita, muito comum na Alemanha e também, é parte da mitologia germânica/nórdica – A festa do agradecimento.
Ficou então determinado que o dia 25 de Julho seria o Dia do Colono, aludindo às primeiras famílias alemãs que receberam colônias de terra, nas quais construíam um propriedade autossuficiente, cujo excedente alimentou a industria alimentícia que surgiu no Estado Santa Catarina e que também foi determinante para o processo da industrialização do estado – no final do século XIX e início do século XX. A data 25 de julho seria a data de homenagens e agradecimentos à memória destes pioneiros.

Mapa alemão de 1905, com a localização das principais colônias alemãs do Sul do Brasil. Fonte: Wikipédia.
Pastor Anton Poeschl e seu filho. Residiu em Südarm, atual Rio do Sul (Colônia Blumenau) entre 1924 – 1925.
Fotografia do Pastor Anton Poeschl, 2° Pastor de Rio do Sul – 1924 – 1925 – Casa de imigrante alemão no Alto Vale do Itajaí.
Fotografia de Dr. Phil Wettstein.

A data, também, tem muito ligação com os muitos centro culturais existentes no Sul do país – e também em Blumenau – C.C. 25 de Julho de Blumenau, fundados por alemães e seus descendentes, como espaço para as práticas culturais, esportivas e tradições no seio de seus familiares com origem na Alemanha, contribuindo para a formação multicultural deste grande país com área continental, formado a partir das várias etnias que migraram, como os alemães e italianos e muitas vezes, erroneamente, é apontada somente uma,  como de fato – brasileira, sendo que o Imperador brasileiro possuía mãe austríaca e pai português.

É muito interessante esta edificação situada na cidade de Erechim – RS. Não possuindo materiais para a técnica construtiva que conheciam, reproduziam a mesma tipologia e estilos com os materiais que tinham disponíveis, no caso a madeira – por muito tempo, um material muito barato e acessível a todos, em função da grande exploração madeireira nas florestas existentes, em todo Brasil. A tipologia em questão, segue o tipo eclético, da virada do século, com a presença de mansardas e volume para torre com varanda. Imaginamos a dificuldade do carpinteiro em reproduzir tal tipologia com outro material que não a alvenaria de tijolos ou pedras, geralmente usados. O telhado também não foi coberto com telhas de barro, como na Alemanha, mas com telhas de zinco. É a herança cultural sendo adaptada no novo local escolhido. Foto: Imigração alemã em Erechim.
Uma das primeiras providências feitas pelo imigrante no local que chegavam, depois de construir sua casa temporária e limpar o terreno para plantar e fazer pasto, era construir a igreja/escola. onde era contratado um professor, geralmente aquele que tinha mais “estudo” e quase sempre também um imigrante. Neste caso o professor era Alberto Luiz Otto.
O Professor Alberto Luiz Otto com sua família na Alemanha, antes de partir para o Brasil.

A partir destas movimentações nas fazendas de café no Sudeste e ocupação do Sul por imigrantes alemães, aconteceu o processo  da fundação de Blumenau em 1850, onde também chegaram um grupo de imigrantes alemães organizados para fundar uma colônia agrícola privada de propriedade particular. O proprietário desta colônia – Hermann Bruno Otto Blumenau era o fiscal contratado pelos alemães na Europa, para checar a situação dos migrantes alemães fixados nas fazendas de café no Sudeste do país.

Derrubada da mata para fazer a plantação e pasto. Beneficiar a madeira para a execução de sua primeira casa enxaimel. Por enquanto, a família residia em casa uma casa provisória. Arquivo Histórico José Ferreira da Silva.
Fotografia de Dr. Phil Wettstein
Galpão dos imigrantes construído próximo ao porto fluvial. Do livro o Centenário.

