Um grupo de apoiadores do governador Carlos Moisés organizou uma carreata na tarde de domingo, 27, na cidade de Florianópolis. Não se tem informação se outras carreatas ocorreram em outros municípios do estado, mas de acordo com o banner que convocou os apoiadores de Moisés, estava descrito que nas demais cidades o movimento se iniciaria na frente das Câmaras de Vereadores.

No Vale do Itajaí não foram registrados movimentos pró-governador com a descrição “Carreata contra o golpe e pela democracia”, mote usado pelo grupo que é contra o impeachment do governador Carlos Moisés e a vice Daniela Reinehr.

Mas em Florianópolis, a carreata iniciou às 15h, defronte ao trapiche da Avenida Beira Mar Norte, no centro da cidade, passando também em frente à Casa D´Agronômica, residência oficial do governador do estado.

Segundo a organização, foram mais de 100 veículos que estiveram na carreata apoiando Carlos Moisés, que de volta ao trapiche, estava lá, junto da sua esposa Késia e da filha Sarah, esperando os manifestantes para fazer um discurso de agradecimento.

Na sua fala, o governador disse que “está trabalhando por Santa Catarina e que a manifestação desse domingo mostra para as pessoas que há a vontade de mudar a realidade e a vontade de mostrar também que não pode haver terceiro turno de eleição, que as pessoas devem aceitar a vontade popular transcrita nas urnas”.

Carlos Moisés falou novamente que ele está sendo punido não pelos erros, mas sim pelos acertos de não ter feito velhos conchavos e por não ter apertado a mão de pessoas que há muito tempo operam de forma negativa no estado, tirando o dinheiro público de onde ele deveria estar e colocando nos seus velhos esquemas. No final, Moisés enfatizou que não vai aceitar ações que não sejam republicanas e que vai resistir o quanto puder.

 

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O governador e a vice Daniela Reinehr estão sendo acusados no primeiro processo de impeachment de equiparar os vencimentos dos procuradores do estado com os procuradores da Assembleia Legislativa de Santa Catarina sem a anuência do legislativo catarinense. Este processo está mais adiantado e a permanência de ambos no cargo vai depender agora da decisão do Tribunal Misto, que tem cinco deputados estaduais e cinco procuradores, que vão analisar o mérito da questão, decisão esta que deve sair até o próximo dia 9 de outubro.

Já no segundo processo de impeachment, o governado Carlos Moisés é acusado de crime de responsabilidade na compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões com dispensa de licitação e no processo de contratação do hospital de campanha de Itajaí, que acabou cancelado.

Além disso, disseram que ele prestou informações falsas à Comissão Parlamentar de Inquérito dos respiradores e não adotou procedimentos administrativos contra os ex-secretários Helton Zeferino, da Saúde, e Douglas Borba, da Casa Civil, investigados no caso dos respiradores. Em relação à vice Daniela Reinehr, os denunciantes disseram que ela cometeu crime de omissão no caso da compra dos respiradores por R$ 33 milhões.