VÍDEO: Blumenauenses se reúnem para Marcha das Mulheres na rua XV de Novembro

Evento em alusão ao Dia Internacional da Mulher faz parte de calendário do coletivo 8M

Logo que o dia começou, mulheres já se reuniam na praça Dr. Blumenau. O motivo é a organização da Marcha das Mulheres marcada para este sábado, 7. Em alusão ao Dia Internacional da Mulher deste domingo, o coletivo 8M criou um calendário de eventos para comunidade blumenauense.

Os manifestantes começaram a chegar por volta das 9h. Carros de som, faixas, cartazes e discursos acompanhados da batucada feminista. Entre as falas, coletivos de mulheres com deficiência, trabalhadoras do judiciário, sindicalistas, indígenas, entre outras organizações.

Homens e mulheres carregavam cartazes com mensagens e fotos de mulheres blumenauenses que foram vítimas de feminicídio. Entre elas Bianca WachholzBernardete Libardo e Marise Mette, que marcaram o noticiário no ano passado.

Alice Kienen

O 8M é um movimento internacional que iniciou com lutas como o direito ao voto. Neste ano ele tem como lema “Viver com dignidade e liberdade: trabalho, corpo e território”. Em Blumenau, mulheres de diversas idades desfilaram na rua XV de Novembro na busca de igualdade.

“Hoje em dia a luta continua contra o principal pano de fundo do machismo, o patriarcado. As decisões do governo atual têm afetado especialmente as mulheres, o que não faltam são motivos para se organizar e se reunir. Este ano eleitoral precisamos colocar algumas brigas de lado e lutarmos juntas”, declara uma das organizadoras, Michele Greco.

Durante a marcha, as integrantes transitaram pelas calçadas para abordar as mulheres e entregar o “violenciômetro”. O que de longe parece um marcador de páginas, busca informar sobre possíveis violências domésticas que podem passar despercebidas.

Alice Kienen

Vigília indígena

Desde a noite de quinta-feira, 5, indígenas catarinenses e moradores de Blumenau realizam uma vigília em um terreno que margeia um dos acessos à Via Expressa. A movimentação começou após a Prefeitura de Blumenau derrubar a morada de alguns índios que ali viviam.

Mas isso não impediu que dona Roseli Fátima Dias Cornelio, de 55 anos, se fizesse presente na Marcha das Mulheres. Ela aproveitou a oportunidade para agradecer o apoio que tem recebido da tribo xokleng. “Eu sou uma das poucas que restou da tribo kaigang, mas nos unimos e nos demos as mãos. Sou muito grata pela ajuda de todos, inclusive dos brancos que ficaram do nosso lado”.

Alice Kienen

Neste domingo, 8, a dona Roseli receberá em sua casa, onde acontece a vigília, uma grande festa. Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, ela organizou um grande almoço. “Começa às 9h, mas não tem hora pra acabar”, brinca Soraia Maul, organizadora da vigília. A ideia é que cada um leve um prato e todos comam juntos.

“Esta será uma extensão do 8M. Vamos contar histórias de mulheres guerreiras e plantar árvores, verduras e flores para que a comunidade blumenauense veja que não estamos aqui para sujar a cidade, como eles dizem”, informou a indígena Nandja, moradora de Blumenau.

O advogado do casal, Célio Hohn, informou que as medidas judiciais já foram tomadas e que o Ministério Público já foi informado da situação. “Repudiamos o que o prefeito tem feito, despejo sem ordem judicial ou processo administrativo”, declarou.

Veja o discurso de Roseli e o início da manifestação:

Confira o especial que O Município Blumenau desenvolveu para o Dia Internacional da Mulher:

Mulheres na História

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