A origem dos Centros Culturais 25 de Julho’s

Após o término da 2° Grande Guerra, um coro masculino alemão de Porto Alegre e seus familiares organizaram uma ação de ajuda humanitária à Alemanha – chamada na época, de Socorro à Europa Faminta – SEF. Captaram donativos e enviaram para o país de origem de muitos que viviam no Sul do Brasil e que também tinham familiares morando no país.

Para a surpresa do grupo do coro que enviou os donativos, não demorou muito e recebeu uma carta do Presidente alemão, Theodor Heuss, expressando o seu agradecimento e de todo o povo alemão pelo ato caridoso e solidário. Acompanharam a carta, dois candelabros elaborados por artistas alemães com a seguinte frase: Dankspende des Deutschen Volks (Agradecimento do povo alemão).

Em 1950, os cantores do coro masculino reestruturaram o grupo e o rebatizaram, exatamente com a data “25 de Julho” e ficando conhecido como Coro Masculino 25 de Julho.

Em 1951, os cantores do Coro Masculino 25 de Julho, entendendo que poderiam ter outras atividades culturais além do canto, resolveram abrir um espaço  físico, no qual se teria a prática do canto, da dança, do teatro alemão, da música instrumental entre outras atividades, fundando então, o Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre.

Toda esta história sensibilizou, como também, motivou outros grupos de imigrantes alemães distribuídos em ex colônias alemãs espalhadas pelo Sul do Brasil a fundarem os “seus centros culturais” com o mesmo nome e homenagem – Centro Cultural 25 de Julho, com o acréscimo do nome da cidade no final para diferenciar um do outro. As práticas culturais fazem parte do perfil destas pessoas – principalmente o canto, música e teatro.
Também, em Blumenau, em 1° de maio de 1954, um grupo de jovens alemães e filhos de alemães – fundou o seu 25 de Julho 3 anos depois de Porto Alegre – o Centro Cultural 25 de Julho de Blumenau. Também percebemos que existe, um Centro Cultural 25 de Julho em Pomerode, Itapiranga e outros tantos.

Primeira sede própria do C.C. 25 de Julho de Blumenau – Bairro Victor Konder – Blumenau.

As práticas culturais já existiam na cidade, mas de maneira isolada, pois este hábito foi, e é trazido junto com a bagagem das famílias alemãs. Um exemplo: o Coro Masculino Liederkranz foi fundado em 1909 por Rudolf Damm. Depois, de algumas movimentações ocasionadas pelo Maestro Heinz Geyer na estrutura do coro, em 1962 este se mudou para o Centro Cultural 25 de Julho de Blumenau e é um de seus grupos culturais atuais, somando 60 anos de atividades permanentes e ininterruptas neste espaço. Sua história total remonta 113 anos de existência, em 2022.

Apresentação do Coro Masculino Liederkranz no Centro Cultural 25 de Julho de Blumenau – natal de 1962. O pai deste menino que está olhando para trás é filho de um dos cantores e se chama Hercílio Stahnke. Completou 100 anos em 2021. O menino é o Valdir.

O maestro deste histórico registro fotográfico do Coro Masculino Liederkranz em sua apresentação no evento de natal de 1962 era o imigrante alemão, naturalizado brasileiro, Eugen Seelbach, que contava com 59 anos. Seelbach era carpinteiro e residia na rua Benjamin Constant, Blumenau, até partir em 1980 com a idade de 77 anos. Cada um dos participantes destas atividades culturais e esportivas possuía sua história pessoal e participaram da construção da história das inúmeras cidades que ajudaram a construir, o que é destacado nas inúmeras homenagens ocorridas no dia 25 de Julho, com entendimento e conhecimento, ou não, somente repetindo sem ao menos saber o porquê da Festa do do imigrante, do colono, entre outras.

Documentalmente, foi encontrada uma ata entre as antigas atas do centro cultural que documenta que em 1º de maio de 1954, vinte e sete pessoas fundaram o C.C. 25 de Julho Blumenau.

Ao lado da assinatura – a nacionalidade.

Mesmo, este documento tendo sido atingidos pela enchente de 1983, foi possível ler os nomes assinados pessoalmente por alguns dos fundadores.

