A Capa – Casa de negócios de Alfred Schlorke, localizada a 300m da Casa Salinger, também construída com a técnica construtiva enxaimel, na rua principal de Hammonia. Estrutura em madeira com técnica diferenciada e a presença de influência da técnica de diversos recortes históricos na Alemanha, no âmbito dos estilos renascentista e barroco, bem diferente daquilo que se vinha construindo em toda a Colônia Blumenau, dentro de uma tipologia singela em estrutura enxaimel. Lamentável que esta edificação não se encontre na paisagem, mesmo tendo decorrido um período histórico tão pequeno.
Em trabalho escrito anteriormente, mencionamos a excursão do primeiro embaixador alemão ao Vale do Itajaí – Friedrich Richard Krauel – e sua visita aos locais em que estavam ocorrendo os preparativos para a fundação da nucleação de Hansa Hammonia, e toda a dificuldade que os responsáveis enfrentavam naquele momento (maio de 1897).
Soubemos que ele saiu desta região – Colônia Blumenau – muito satisfeito com o que viu, fato amplamente descrito e detalhado em seus relatórios ao Imperador da Alemanha, Wilhelm II. Concluímos, com segurança, ter sido este o grande incentivador para investimentos na região; um deles foi a implantação do modal ferroviário, imprescindível para o sucesso do desenvolvimento de Hansa Hammonia, nucleação urbana pertencente ao território da Colônia Blumenau e cuja história apresentamos neste momento, com base nos registros de uma das obras do engenheiro agrimensor José Deeke, filho de Christiane Johanna Krohberger, irmã do conhecido construtor e agrimensor Heinrich Krohberger, seu padrinho de batismo e também profissional. Lembrando que Christiane Johanna Krohberger foi casada com Carl Friedrich Ferdinand George August Deeke, que conhecera no navio que a trouxe da Alemanha para o Brasil.
O autor da fonte de pesquisa deste artigo, Maximilian Josef Deeke, ou José Deeke, é um dos nomes da História de Ibirama. Foi o primeiro diretor de Hansa Hammonia, como o embrião da cidade era chamado na época.
Para explanar um pouco sobre a história dos primeiros anos de Hansa Hammonia – atual Ibirama, apresentamos parte do material de nossa pesquisa, algumas conclusões e também, registros de autoria dessa personalidade histórica de Blumenau, José Deeke.
Hansa Hammonia
Hansa Hammonia, que estava localizada no território da Colônia Blumenau, sob sua administração e reduto político, surgiu semelhantemente às demais colônias Hansa, nos fundos dos municípios de Joinville e São Bento. Sua origem tem ligação com a Companhia Colonizadora Hanseática Ltda., de Hamburg. A companhia surgiu em 1897 para realizar a Concessão Colonizadora Fabri. Carl Fabri foi fundada em 1849 e firmou contrato com o governo de Santa Catarina, em 28 de maio de 1893. Nesse contrato recebera 600.000 hectares de terras do governo, a 1$500 por hectare; e mais 50.000 hectares das terras do principado, a 2$000 o hectare.
No contrato foi especificado que deveria colonizar essas terras dentro de um espaço de 20 anos, com migrantes europeus.
Ficou especificado, também, que poderiam entrar 6 mil imigrantes. Na data do Jubileu de Prata – 25 anos da fundação de Hammonia, José Deeke afirmou em seu texto que, ao rever a história da colonização das colônias Hanseáticas, verificou que a área adquirida naquela época, era, de fato, de 170 mil hectares e que 70 mil destes já se encontravam habitados, quase sempre com famílias oriundas de regiões vizinhas, e não exatamente da Europa.
Era uma época na qual o governo brasileiro custeava a vinda de imigrantes alemães, resíduo ainda da necessidade de mão de obra para as fazendas de café no Sudeste e de diminuir o efeito negativo dos maus-tratos que estes imigrantes recebiam nessas fazendas. Também nessa época enviaram o fiscal de imigração Hermann Blumenau para verificar a situação dos conterrâneos nas fazendas. Esse auxílio do governo durou pouco, quando deixou de fornecer ajuda de custo, criando problemas para as Colonizadoras.
Admira-se como puderam assumir naquela ocasião tal compromisso de colonizar com europeus uma área de 650.000 hectares em apenas 20 anos. Mas é preciso analisar as bases nas quais estava estabelecido este plano colonizador. Estas bases eram os decretos que o governo provisório da jovem República brasileira havia lançado para dar maior iniciativa à colonização de terras. Naquela época o governo custeava a vinda de imigrantes para as Sociedades Colonizadoras e existiam vantajosos prêmios por família de imigrantes instalados estrada feita, etc. Sob estas condições a Sociedade Colonizadora Hanseática certamente também teria conseguido seus objetivos. Aconteceu, porém, que justamente quando esta Sociedade iniciava seus trabalhos, o governo brasileiro cancelou as vantagens e assim tornou-se impossível à sociedade progredir no trabalho de colonização. O capital da Sociedade Hanseática por ocasião de sua fundação, tinha se elevado de 50.000 marcos para 1.153.000 marcos. Deste capital, a Companhia Colonizadora Hanseática tinha que pagar 250.000 marcos, pois assumira o ativo e o passivo; com o restante de 903.000 marcos iniciou seus trabalhos. Na época em que a Companhia Colonizadora Hanseática assumiu a Sociedade em 1849, o senhor Carl Fabri e H. von Gerhardt dirigiam os negócios em Hamburg. José Deeke
A Colonizadora Hanseática iniciou seus trabalhos na Colônia Dona Francisca – Joinville, sob administração de Axel von Diringshofen que residia nessa cidade. Logo depois foi contratado Alfred Wilhiam Sellin, que por muitos anos foi diretor da Colonização no Rio Grande do Sul.
