Depois que publiquei um vídeo do prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, mostrando o início dos trabalhos da duplicação da ponte Adolfo Konder, no Centro da cidade, duas lideranças importantes na região se manifestaram contrários a escolha da atual administração.
A obra, além de duplicar a conhecida ponte da Ponta Aguda, vai construir outra, de aproximadamente 50 metros, ligando a rua XV de Novembro até a primeira curva da Avenida Beira Rio.
O deputado estadual Ivan Naatz (PL) disse ser um absurdo aquela obra, que vai jogar pelo ralo R$ 7 milhões para não resolver o problema dos engarrafamentos na rua República Argentina, pois segundo ele, o problema não está na ponte, mas sim nos acessos.
“Essa ponte não vai adiantar de nada, porque vamos ter que continuar passando pelo mesmo lugar para ir para a Ponta Aguda e o retorno também, piorando o trânsito daquela região”, afirmou o blumenauense.
Para Naatz, a melhor opção era fazer a ponte na saída da rua Rodolfo Freigang, indo direto para o bairro Ponta Aguda através de uma marginal ligando a rua das Missões e também a República Argentina. “Aquele alargamento que estão fazendo na ponte do Centro nada mais é do que desperdiçar uma boa parte do dinheiro público, como fizeram com a margem esquerda e com outros projetos em Blumenau”, finalizou Ivan Naatz.
Veja o vídeo divulgado pelo deputado:
Já o ex-prefeito João Paulo Kleinubing (DEM) também não concorda com a obra que está sendo feita. Segundo ele, a ponte sugerida no seu governo era fruto de um longo trabalho de avaliação das várias alternativas disponíveis, onde a ligação entre as ruas Chile e Rodolfo Freigang era a melhor alternativa.
“A ponte não é uma construção isolada. Ela faz parte de um sistema em conjunto com o prolongamento da Rua Chile. Assim teríamos uma operação em binário, ligando diretamente a Avenida Beira Rio a Rua Chile. Da forma como está, continua sendo feito um ‘cotovelo’ para dai ter acesso a Rua Chile o que diminuía eficiência, especialmente para o transporte coletivo, pois a existência de curvas prejudica a eficiência do sistema”, publicou em seu Instagram.
Essa obra também fazia parte do Projeto Blumenau 2050, feito na gestão de João Paulo Kleinubing depois da enchente de 2008.
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