O novo partido do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o Aliança Pelo Brasil, teve o primeiro encontro estadual no sábado, 29, em Florianópolis, e lá foram discutidos os próximos passos do futuro partido e qual rumo devem tomar nas eleições municipais deste ano.
Segundo Dirlei Paiz, um dos coordenadores do movimento em Blumenau, o Aliança Pelo Brasil obviamente não terá candidato por ainda não ter o registro de partido político, mas os apoiadores já sabem que não vão apoiar Mário Hildebrandt (sem partido), atual prefeito de Blumenau. Eles pretendem fazer aliança com um candidato “alinhado com a mesma visão de Jair Bolsonaro”.
A presença mais ilustre desta reunião foi da vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido), que deve se filiar no Aliança Pelo Brasil quando o partido estiver regularizado.
O fato de Daniela ter ido a esse encontro só vem corroborar com as especulações de que realmente ela não está tão próxima do governador Carlos Moisés (PSL), já que ambos tomaram rumos diferentes com relação ao presidente Jair Bolsonaro.
Enquanto Daniela é pró-Bolsonaro, pois disse que só decidiu disputar um cargo público por ser bolsonarista, Carlos Moisés preferiu fazer do PSL catarinense “um partido sem extremistas”, seguindo mais próximo a Luciano Bivar, presidente nacional do PSL, e também de Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro (PSC) que pensa em fazer uma fusão com o PSL.
Ainda com relação a Mário Hildebrandt, a análise que fica é que o prefeito de Blumenau não é bem quisto no novo partido e, mesmo apoiando a criação do Aliança Pelo Brasil, pode não ser muito bem recebido se decidir se filiar futuramente na nova sigla, pois parece não ter o perfil bolsonarista segundo os representantes do movimento.