Aulas presenciais: servidores da Prefeitura de Blumenau ameaçam iniciar greve sanitária
Decisão será tomada em assembleia virtual do sindicato nesta quinta-feira
Em uma assembleia virtual programada para esta quinta-feira, 22, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Blumenau (Sintraseb) decidirá se dará início a uma greve sanitária. O motivo é o retorno das aulas presenciais no município.
Uma greve sanitária (ou ambiental) surge em momentos em que as condições de trabalho são consideradas um risco para saúde dos servidores ou de suas famílias. A decisão será tomada por meio de um questionário durante a transmissão da assembleia.
“Nas condições sanitárias correntes, o retorno das atividades presenciais ou semipresenciais é absolutamente temerária porque vulnera direitos fundamentais à vida e à saúde”, afirma o sindicato em documento enviado ao prefeito Mário Hildebrandt.
O documento enfatiza que o retorno das aulas não é uma obrigação dos municípios. A posição do sindicato já havia sido divulgada logo que o retorno foi anunciado. Eles mencionaram o fato de a maioria dos pais (cerca de 70%) preferirem não enviar seus filhos às escolas.
Segundo pesquisa realizada pelo Sintraseb, 98% dos profissionais da educação do município acreditam que o retorno das aulas presenciais é nada seguro ou pouco seguro. Metade deles também se declararam grupo de risco e 69% convivem com alguém do grupo.
Posição da prefeitura
À época, a prefeitura de Blumenau já se posicionou afirmando que o retorno não é obrigatório – nem para alunos, nem para professores. O município também enfatizou estar seguindo a determinação do governo estadual.
Até o momento, a Secretaria de Educação não se pronunciou sobre a possibilidade de greve. Caso um posicionamento seja divulgado, a matéria será atualizada.