São eles:
  • Otto Baumeier;
  • Ary Ferber;
  • Franz von Knoblauch;
  • Karl Kuester;
  • Hans von Knoblauch;
  • August T.J. Fey;
  • Rudolf Kleine;
  • Albert Schmider;
  • Carlos Frank;
  • Willy Sievert ;
  • Paul Frischknecht;
  • Eugen Seelbach;
  • Eduard Fischer;
  • Gertrud Gross;
  • Alfred Zinkhahn;
  • Hermann Hofschulte;
  • Oswald Buerger;
  • Willybald Koenig;
  •  Ernst Kiekbusch;
  • Karl Genster.

Em Blumenau, ao longo da semana do dia 25 de julho, tradicionalmente ocorre uma série de eventos dentro de uma programação formal de homenagens e atividades, em memória aos pioneiros – denominada Semana da Imigração.

As entidades e instituições responsáveis pela coordenação dos eventos na cidade de Blumenau, em 2022, são:

  • Consulado Honorário da Alemanha;
  • Consulado Honorário da Áustria;
  • Comunidade Luterana Centro – Paróquia Espírito Santo;
  • Instituto Cultural Brasil Alemanha (ICBA);
  • Escola Barão do Rio Branco;
  • Alameda Haus;
  • C.C. 25 de Julho de Blumenau;
  • Associação dos Grupos Folclóricos Germânicos do Médio Vale do Itajaí (AFG);
  • Associação das Atrações Germânicas de Blumenau (AAGB);
  • Norte Shopping;
  • Sesc Blumenau;
  • Unicred Vale – Agência Blumenau;
  • Associação Blumenauense de Clubes Culturais, Desportivos e Sociais.
    A Semana da Imigração inicia dia 16 de julho e termina dia 28 de julho sob a mobilização da prefeitura de Blumenau, através da Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionais (SMC).
Para acessar a Programação: Semana da Imigração.

Referências:

  • CAVALCANTI, Carlos. História das Artes: curso elementar. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.
  • GERLACH, Gilberto S.; KADLETZ, Bruno K.; MARCHETTI, Marcondes. Colônia Blumenau no Sul do Brasil. 1. ed. São José: Clube de cinema Nossa Senhora do Desterro, 2019.
  •  Município de Blumenau – Patrimônio Histórico, Arquitetônico, Paisagístico e Cultural. Volume I. Blumenau. 2008.
  • LAGO, Paulo Fernando. Santa Catarina: a terra, o homem e a economia. Florianópolis: UFSC, 1968.
  • SILVA, José Ferreira da. História de Blumenau. 2.ed. – Blumenau: Fundação “Casa Dr. Blumenau”, 1988. – 299 p.
  • WETTSTEIN, Phil. Brasilien und die Deutsch-brasilieniche Kolonie Blumenau. Leipzig: Verlag von Friedrich Engelmann, 1907.
  • WITTMANN, Angelina. C.R.: Fachwerk – A técnica Construtiva Enxaimel. – 1.ed. – Blumenau, SC : AmoLer, 2019. – 405 p. : il.
  • WITTMANN, Angelina. Hermann Bruno Otto Blumenau – Primeiro Negociante de Terras no Vale do Itajaí. 2 de fevereiro de 2019. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2019/02/hermann-bruno-otto-blumenau-primeiro.html
  • WITTMANN, Angelina. História do Centro Cultural 25 de Julho de Blumenau. 03 de abril de 2015. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2015/04/historia-do-centro-cultural-25-de-julho.html
  • WITTMANN, Angelina. Lançamento do Livro do 25 de Julho. 20 de julho de 2013. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/p/lancamento-do-livro-da-historia-do.html
  • WITTMANN, Angelina. O Diário de uma Reforma – O Palco do C.C. 25 de Julho. 19 de dezembro de 2013. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2013/12/o-diario-de-uma-reforma-o-palco-do-cc.html

 

Sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
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