Saiba mais sobre a febre maculosa, doença que matou oito pessoas no Brasil em 2023
Quatro pessoas que compareceram a uma festa em Campinas (SP) foram vítimas da doença
O Ministério da Saúde atualizou para 53 o número de casos de febre maculosa confirmados este ano no país, com oito mortes registradas. Todos os óbitos ocorreram na região Sudeste – seis em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Rio de Janeiro. Quanto ao número de casos, a maior concentração de ocorrências é verificada nas regiões Sudeste (30) e Sul (17).
Segundo a pasta, no geral, os casos aparecem de maneira esporádica. A transmissão da febre maculosa ocorre somente por meio do contato com o carrapato estrela infectado pela bactéria do gênero Rickettsia. Não há, portanto, transmissão de pessoa para pessoa. “O tratamento oportuno é essencial para evitar formas mais graves da doença e óbitos”, alerta o ministério.
De acordo com a pasta, assim que surgem os primeiros sintomas, o paciente deve procurar as unidades de saúde para avaliação médica e tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). O ministério informa que tem promovido ações recorrentes de capacitação direcionadas às vigilâncias estaduais e municipais, envolvendo profissionais da vigilância e da atenção à saúde.
Em nota, a pasta informa que está sendo usado um medicamento antimicrobiano para tratar a febre maculosa e que todas as unidades federativas estão abastecidas com os remédios prioritários para o tratar a doença, incluindo São Paulo. A nota diz ainda que dispõe de estoque estratégico para envio de novas remessas aos estados que precisarem.
Surto em Campinas
A Secretaria de Saúde de Campinas, cidade do interior de São Paulo, foi notificada na noite desta terça-feira, 13, da morte da adolescente de 16 anos que estava internada em um hospital privado no município com suspeita de febre maculosa.
Ela compareceu a um evento no dia 27 de maio, do qual participaram outras três pessoas que morreram em consequência de complicações da doença. A festa aconteceu na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio (região Leste da cidade), local provável de infecção.
Em razão das confirmações, a ocorrência configura-se como um surto de febre maculosa localizado. O distrito de Joaquim Egídio é mapeado como área de risco para a doença.
A adolescente foi hospitalizada na última sexta-feira, 9. O caso dela já havia sido notificado à Vigilância em Saúde como suspeito de febre maculosa, dengue, leptospirose ou meningite. No entanto, a família só referiu o evento da Fazenda Santa Margarida nesta terça-feira, 13 de junho, ao ver a repercussão na imprensa. O material coletado está em análise no Instituto Adolfo Lutz. Por isso, a causa da doença ainda não foi confirmada.
Mais cedo, na tarde da terça-feira, a Secretaria de Saúde confirmou que a doença causou as mortes de um empresário de 42, de Jundiaí, e de uma mulher de 28 anos, de Hortolândia.
Na noite de segunda-feira, 12, a pasta tinha confirmado a mesma causa para a morte da namorada do empresário, uma dentista de 36 anos, moradora de São Paulo. O empresário, a namorada dele e a moradora de Hortolândia morreram no mesmo dia, em 8 junho.
Sobre o surto de febre maculosa em Campinas, o ministério diz que mantém contato com o estado para acompanhamento das ações de vigilância e assistência. Segundo a pasta, o município é área endêmica, e o período sazonal para a doença vai de maio a setembro.
Para áreas consideradas de risco, o ministério recomenda o uso de roupas que cubram todo o corpo, priorizando calças, blusas ou camisetas com mangas compridas e sapatos fechados. Além disso, são indicadas roupas de cores claras para que os carrapatos sejam vistos com mais facilidade pelo corpo.
“Examine o corpo com frequência. Quanto mais rápido os carrapatos forem retirados, menores as chances de infecções. Caso um animal esteja infestado por carrapatos, procure orientação de um médico veterinário”, diz a nota.
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