Eu conheço Blumenau desde o dia 2 de setembro de 1971, lá no Hospital Santo Antônio, quando ainda era somente um prédio de madeira com um varandão na frente do lado esquerdo da Rua Itajaí. Muito provavelmente a primeira pessoa que conheci foi o médico Mauricí Nascimento, que 22 anos depois viemos a trabalhar juntos na Prefeitura de Blumenau, ele como secretário de saúde e eu na comunicação do Samae.
Durante esses anos da minha vida tive a sorte de conhecer muita gente que fez e que faz parte da história dessa cidade. Na infância tive como vizinhos próximos Horácio Braun, filho da Frau Braun, Alvir Renzi e Dalmo Bozzano. Na mesma época conheci um promissor desenhista chamado Cao Hering, que mais tarde teve seus cartuns publicados no Jornal de Santa Catarina, que nasceu vinte dias depois de mim.
Aliás, setembro é um mês marcante para a comunicação da cidade, pois no dia 1º de setembro nasceram também a Rádio Nereu Ramos (1958) e a TV Coligadas (1969), veículos por onde passaram Rodolfo Sestrem, Danilo Gomes, Enei Mendes, José Carlos Rocha (Rochinha), Maria Odete Olsen, Nelson Santiago, Carlos Muller, Valmira Siemann, Fabrício Wolff, Neusa Manske e tantos outros que colocaram Blumenau na vanguarda.
Na juventude, lembro do seu Harold Letzow e do Ricardo Stodieck na Proeb, da dona Ilse Schmitt da Escola Barão do Rio Branco, da diretora Dinorah Golçalves no Colégio Pedro II, do professor Leonir Alba, lembro do seu Furlan, pai de Nerino Furlan, que tinha um mercadinho na esquina da rua Daniel Pfaffendorf, lembro também do seu Herbert Holetz, pai da Regina, que cuidava do Cine Buch e me recordo também da Dona Adelina Hess de Souza cuidando da floreira na frente do hotel Himmelblau.
No jornalismo e na política Blumenau me deu a oportunidade de conhecer pessoas como seu Evelásio Vieira, Dalto dos Reis, Renato Vianna, Vilson Souza, Mauro Dorigatti, Lauro Bacca, Paulo Baier, seu Paulo Malburg, Elke Hering, o gauchão Arthur Monteiro, tive a imenso prazer de trabalhar com Odinéia Marchetti, Ademar Werner, Carlos Tonet, Adalberto Day, enfim, pessoas que nasceram aqui ou que vieram de ouras cidades, mas de uma forma ou de outra ajudaram a fazer de Blumenau uma cidade forte, promissora e de muita luta.
Hoje Blumenau completa 170 anos de vida e esperamos poder viver, conhecer e aprender com todos aqueles que, dia após dia, estão construindo o futuro de uma cidade que cresceu, se desenvolveu, mas não perdeu o seu costume, as suas raízes e principalmente a vontade de querer fazer sempre mais e melhor.
Parabéns, Blumenau!