O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), está correndo para juntar assinaturas dos demais senadores para apresentar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que vai pedir a prorrogação das eleições municipais desse ano para outubro de 2022.
Ele diz que não é uma manobra para favorecer prefeitos e vereadores que estão no mandato, mas sim para poder usar os R$ 1 bilhão, que serão gastos com as eleições pelo Tribunal Superior Eleitoral, e também os R$ 2 bilhões do Fundo Eleitoral, fundo esse que ele chama de “Fundo da Vergonha”, contra o coronavírus.
A justificativa de uso desses R$ 3 bilhões é o prazo informado pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que mostra que o pico da contaminação deva ocorrer entre os meses de junho e julho, e somente teria um declínio a partir do mês de setembro.
Major Olímpio disse que, se esses prazos realmente acontecerem, as eleições ficam inviabilizadas por causa dos prazos legais que os partidos têm para fazer as convenções e efetivarem as candidaturas e também de todo o aparato para se organizar as eleições.
Não tem sentido gastar R$ 2 bilhões para financiar santinho, faixa, cabo eleitoral. Com esse dinheiro, seria possível comprar 70 mil equipamentos de respiração”, afirmou Olímpio.
Ele também disse que em 2022 teríamos eleições gerais, “acabando com esse negócio de, a cada dois anos, pararem o Brasil para o processo político eleitoral”.
Já o futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luiz Roberto Barroso, declarou que, nesse momento, não é o caso de adiar, pois em setembro já estaríamos no declínio da contaminação.