No dia 18 de dezembro do ano passado, a Assembléia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), aprovou o PL 187.5/2019, de autoria do deputado Laércio Schuster (PSB), que obriga o governo do estado a divulgar diariamente as receitas obtidas. O governo teve 90 dias para a adequação do sistema após a aprovação da lei, e este prazo vencerá no próximo dia 17.
Schuster não acredita que o prazo seja cumprido por conta da dificuldade que o governo tem em mudar toda a programação do site para que essas informações fiquem disponíveis para todos os catarinenses. Outro assunto que deve ser destaque na Assembleia é a Reforma da Previdência do Estado que, por ter sido enviada pelo governo em regime de urgência, tem que ser votada até o dia 25.
Laércio acredita que essa reforma será bem mexida, pois do jeito que está é um “retrocesso para as contas públicas de Santa Catarina”. Segundo ele, o Estado perderá a capacidade de fazer os investimentos necessários. “Essa reforma, se continuar como o governo enviou tirará, todos os anos, R$ 3 bilhões de reais dos cofres públicos para cobrir o rombo com a previdência nos próximos 10 anos”.
Na noite de quarta-feira, 10, na Associação Comercial e Industrial de Florianópolis, ocorreu uma reunião entre alguns deputados para debater o assunto. Segundo o deputado estadual Maurício Eskurdlark (PL), que é o relator da matéria, ele não pretende mexer muito no que já foi encaminhado pelo governador e por conta disso segue o impasse entre os legisladores de situação e oposição, pois muitos entendem que não se pode cultivar um rombo de R$ 3 milhões todos os anos, tirando das contas públicas um dinheiro que fará falta para investimentos.
Eleições municipais
Sobre as eleições municipais, na sexta-feira, 6, pela manhã, o deputado Laércio (PSB) se reuniu com Paulinho Bornhausen (PODEMOS) para confirmar sua ida para o partido dele, pois entende que o PSB não converge mais com a sua forma de pensar e com a sua ideologia. Agora só falta Cláudio Vignatti, que será o novo presidente estadual do PSB, liberar o deputado para que ele assine no PODEMOS.
Há a necessidade dos partidos conquistarem o maior número de representantes possíveis até 2022 para terem um bom poder de barganha nas futuras candidaturas para, principalmente, de governador. A maratona política dos deputados federais, deputados estaduais e senadores, e também de algumas figuras influentes, como Paulinho Bornhausen, está só começando, pois são eles que continuam negociando as alianças por todo o estado.