Mesmo antes da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania) decidir se ia ou não aceitar o convite do governador Carlos Moisés, o vereador Bruno Cunha já dizia que preferiria que a deputada ficasse em Brasília para fazer o meio campo entre o governo federal e Santa Catarina.

Referente ao cenário municipal, Bruno é o único vereador que estava na base de apoio do projeto Napoleão/Mário Hildebrandt, em 2016, e saiu para a oposição por posturas independentes, ou seja, ele é o único dos quatro vereadores da atual oposição que estava na situação no início da legislatura.

Se Carmen Zanotto tivesse aceitado ir para o governo Moisés (PSL), para ele não teria nenhum problema do Cidadania se aliar ao Deputado Estadual Ricardo Alba (PSL) nas eleições municipais deste ano.

O que ele enfatiza é que não há nenhuma possibilidade do partido dele apoiar o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) na sua reeleição. Hoje ele tem total autonomia para decidir e definir, junto com os filiados, os rumos do Cidadania em Blumenau.

Bruno Cunha diz que não apóia Mário Hildebrandt por todas as posições divergentes da dele e do partido e pelas contradições que ocorreram durante os quatro anos de mandato da atual administração.

Bruno é um vereador que teve excelente votação nas eleições de 2016 e tem se destacado na defesa das bandeiras colocadas quando ainda era candidato e pode assumir uma posição de destaque também nas eleições municipais de 2020 por representar uma fatia do eleitorado que não está só nas ruas, mas também nas redes sociais, e isso pode fazer a diferença nas tratativas de ter o Cidadania no bloco de apoio dos pré-candidatos a prefeito da cidade.

JPK e o PSD

É fato que João Paulo Kleinubing (DEM), Mário Hildebrandt (Podemos) e o PSD andam na mesma faixa de eleitorado na cidade de Blumenau. Hoje, se os três saíssem cada um com um candidato, poderiam morrer abraçados e isso João Paulo sabe mais do que eu.

Todos sabem também que o prefeito Mário saiu na frente na corrida para a sua reeleição e já definiu que seu partido terá como aliado o Solidariedade, pois além de trazer o vereador Marcelo Lanzarin para o Podemos, colocou Jovino Cardoso Neto e Alexandre Caminha na mesma sigla do também vereador Zeca Bombeiro.

Muito provavelmente o PSDB deva seguir o mesmo caminho, ficando na base de Mário pelos cargos que hoje ocupa na Prefeitura de Blumenau.

Agora o namoro entre JPK e PSD fica cada vez mais forte, podendo até o partido do deputado estadual Ismael dos Santos colocar Ronaldo Baumgarten como vice, e aí trazendo a classe empresarial para o seu lado.

Como todos sabem, os deputados estaduais Ricardo Alba (PSL) e Ivan Naatz (PL) também devem disputar as eleições para, pelo menos, marcarem território e abrirem caminho para as eleições em 2022.

Mas com toda a indefinição das eleições por conta da pandemia, muita gente ainda prefere esperar julho chegar para saber se toda essa gente realmente vai ter coragem de se lançar candidato a prefeito de Blumenau.

A bagunça do PDT

Até o mais desinformado da política de Blumenau sabe que João Natel, ex-reitor da Furb, se diz membro do Partido Democrático Trabalhista. Depois de participar de duas reuniões no Fórum de Partidos de Esquerda, que é composto pelo PT, PCdoB, PSOL, PCB, PCO e também pelo PDT, que é representado por João Natel, o médico descobriu que seu nome não está na lista de filiados do partido no Tribunal Regional Eleitoral.

Segundo a executiva estadual do PDT, foi um erro da comissão provisória de Blumenau, que não colocou o nome do prefeitável na lista de pessoas a serem filiadas.

Agora o partido corre contra o tempo para incluí-lo numa lista especial de filiações, tendo que provar para a Justiça Eleitoral que Natel assinou a ficha no prazo correto e já atuou pelo PDT na cidade.