Na noite desta quinta-feira, 25, Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, publicou um vídeo de pouco mais de 40 minutos, dizendo estar sendo perseguido pelo jornal Folha de São Paulo, mostrando inclusive que o nome dele, de 2018 até junho de 2020, foi mencionado 274 vezes pelo jornal, e que em todas às vezes de forma negativa.
Hang, acompanhado de um advogado, um tributarista e do seu diretor de contabilidade, mostrou também uma matéria do jornal paulista que informava que ele é o recordista em infrações e contestações no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), que é um órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, onde há a discussão de recursos de pagamento de tributos federais.
Luciano Hang quer saber quem são os técnicos do órgão que estão passando essas informações para os veículos de comunicação, pois são informações sigilosas e que só são conseguidas através de pessoas que tenham acesso ao sistema interno da Receita Federal.
Num dos processos mostrados pela matéria da Folha, diz que a Havan deve ao menos R$ 57 milhões, mas Luciano mostra que, através de um recurso administrativo, diminuiu este valor para pouco mais de R$ 16 milhões, e que ainda estão em discussão para que se diminua ainda mais por conta de entendimentos legais.
Segundo ele, essa e outras informações da matéria só são possíveis conseguir através de pedidos jurídicos de quebra de sigilo bancários, que não foi o caso.
Então ele vai pedir a abertura de investigação administrativa no Carf, para descobrir quem vazou as informações, vai mover uma ação de indenização contra a união porque um servidor vazou informações sigilosas da Havan e vai entrar com uma notícia crime na Polícia Federal, para que se investigue o crime de violação de segredo fiscal e também de violação de segredo profissional.
Luciano Hang disse também que vai mover uma ação de indenização contra a Folha de São Paulo, por publicar informações falsas cujos valores mencionados na reportagem não correspondem com a verdade e que neste caso configura como fake news, segundo seu advogado.
Hang se diz perseguido pelo jornal desde 2018, quando se declarou favorável ao então candidato a presidente Jair Bolsonaro, e desde então se diz bolsonarista.
“É inadmissível que alguém vá lá no Carf, arranje alguém lá dentro para passar informações sigilosas ilegais, para escrever num artigo e desconstruir empresários que de repente apóiam esse governo que são chamados de bolsonaristas… eu não quero que se jogue no ventilador coisas que não são verdadeiras e as pessoas acabam acreditando, mas principalmente que queiram nos calar” finalizou.