Por Develon da Rocha, presidente do Sindeventos (Sindicato das Empresas de Promoção e Organização de Feiras, Congressos e Eventos de Santa Catarina)

O primeiro setor atingido pela pandemia e o último a “sair” da crise provocada por ela. As aspas não são à toa, visto que as empresas que sobreviveram ainda amargam muitas dificuldades e tentam como podem permanecer em atividade.

O boom detectado no início de 2023, que resultou em um superaquecimento dos negócios do segmento foi tão somente para atender à demanda reprimida. Muito em função do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), lançado em 2021, depois de muita luta junto ao governo federal.

Se o quadro ainda está longe de uma plena retomada, não podemos deixar de comemorar a extensão do Perse, aprovada no Senado na última terça-feira, 30, e segue para sanção presidencial, depois de uma queda de braço entre os poderes Executivo e Legislativo nacionais. Ficou estabelecido um teto de R$ 15 bilhões de incentivos fiscais ao setor até dezembro de 2026, porém com redução de 44 para 30 atividades contempladas.

É o ideal? Obviamente não, mas dentro de um contexto em que o equilíbrio das contas públicas é um dos maiores objetivos do governo federal, vale destacar o esforço das entidades do segmento junto aos congressistas e ao Executivo. E também ao consenso.

O que pesou na balança? A sobrevivência de empregos e empresas. Afinal, um dos grandes geradores de postos de trabalho no país ficou completamente inativo, mesmo diante da abertura gradual de outros setores. Nosso sindicato está forte e atuante para contribuir no que for preciso, avaliando todos os lados em prol de uma Santa Catarina ainda mais atrativa e pulsante para os eventos.