VÍDEO – Professora de Blumenau viraliza na internet após compartilhar ação de combate ao abuso sexual

Shirlei atende escolas de toda região até o litoral

A educadora blumenauense Shirlei Silva viralizou na internet após publicar um vídeo mostrando métodos de combate ao abuso sexual infantil. Em uma aula ministrada em Ibirama, no Vale do Itajaí, ela mostra ao aluno como reagir caso alguém chegasse perto das partes íntimas dele.

Apenas no perfil da educadora, a publicação já acumula mais 1,3 milhão de visualizações, 120 mil curtidas e 3 mil comentários. Entretanto, a página Quebrando o Tabu, com mais de 8 milhões de seguidores, também compartilhou o vídeo e ultrapassou 3,8 milhões de visualizações.

“O semáforo do toque busca conscientizar as crianças de forma lúdica. Dou exemplos de onde pode e não pode ser tocado, onde precisa ficar em alerta, o que prestar atenção, para quem pedir ajuda e onde buscar socorro na escola”, conta Shirlei.

A atividade, realizada em Ibirama, faz parte de um programa da empresa da professora, a Create Educacional. Os projetos atendem jovens, famílias e comunidades de periferias do Vale do Itajaí, Alto Vale e litoral.  Eles vão desde a educação sexual, até o fortalecimento do núcleo familiar e questões étnico raciais.

“Apenas em Ibirama atendemos mais de 4 mil estudantes, de toda rede pública e privada. Desde então, as denúncias aumentaram 70%. As crianças entenderam que abuso não é só o ato sexual. É pra isso que existe a educação sexual”, ressalta.

Proposta pedagógica

Nesta segunda-feira, 22, a educadora esteve com o prefeito de Ibirama, Adriano Poffo, entregando propostas pedagógicas sobre o tema. A documentação foi elaborada com sugestões dos estudantes do ensino médio de escolas do município.

“Queremos dar voz para os estudantes, para que eles levem as propostas de combate ao abuso diretamente ao prefeito. O objetivo é que essas conversas não aconteçam só em maio, mas no ano todo. Dentre as sugestões deles estão: psicóloga na escola, rodas de conversa contínuas e um aplicativo para denúncias”, exemplifica a educadora.

“Quando falamos de educação sexual na escola, estamos falando de prevenção. Nos meus 20 anos trabalhando com isso, nunca vi ninguém ensinar sobre sexo ou condicionar orientação sexual do estudante. Queremos ajudar os jovens a entender o corpo deles e saber como se proteger. Não apenas de abusos, mas de gravidez indesejada e infecções”, defende.

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