Vereador de cidade do Vale do Itajaí quer instituir ‘Dia de combate à violência doméstica contra o homem’

Data seria celebrada no dia 31 de maio

O vereador de Lontras, Valdemar Ignaczuk, o Rabuja, criou um Projeto de Lei (PL) no último dia 8 para instituir o ‘Dia de combate à violência doméstica contra o homem’ no município.

Data seria celebrada no dia 31 de maio e passaria a integrar o calendário oficial de eventos de Lontras todo ano. O projeto segue em tramitação na Câmara dos Vereadores.

Motivação

Segundo o vereador, a data e o PL seriam em referência à morte de Rhuan Maycon da Silva Castro, que com apenas nove anos morreu por conta de fortes agressões que sofria da mãe, no Distrito Federal.

Rhuan, filho de Rosana Auri da Silva Cândido, foi morto e teve o corpo esquartejado pela mãe e pela companheira dela, Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa, em 31 de maio de 2019.

As duas foram acusadas por tortura. Segundo o MP, elas castraram e emascularam a vítima clandestinamente e impediram que Rhuan tivesse acesso a qualquer tratamento ou acompanhamento médico.

As acusações são de que houve a amputação do órgão genital de Rhuan, um ano antes de sua morte. Pelo fato dele ser menino e a mãe e a companheira gostariam que tivesse nascido menina.

Violência doméstica

Valdemar ainda diz que no imaginário das pessoas, quando se fala de violência doméstica, a mídia envolve o homem agredindo a mulher.

“A violência praticada contra o homem, por outro lado, é considerada uma exceção à regra. Mas esses preconceitos precisam mudar rapidamente, sob pena do problema da violência doméstica não ser solucionado”, completa o vereador.

Confira por completo

A violência é um fenômeno social e de saúde pública, com maior evidência quando acontece na infância, provocando um impacto no desenvolvimento e uma catastrófica repercussão no comportamento na vida adulta.

Em 2016, um artigo publicado pela SciELO (Scientific Electronic Library Online) Brasil, sobre “Violência contra crianças no Cenário brasileiro”, evidenciou que “Dentre as publicações identificadas seis mostraram a negligência como principal tipo de violência, cinco discorreram que o sexo masculino é o gênero mais atingido e dez afirmaram que o agressor sempre é um membro da família. Ainda neste cerne, torna-se evidente que os pais são os maiores perpetradores da violência contra crianças, destacando-se a mãe como a maior agressora”. Pesquisas relatam: Com um total de 480 participantes, a pesquisa apontou que 77% de um grupo de 292 mulheres com relação conjugal afirmam ter xingado, humilhado ou intimidado o parceiro, contra 71% das mesmas ações tomadas por eles.

A agressão física do companheiro – tapas, socos ou chutes – foi assumida por 24% das mulheres. E, segundo as próprias mulheres, apenas 20% dos parceiros cometeram o mesmo tipo de agressão contra elas.

Torna-se evidente que os pais são os maiores perpetradores da violência contra crianças, principalmente entre aquelas com faixa etária menor ou igual a 5 anos, destacando-se a mãe como a maior agressora.

Também, sempre que se fala em violência doméstica, a imagem criada no imaginário e na mídia envolve o homem agredindo a mulher. A violência praticada contra o homem, por outro lado, é considerada uma exceção à regra. Mas esses preconceitos precisam mudar rapidamente, sob pena do problema da violência doméstica não ser solucionado.

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