Os parlamentares catarinenses prestaram solidariedade às vítimas da tragédia que arrasou boa parte das cidades do Rio Grande do Sul e destacaram a realização das reuniões ordinárias itinerantes durante a sessão de terça-feira, 7, da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), que aconteceu em Blumenau.

“O povo catarinense tem se empenhado na tragédia do Rio Grande do Sul, Blumenau e Santa Catarina também precisaram de auxílios no passado. A gente precisa entender que a solução está cada vez mais nas pessoas e não só no estado, a solução está no terceiro setor, na iniciativa privada e no indivíduo. Vocês vão reconstruir, a sociedade consegue entregar muito resultado, vocês vão se recuperar muito rápido”, previu André de Oliveira (Novo).

“Quero me solidarizar com o povo gaúcho pelo que está passando, temos de ter o entendimento de que cada vez mais conviveremos com eventos extremos, mais frequentes e com mais intensidade. É fundamental que isso esteja no radar dos parlamentares e dos gestores públicos”, ponderou Marquito (Psol), que sugeriu aos brasileiros “fazerem as pazes com a questão climática”.

“Os fenômenos climáticos extremos vieram para ficar e estão cada vez mais frequentes, sabemos que vão se repetir, por isso precisamos de políticas públicas. Blumenau já viveu na pele as consequências das enchentes, mas não podemos sempre ficar correndo atrás dos prejuízos”, afirmou Lunelli (MDB), que defendeu, entre outras ações, a limpeza e o desassoreamento de rios e córregos, a recuperação da mata ciliar e a fiscalização das construções.

“O sofrimento, a tristeza de perder tudo, sem imaginar como vai ser o outro dia, porque a casa sumiu, o bairro sumiu, por isso temos de ajudar esse povo agora, temos de ser solidários”, propôs Dr. Vicente Caropreso (PSDB), que ressaltou o envio de aeronaves, de bombeiros e voluntários para ajudar nos resgates das pessoas e de animais.

“Agradeço a todos que de uma forma ou de outra estão ajudando os nossos vizinhos: os herois da Defesa Civil, os bombeiros militares, voluntários, pessoas da sociedade com barcos e jet-ski. O problema vai se agravar muito mais, muitas famílias perderam tudo: residência, móveis, roupa e emprego. Como vão ficar essas pessoas daqui para frente?”, questionou Massocco (PL), que sugeriu usar os recursos do Fundo Eleitoral para ajudar na reconstrução.

“O povo de Santa Catarina mais uma vez dá uma demonstração de união e amor ao próximo, e a gente viu isso nos últimos dias, desde o mais simples cidadão, ao grande empresário”, apontou Emerson Stein (MDB).

“Quero enaltecer a solidariedade do povo catarinense com o Rio Grande do Sul. Já são mais de 14,5 mil pessoas enviadas pelo governo federal e mais de R$ 1,5 bi de investimentos federais na recuperação”, lembrou Luciane Carminatti (PT).

Sessão itinerante

Por outro lado, vários deputados elogiaram a iniciativa da Mesa de realizar sessões ordinárias itinerantes nas cinco macrorregiões, começando por Blumenau.

“Quero parabenizar o presidente Mauro de Nadal (MDB) pela iniciativa, é uma oportunidade que a região tem para falar da realidade, dos desafios, das expectativas. Confesso que foi uma grande iniciativa e que foi prestigiada por toda a comunidade. Estamos muito felizes com a decisão de vossa excelência”, declarou Ivan Naatz.

O deputado ressaltou os investimentos do governo do estado na região, com destaque para os repasses à saúde e à infraestrutura.

“Estamos atentos às solicitações dos hospitais, da Renal Vida, aos poucos estamos enfrentando a questão da saúde pública. Blumenau é a cidade mais prestigiada em repasses para a saúde. Semana passada o governador esteve aqui, inaugurou um tomógrafo e assinou convênio com o Hospital Santo Antonio para ampliar o pronto-socorro, um investimento de R$ 62 mi”, pontuou Naatz.

