Na quarta-feira, 29, o senador Esperidião Amin (PP) participou da reunião remota com o ministro da Saúde, Nelson Teich, que fez elogios ao representante do governo por ele não se colocar como dono da verdade sobre a pandemia.

“Quero dizer ao ministro que eu aplaudo suas dúvidas, porque elas revelam humildade e não falta de firmeza. Eu tenho muito medo é de quem tem convicções do que não conhece. Muitos que se arvoram na condição de professor de Deus em meio a uma pandemia onde nós somos tão ignorantes do ponto de vista científico, do ponto de vista geográfico, nas formas de enfrentar a pandemia num país continental como o nosso”.

Na conversa, Amin aproveitou para solicitar que o secretário executivo do ministério da saúde, Eduardo Pazuello, que assumiu a função no dia 22 de abril, favoreça a produção de equipamentos de proteção individual no Brasil, pois segundo o senador, “nós não podemos preservar essa nossa dependência terrível a componentes estrangeiros, especialmente chineses. Nós não podemos depender da China para produzir têxtil, para produzir telefone e para produzir respirador”.

Nessa última fala Amin deixou claro uma indireta para o governador Carlos Moisés, que adquiriu respiradores chineses pagando R$ 165 mil cada um, sendo que em Joinville tinha uma empresa que fabrica esses aparelhos cobrando um terço do valor.

O senador Esperidião exigiu que o Ministério da Saúde ajudasse a Anvisa a analisar rapidamente o pedido das indústrias, pois Santa Catarina tem duas empresas habilitadas a produzir respiradores esperando a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

No final, Esperidião pediu para que o ministro Nelson Teich descrimine como os 46,5 milhões testes serão disponibilizados.

Na resposta, Teich disse que na segunda-feira, 4 de maio, o primeiro lote com dois milhões de testes da Covid-19 já serão distribuídos para os estados da federação. O ministro já tinha publicado nas suas redes sociais que Santa Catarina receberia 34,5 mil testes até o dia 28 de abril, sendo esse o quarto envio desse tipo de equipamento para o estado atestar se a pessoa está ou não com o coronavírus.

Tanto o PP, partido de Amin, quanto o PL, partido do também senador Jorginho Mello, siglas que fazem parte do chamado “centrão”, vem negociando com o presidente Jair Bolsonaro para apoiarem o governo na Câmara dos Deputados e no Senado, diminuindo a influência do deputado federal e presidente da Câmara, Rodrigo Maia.