“Dia muito emocionante”: blumenauense comemora última sessão de quimioterapia com buzinaço
Amigas prepararam surpresa para Juliana
Desde agosto do ano passado, Juliana Inhapeta passou pelos dias mais difíceis que já viveu. Diagnosticada com câncer de mama, ela passou por um processo de cura intenso. Felizmente, a parte mais difícil do tratamento já terminou. Nesta segunda-feira, 27, a blumenauense recebeu a última sessão de quimioterapia.
Para comemorar o encerramento dessa etapa, ela decidiu celebrar desenhando no carro. “Última quimio da preta. Buzine!”, escreveu no vidro de trás. A reação dos motoristas que passaram por ela e reagiram à mensagem surpreendeu.
“Quando entrei na rua 7 de Setembro os carros começaram a frear e me dar a vez. Fizeram um buzinaço. Nunca vi nada igual. Todos desejando coisa boa. Tava com uma mão no volante e outra agradecendo. Foi lindo”, comenta Juliana emocionada.
Amigas de Juliana também a surpreenderam a esperando do lado de fora da clínica com a flor favorita dela: um girassol. Juntas, as quatro foram tomar um café e celebrar a conquista. “Era algo que eu não sabia que precisava”, comemorou.
Diagnóstico
Atualmente com 43 anos, desde os 30 Juliana passava por consultas anuais para acompanhar as mamas. Com um histórico de calcificação, ela não costumava realizar o autoexame em casa por ter medo de sentir qualquer coisa e automaticamente acreditar se tratar de um tumor.
“No dia 17 de agosto fui tomar banho e senti algo quando lavava a mama. Quando apertei senti um caroço duro como brita. Chorei muito e chamei meu esposo para sentir também. Como já tinha requisição marquei uma mamografia no dia seguinte”, relembra.
Saindo da consulta, que confirmou a presença de um tumor, ela ligou para o ginecologista que já a encaminhou uma guia para realizar um ultrassom. Na semana seguinte veio a suspeita oficial: tudo indicava que era um câncer de mama.
Tratamento
Uma biópsia confirmou o diagnóstico e Juliana já começou a traçar na cabeça como seria seu tratamento. Desde o início ela decidiu que passaria por uma mastectomia radical, pois não queria arriscar manter resquícios do câncer.
“Tudo que podia, fazia sozinha, porque não queria que meu esposo perdesse trabalho. Raspei o cabelo, mas não na frente de ninguém. A partir daí, senti que Deus mandava eu falar pra todo mundo. Não pra minha cura, mas para alertar outras mulheres. Muitas que não fazia exame há 10 anos se consultaram depois de conversar comigo”, conta.
A conexão com outras mulheres ajudou Juliana a atravessar esse período. Porém, ainda assim a cirurgia que decretaria a cura não foi suficiente. Um exame do tumor após ser removido mostrou que micrometástases haviam se espalhado e ela começou a quimioterapia.
“Foi um tratamento muito doloroso. Tive três momentos desesperadores: quando senti o caroço, antes da cirurgia e quando precisei fazer uma limpa no meu armário. Tinha medo de me tornar uma pessoa amarga com o tratamento, já que sempre fui tão alegre. Mas foi um processo que me aproximou ainda mais de Deus”, comenta.
Após se recuperar fisicamente da última quimioterapia, Juliana ainda precisará passar por um tratamento de bloqueio hormonal para garantir que o tumor não voltará a se manifestar. Em junho, ela deve passar pela reconstrução da mama. Porém, o pior já passou.
“A partir de amanhã vou sentir muitas dores da quimio, mas sei que é a última vez”, celebra.
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