“As sessões itinerantes aproximam mais as pessoas da política. Parabéns presidente por tomar a iniciativa de deixar o trabalho do Parlamento mais próximo das pessoas”, afirmou Delegado Egídio (PL), que ressaltou os investimentos na saúde, na educação, na segurança e na Defesa Civil em Blumenau e região.

“As sessões itinerantes vão para todos os cantos do estado com a participação efetiva da sociedade. Ouvimos atentamente as manifestações das entidades que participaram da sessão e vimos o quanto é importante escutar as demandas para fazer a interlocução junto ao governo”, avaliou Rodrigo Minotto (PDT).

Marcos da Rosa (União) elogiou a iniciativa das sessões itinerantes e também destacou o repasse de recursos das emendas impositivas a que tem direito para Blumenau e região, sendo R$ 850 mil para os hospitais, R$ 400 mil para a educação e R$ 2,8 mi para a infraestrutura.

O deputado Jair Miotto (União) igualmente parabenizou a iniciativa das reuniões itinerantes e agradeceu a ajuda que recebeu do deputado Napoleão Bernardes (PSD) na época em que foi aprovada a lei nº 18.643/2023, de autoria de Miotto, que obrigou a instalação de câmeras de monitoramento na rede escolar pública de Santa Catarina.

Lei contra invasões

Altair Silva (PP) revelou o protocolo de projeto de lei de sua autoria que proíbe os invasores de terras privadas ou públicas de receberem auxílios e/ou benefícios do governo do estado, além de tomar posse em cargos públicos.

“Precisamos de leis que punam os invasores de propriedades”, insistiu Altair, que pediu o apoio dos colegas para uma rápida tramitação da matéria.

Hospital Santa Isabel

Vicente Caropreso apoiou as reivindicações do Hospital Santa Isabel, de Blumenau, que solicitou recursos para a manutenção do atendimento ao público via SUS.

“Não dá para imaginar não ter o pronto socorro do hospital atendendo. A cardiologia, para onde vai?”, perguntou Caropreso.

Emerson Stein, coordenador da Bancada do Vale do Itajaí, concordou com Caropreso e informou que convidará a secretária de Saúde, Carmen Zanotto, para discutir com os deputados a situação do Hospital Santa Isabel.

Greve do magistério

Rodrigo Minotto, Luciane Carminatti e Neodi Saretta (PT) falaram sobre a greve do Magistério e apelaram ao governo para que dialogue com os grevistas.

“O Magistério está tendo dificuldade no diálogo com o governo do estado. Realmente, apesar de Santa Catarina ser um dos estados mais ricos do país, ainda está distante de ser um exemplo em investimentos públicos em educação, já que possui o menor investimento em professores efetivos. Dos cerca de 50 mil professores, apenas 1/3 são efetivos”, registrou Minotto, que lembrou que os professores não têm aumento há anos e que as perdas acumuladas com a inflação já atingem 16%.

“Os ânimos se acirraram, o governador esticou a corda e já temos 27 professores demitidos e mais uma lista de dezenas de demissões a partir de hoje, mas um governo que quer ter atitude não pode esticar a corda, são todos catarinenses”, analisou Carminatti, acrescentando que um professor com 23 anos de sala ganha apenas R$ 400 a mais que um professor no início de carreira.

“Estamos apelando para que haja um diálogo para resolver este impasse, o Magistério não pode ficar sem minimamente uma perspectiva de pauta de negociação”, disparou Saretta.

Retenção de águas pluviais

Padre Pedro Baldissera (PT) noticiou o protocolo de projeto de lei de sua autoria que obriga as construções públicas e privadas com mais de 500 metros quadrados de impermeabilização do solo a construírem sistemas de captação e retenção das águas pluviais.

“Para que elas fiquem no espaço de retenção e possam abastecer os diferentes aquíferos e evitar inundações”.

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