O partido Solidariedade, que já tinha o vereador Zeca Bombeiro e acabou recebendo os vereadores Jovino Cardoso Neto e Alexandre Caminha, está de olho na vaga de vice da chapa do prefeito Mário Hildebrandt (Podemos). O sonho de consumo do prefeito ainda é Ronaldo Baumgarten (PSD), mas cada dia que passa parece que Ronaldinho fica mais próximo de João Paulo Kleinubing (DEM).

Então, a segunda opção era o presidente da Câmara de Vereadores, Marcelo Lanzarin (Podemos), que desde o início já avisou que vai mesmo para a reeleição e acabou assinando ficha no mesmo partido de Hildebrandt.

Então a vaga de vice de Mário parece estar órfã e o prefeito ainda não vê ninguém forte o suficiente para fazer o convite. E é nessa brecha que o Solidariedade espera poder ganhar notoriedade, pois já colocou o nome do vereador Zeca Bombeiro a disposição para preencher essa brecha.

Bombeiro tem a sua base eleitoral na região norte de Blumenau, foi o quarto candidato a vereador mais votado em 2016, está no terceiro mandato e quer seguir o mesmo caminho do amigo de partido Jovino Cardoso Neto e do próprio prefeito Mário Hildebrandt, que acabaram se elegendo vice-prefeitos do então candidato Napoleão Bernardes.

Desde as eleições de 1996 a Câmara de Vereadores de Blumenau tem colocado um membro seu no gabinete do vice-prefeito. Naquele ano e em 2000 Inácio Mafra (PCdoB) se elegeu como vice de Décio Lima (PT), em 2004 foi a vez de Edson Brunsfeld (PP) ser vice de João Paulo Kleinubing (DEM), em 2008 foi o então vereador Rufinus Seibt (PMDB) que assumiu o cargo na reeleição de Kleinubing, e, como já escrevi, Jovino e Hildebrandt ocuparam a vaga de vice em 2012 e 2016 respectivamente do prefeito Napoleão.

Então como se vê, ser vereador em Blumenau pode sim fazer a diferença numa eleição que promete ser muito disputada e ter experiência vencedora nas urnas acaba tornando mais fácil uma futura vitória.

Para o eleitor, um vereador pode não ser o nome dos sonhos como vice-prefeito, mas para o pré-candidato a prefeito ele pode ser decisivo e é por isso que tem muito vereador com a mão coçando só a espera do tão sonhado convite para disputar uma eleição majoritária.

Natel diz que Mário Hildebrandt é fraco

O pré-candidato a prefeito pelo PDT, o médico João Natel, parece ter entrado de verdade na disputa pelo cargo de prefeito de Blumenau. Na noite de segunda-feira, 10, ele postou na sua rede social uma foto com o título de uma entrevista dada pelo prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), onde o prefeito diz que o governador “foi fraco”, se referindo à pandemia do coronavírus.

Natel escreveu que “a declaração do prefeito de Blumenau foi dada em 17/07, contávamos 23 mortes pela COVID-19. Em 10/08, 80 mortos, 8 divulgadas em um mesmo dia. No espaço de 3 semanas, 57 mortes”, e terminou o texto do post escrevendo “Prefeito também foi e é fraco”.

Na primeira semana de agosto, o PDT blumenauense decidiu deixar o Fórum de Partidos de Esquerda, que tem hoje o PT, PCdoB, PSOL, PCB e PCO, e bancar um voo solo na disputa eleitoral de 2020. Com isso, João Natel inicia uma caminhada que deve se consolidar em setembro, na convenção municipal do partido, que irá escolhê-lo como o nome da cabeça de chapa, pois o PDT quer fortalecer a legenda no Vale do Itajaí já com vistas às eleições de 2022.

Tanto em 2012 quanto em 2016, Blumenau teve 4 e 5 candidatos respectivamente, sendo que Napoleão Bernardes (ex-PSDB) e Jean Kuhlmann (PSD) foram os protagonistas nas duas edições. Neste ano, excepcionalmente, Blumenau corre o risco de ter 11 candidaturas e o PDT de João Natel sabe que, assim como nas eleições de 2018 para governador, o eleitor pode querer inovar e eleger alguém que não tenha tanta experiência na política, mas que mostre algo novo e que lhe dê confiança de colocar alguém como Natel no cargo mais importante da cidade.