No fim da noite de quinta-feira, 7, o Ministério Público de SC pediu ao Tribunal de Justiça do estado a prisão de seis pessoas envolvidas, entre elas muito provavelmente o secretário Douglas Borba, nas licitações dos 200 respiradores comprados pelo governo estadual junto a empresa Veigamed, do Rio de Janeiro, por R$ 33 milhões.
O Gaeco não pôde fazer as diligências porque a Procuradora de Justiça Vera Lúcia Ferreira Copette não acolheu o pedido, mas autorizou busca e apreensão nos endereços dessas seis pessoas e, dependendo do que for encontrado, poderá reavaliar sua decisão no que diz respeito à detenção destes envolvidos.
Mas na manhã deste sábado, 9, a Polícia Civil, através do Gaeco e a Deic, numa ação conjunta com o MPSC e o TCE, desencadeou a operação O2 (Oxigênio), fazendo diligências e cumprindo 35 mandatos de busca e apreensão e sequestro de bens nos estados de SC, SP, RJ e ES.
É a incessante busca de provas que vão esclarecer todo o processo de compra dos famigerados respiradores que sequer foram entregues pela empresa Veigamed.
Os militares e oficiais que compõe o governo de Santa Catarina já estão muito incomodados com a postura do governador Carlos Moisés (PSL), que também é bombeiro, e vem insistentemente protegendo Douglas Borba de todos os ataques vindos da Alesc, que já protocolou o afastamento do chefe da Casa Civil, e agora também do Ministério Público.
O MPSC já conseguiu do ex-secretário de saúde, Helton Zeferino, uma cooperação, quase uma delação premiada, para contar tudo que sabe sobre essa (dos respiradores) e as demais licitações feitas pela saúde com a supervisão da Casa Civil, como ele mesmo já afirmou.
Outros 18 membros do governo com cargos influentes também pedem que Carlos Moisés comece a reavaliar sua decisão de manter Douglas Borba na Casa Civil, pois estão temerosos que seja difícil salvar o resto do governo que ainda está de pé.
A semana que virá vai trazer muitas novidades sobre esse caso e a CPI instalada na Alesc pode terminar bem antes do que se imaginava, pois, quem achava que o Ministério Público e o Gaeco não iriam agir, se enganou.
Contaminação pelo coronavírus diminui de intensidade em Florianópolis, diz prefeito
Na tarde de sexta-feira, 8, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, publicou um vídeo na sua rede social informando que a capital dos catarinenses conseguiu, nas duas últimas semanas, reduzir o número de doentes pelo coronavírus.
Segundo o prefeito, no dia 24 de abril a cidade tinha 111 pessoas infectadas e no dia 8 de maio o número ficou em 105 pessoas, ou seja, o número de pessoas curadas nessas duas semanas é maior do que o número de novos contágios.
Gean Loureiro disse que Florianópolis é a capital brasileira com menor letalidade pela doença do Covid-19. A capital é a cidade que mais tempo manteve a quarentena e também é a cidade que mais realiza testes de contágio de coronavírus no estado.
Desde o início da pandemia, Gean Loureiro foi um dos poucos prefeitos de Santa Catarina que conseguiu exercer alguma influência nas decisões tomadas pelo governador Carlos Moisés, mas depois dos problemas nas licitações do hospital de campanha de Itajaí e dos 200 respiradores, o governador novamente se isolou e não deu mais abertura para os prefeitos se posicionarem.