Saiba quais as principais propostas de Gean Loureiro ao governo de SC

Ex-prefeito de Florianópolis fala sobre economia, infraestrutura e educação

Por Bernardo Gonçalves

O terceiro candidato ao governo do estado de Santa Catarina a dar entrevista ao grupo O Município – devido à ordem alfabética de nomes utilizados na urna – é Gean Loureiro, do União Brasil. Ele falou sobre educação, segurança pública, economia, infraestrutura viária e sobre sua primeira candidatura a governador.

Com um posicionamento a favor de Jair Bolsonaro, Gean fez críticas ao atual governo do estado e usou a gestão do município de Florianópolis como exemplo do que pode fazer caso seja eleito.

Confira a entrevista na íntegra:

Qual a sua visão da educação no estado e qual proposta para melhorá-la?

A educação vive um caos, sem estrutura física adequada e manutenção. Das 1.264 escolas no estado, praticamente 900 não tiveram manutenção nos últimos quatro anos.O segundo ponto é o programa pedagógico. As escolas estão formando uma legião de desempregados. Por isso, tem que criar uma estrutura de ensino técnico, que em Florianópolis fiz com as escolas do futuro, que ensinam inglês, letramento digital, libras, português, robótica e artes avançadas. Garante uma empregabilidade para o estudante quando se conclui o curso. Esse é o modelo que vamos implementar.

Qual seria sua proposta para a segurança pública?

O primeiro problema é o efetivo de policiais. Não se tem a ostensividade que é fundamental. Há uma defasagem na Polícia Militar. Vamos precisar inovar para ter um chamamento maior e aumentar o efetivo. Fora isso, é continuar tendo a compra de equipamentos e muita tecnologia. Vamos realizar o compartilhamento de imagens de câmeras de segurança privadas com a estrutura pública. Quando se tem um efetivo maior, bons equipamentos e tecnologia, se tem a segurança adequada.

Como melhorar a infraestrutura das rodovias estaduais de Santa Catarina?

Além do sério problema na BR-470, temos as rodovias estaduais em estado totalmente precário. Não vou delegar para nenhum secretário e vou cuidar pessoalmente disso. Vamos fazer um plano emergencial de manutenção, que será dividido em lotes, e ter uma revitalização completa. Estou falando de arrumar drenagem, fresagem e asfalto novo. Queremos rodovias seguras, duplicadas, tendo um programa efetivo para primeiro manter e a partir dali ter uma ampliação.

A economia catarinense é destaque. Mas vemos muitas empresas deixarem o estado. Qual proposta para fazer o caminho contrário?

É o conjunto de alguns fatores. O primeiro deles é o compromisso que temos de não aumentar alíquotas tributárias, aliás, reavaliar para poder reduzir. O governo atual é um governo que só busca arrecadar. Calcula o quanto arrecada e, quanto menos gastar, melhor, só que esquece que gastos podem ser investimentos necessários. O segundo ponto é diminuir a burocracia, principalmente em relação à liberação de licenciamento ambiental, alvarás de funcionamento e autorizações de obras. Quando assumi a prefeitura de Florianópolis demorava 176 dias para abrir uma empresa, hoje demora quatro horas.

Seus principais rivais disputaram eleições ao nível estadual e essa é sua primeira candidatura a governador. Mas foi prefeito por duas vezes. Se considera novidade para o eleitor?

Nossa candidatura é de renovação com experiência administrativa, responsabilidade e muita competência. Aí está a diferença. Não sou alguém que está caindo de paraquedas para uma aventura eleitoral. Passei pelo cargo de vereador, deputado estadual, deputado federal, ocupei várias secretarias, prefeito duas vezes e agora candidato a governador. Tenho a experiência para me relacionar em todas as esferas.

União Brasil possui candidata à presidência. Sua coligação tem bastante ligação com o presidente Jair Bolsonaro, que busca reeleição. Qual é o seu posicionamento nacionalmente falando?

União Brasil deixou livre nos estados para poder ter a sua manifestação, mesmo tendo uma candidata. Já votei no Bolsonaro e vou votar nele novamente. Nossos candidatos a deputado estadual e federal, em sua totalidade, apoiam Bolsonaro. Mas não faço disso uma bandeira que me esconde, colocando a bandeira do Bolsonaro no meu rosto.Quero ser eleito pelas minhas qualidades, mas não deixo de ter uma posição nacional. Quero trabalhar ao lado dele para trazer os recursos.

O Plano 1000 aprovou obras em toda Santa Catarina. Pretende continuar com ele?

É muito importante, mas não pode ser só o Plano 1000, porque só fala de obras dentro de um município e são necessárias obras estruturantes que interligam municípios. Na verdade, o governo tem tido grande dificuldade, porque ele não tem projeto de engenharia e vem trabalhando nos projetos dos municípios de maneira muito lenta. Todos os compromissos assumidos pelo governador Moisés vamos cumprir, porém, queremos avançar muito mais.

Blumenau tem grande parte de suas rodovias estaduais com infraestrutura simples e necessidade de diversos reparos paliativos ao longo do ano, apesar de registrar cada vez mais aumento no fluxo de veículos. Qual sua estratégia para que a cidade e a região possam desenvolver e estruturar as vias estaduais?

Além do sério problema na BR-470, temos as rodovias estaduais em estado totalmente precário. Aliás, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) apresentou um estudo onde afirma que 60% das rodovias catarinenses são intransitáveis. Vamos fazer um plano emergencial de manutenção das rodovias, onde será dividido em lotes e vamos ter uma revitalização completa. Estou falando de arrumar drenagem, fresagem e asfalto novo.

Eu, quando fui prefeito de Florianópolis, instituí o programa Asfaltaço, que formou um programa municipal de pavimentação. Pavimentamos mais de mil ruas, tendo assim 300 km de asfalto. E vamos implementar isso no estado. Queremos rodovias seguras, tendo um plano de manutenção, sinalização e iluminação e garantir, a partir daí, ampliação de faixas de rolamento, melhorando o trânsito na região.

No último levantamento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), alunos de Blumenau não atingiram nota mínima na educação pública estadual. Qual será sua atuação para melhoria da qualidade da educação das escolas estaduais e elevação destas notas?

Precisamos ter um novo modelo pedagógico. Esse novo modelo significa mais tecnologias, atratividade ao estudante e uma condição melhor de estudo. Ele (aluno) está estudando em uma escola praticamente destruída, com uma situação de infraestrutura totalmente precária. Não existe um programa novo que possa permitir que o aluno esteja inserido no mercado de trabalho. Ele continua tendo o ensino regular de maneira precária.

Nós vamos reformular toda essa estrutura, garantindo um melhor desempenho dos estudantes e buscando qualificar os professores.

Você garante a continuidade e a fiscalização da SC-108 em seu mandato?

Com certeza. É um compromisso antigo. É uma rodovia importante, interligando diversos municípios. E muito mais que prometer, vamos realizar.

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