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Caso das marmitas: polícia cumpre mandado de busca e apreensão em casa de Blumenau e restaurante em Pomerode

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em casa e estabelecimento comercial

Uma operação denominada Marmitagate foi deflagrada pela Polícia Civil de Blumenau para investigar os suspeitos de constituírem uma associação criminosa, envolvida com o suposto projeto social “Alimentando Necessidades”. A operação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira, 1.

Maria Eduarda Poleza Rosa, ou Duda Poleza, que tinha 19 anos na época, é a principal investigada e dona da rede social que solicitava as doações, mas os familiares dela também estão no radar da polícia.

Leia também: Um ano de Marmitagate: mãe e irmão de Duda Poleza também são investigados

Mandados de busca e apreensão

Para investigação do caso, a Delegacia da Comarca de Blumenau e a 4ª Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Decor), cumpriram dois mandados de busca e apreensão domiciliar. Um em um estabelecimento comercial em Pomerode e outro em uma residência em Blumenau.

Objetos apreendidos

Foram apreendidos dispositivos de informática, cujos dados arquivados serão examinados pela investigação. Ainda na operação, foi cumprido mandado de sequestro de um veículo dos suspeitos, o qual teria sido adquirido com os lucros do esquema criminoso.

Após análise das informações obtidas na operação, a Polícia Civil encaminhará os autos ao Ministério Público para os fins de direito.

O Alimentando Necessidades

Há um mês, o Marmitagate completou um ano. O escândalo do suposto projeto social realizado por uma moradora de Blumenau que movimentou milhares de pessoas nas redes sociais.

O caso ganhou visibilidade quando diversas pessoas que fizeram doações e outras que seguiram o projeto, começaram a desconfiar da veracidade da ação após um grupo de pesquisa autônomo publicar uma espécie de “dossiê” sobre o caso.

A desconfiança começou pela quantidade de fios (expressão usada no Twitter para contar histórias em uma sequência de postagens) que engajaram nos perfis das duas coordenadoras do projeto, Duda Poleza e sua suposta amiga, Taynara Motta. A Polícia Civil conseguiu a confissão de Duda de que Taynara não existe e foi criação dela.

Ambas publicaram prints de conversas que tiveram milhares de reações e divulgaram ainda mais o projeto. Em um dos casos um rapaz pede fotos nuas em troca de doação, já em outro uma pessoa oferece uma suposta carne vencida para que seja utilizada nas marmitas.

Estupro fake

Num caso mais antigo e grave, Taynara, o perfil falso criado por Duda, contou sobre uma experiência de estupro que teria sofrido. Em todas as publicações o perfil do projeto é divulgado, juntamente com uma chave pix para doações.

A suspeita de golpe se tornou um dos assuntos mais comentados no Twitter. Diversos perfis conhecidos comentaram sobre a questão, denominando o caso como “Marmitagate”. Até o perfil do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que atua fortemente na doação de alimentos nas periferias do Brasil, citou a polêmica.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e acompanhado pelo Ministério Público de Santa Catarina.


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