Vereador de Joinville é preso em operação que investiga fraude no Detran

Prisão em flagrante foi realizada pela Polícia Civil

A Polícia Civil realizou uma prisão em flagrante do vereador de Joinville Mauricinho Soares (MDB) por posse ilegal de arma de fogo na manhã desta quinta-feira, 30. Ele é investigado por envolvimento em esquema de fraudes no Detran.

Mauricinho foi alvo de duas operações nesta quinta-feira, uma da Polícia Civil e outra do Gaeco. A prisão aconteceu durante ação da Polícia Civil. Os policiais encontraram uma arma e munições.

O vereador foi preso por posse ilegal de arma de fogo e também responderá pelos crimes de falsidade ideológica e organização criminosa. A assessoria de Mauricinho afirma que não tinha informações sobre a operação e que não conseguiu contato com ele na manhã desta quinta-feira.

A operação da Polícia Civil

A operação Profusão foi realizada na manhã desta quinta-feira, 30. Segundo a 3ª Decor — Delegacia Especializada no Combate à Corrupção — foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão e duas ordens de suspensão do exercício de atividade econômica. A operação também teve ações em Araquari.

A investigação visa apurar a suposta prática de falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações e organização criminosa. Os crimes teriam sido cometidos por agentes públicos visando beneficiar condutores de veículos penalizados com suspensão do direito de dirigir.

Conforme apurado pela 3ª Decor, os supostos autores dos fatos orquestraram um esquema ilícito que possibilitou a inserção de inúmeras informações falsas nos sistemas do Detran-SC, possibilitando que mais de 100 condutores fossem indevidamente beneficiados com a liberação de penalidades a eles aplicadas.

Dentre os investigados, além de Mauricinho, estão agentes públicos terceirizados do Detran-SC, um despachante e pessoas a ele vinculadas, e um agente ligado a um escritório de advocacia especializado em multas de trânsito.

As buscas foram realizadas nas residências dos investigados e em seus locais de trabalho, tais como um escritório de advocacia, a 2ª Ciretran-Joinville e a Câmara de Vereadores de Joinville. Nos locais, foram apreendidos aparelhos eletrônicos, especialmente telefones celulares, e documentos relacionados aos fatos sob apuração.

A operação do Gaeco

Na manhã desta quinta-feira, 30, os vereadores de Joinville Claudio Aragão (MDB) e Mauricinho Soares (MDB) foram alvos da operação Lajotas, que investiga supostos crimes contra administração pública como peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e sonegação fiscal. A operação é do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em apoio à 13ª Promotoria de Justiça de Joinville.

Foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão em Joinville e Araquari a fim de apurar os crimes, que teriam sido cometidos entre 2016 e 2020, no contexto do programa de pavimentação comunitária, utilizando lajotas cimentadas, implementado em diversas ruas de Joinville.

Conforme as investigações, as subprefeituras de distintas localidades de Joinville foram distribuídas para livre indicação política pelos vereadores das respectivas regiões.

Segundo o MP-SC, utilizando-se das estruturas das subprefeituras, os vereadores investigados teriam agido como facilitadores das contratações celebradas para pavimentação de ruas, indicando empreiteiros para a realização dos serviços.

A reportagem de O Município Joinville conversou com a assessoria de Aragão, que informou que o vereador está em casa. Ele não vai se pronunciar no momento, pois aguarda receber mais detalhes sobre a operação.

A equipe de Mauricinho afirma que não tinha informações sobre a operação e que não conseguiu contato com ele na manhã desta quinta-feira.

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