De acordo com Deeke, Sellin chegou ao Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1897 e de lá seguiu para a capital do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, onde mandou transferir o contrato de Fabri para a Nova Companhia; em 30 de agosto chegou a Joinville, onde logo assumiu a direção. Axel von Diringshofen prosseguiu seus trabalhos e continuou a serviço da Companhia, agora como inspetor.
Os trabalhos técnicos da Nova Colônia no Itapocu estavam nas mãos do engenheiro Gieseke; estes já estavam adiantados e a 30 de julho, um mês antes da vinda de Sellin, já podiam ser vendidos os primeiros lotes. A Colônia Hansa por este motivo tomou esta data como dia de sua fundação e no ano passado festejou seus 25 anos de fundação. A nova Colônia no Itapocu, era primeiro um novo distrito da Colônia Dona Francisca, e somente em outubro de 1897, por proposta do diretor Sellin, passou a denominar-se Hansa. Em consequência, surgiram nos municípios de Joinville e São Bento os distritos Itapocu, Pirahy, Sertão de São Bento, e no município de Blumenau, o distrito ltajahy-Hercílio. Este sistema de distritos tão afastados não foi de grande valia. Os nomes dos distritos eram tão pouco conhecidos que o nome Hansa passou a ser usado para todos. Por esse motivo, com o tempo surgiram muitos enganos e aborrecimentos, que resolveu-se denominar a totalidade de distritos simplesmente Colônia Hanseática. O nome Colônia Hansa somente ficou para o distrito Itapocu, que era ligado ao distrito Pirahy e São Bento. José Deeke
Até então, Hammonia era conhecida como Itajahy Hercílio, denominação a partir dos rios – dentro da Bacia do Itajaí. Ficou sem a denominação Hansa e isso, de acordo com Deeke, foi muito bom, pois o antigo distrito Itapocu passou a ser o distrito municipal de Joinville, sob o nome Hansa.
Depois que Alfred Wilhiam Sellin se recuperou, em outubro de 1897, de uma forte febre que o atacara quando tratava de novas viagens de reconhecimento pelo Braço do Norte do Itajaí (onde deveria ser instalada uma segunda grande Colônia), esteve em Blumenau e nomeou Phillip Dörk como inspetor. Depois, seguiu com o Engenheiro Odebrecht para reconhecimento do rio do Norte, atual rio Hercílio.
Inicialmente abriram uma estrada de comunicação. Como ponto de partida, Emil Odebrecht sugeriu a Sellin que fosse executada a estrada projetada a partir de Riachuelo, em Lontras. Segundo Deeke, Alfred Wilhiam Sellin foi até o local e não aprovou a sugestão do projeto, percebendo que a distância até Blumenau a partir de rio Hercílio, era muito maior (em torno de 100km) e percebeu que havia outras opções, com distâncias menores.
Nesse tempo, Gottlieb Reif também fazia parte da equipe, como construtor. Embora não seja citado por José Deeke neste texto, foi ele que auxiliou e sugeriu novas soluções de locais para o traçado das estradas, como também foi ele que construiu as estradas definidas no local. Também foi Gottlieb Reif que assinalou a inviabilidade da estrada projetada – que seguia pela estrada de Subida, rio acima, não em função da maior distância, mas porque o terreno tinha muitas rochas, e alertou Sellin, quando este registrou, em seu relatório de 27 de novembro de 1897, que essa estrada seria inviável, devido às enormes rochas. O construtor alertou o Diretor Sellin que, a partir do rio Cocho, existia uma trilha para rio Hercílio (Braço do Norte).
Entre 1897 e 1899 foi fundada em Hamburgo, na Alemanha, a Hansatische Kolonisations Gesellschaft que criou a colônia Hammonia. Seu primeiro diretor foi Alfred Wilhiam Sellin e o engenheiro-agrimensor foi Emil Odebrecht, que iniciaram os trabalhos de instalação do empreendimento. Até Subida, a estrada já era carroçável e, de lá, os imigrantes eram transportados em canoas pelo Braço do Norte, atual rio Hercílio – até a barra do Ribeirão Taquaras. Gottlieb Reif foi encarregado de construir a ligação carroçável até Hammonia – atual Ibirama. A execução dessa passagem pela margem do rio era perigosa e muito difícil. Reif optou por fazer a passagem pelo Morro do Cocho, de 400 metros de altura, desviando, então, para cruzar o Rio Itajaí-Açu em balsa, e daí prosseguir o caminho pelo morro, muito íngreme e perigoso, com longos e estreitos aclives e declives até a barra do Ribeirão Taquaras, onde seria a sede da nova colônia alemã. O nome atual do morro continua sendo Morro do Cocho e está localizado na divisa entre Apiúna e Ibirama. Texto – Gottlieb Reif – Momentos importantes da História de Santa Catarina.
Deeke, em seu texto, afirmou que o diretor Sellin havia sido alertado por caçadores sobre o local do melhor caminho a ser construído. Encontramos outra fonte afirmando que quem alertou Sellin, foi o construtor Gottlieb Reif, pois conhecia bem a região e foi este que ofertou uma refeição para o embaixador alemão Friedrich Richard Krauel – no mês de maio 1897, quando construía essa estrada. A refeição foi oferecida à comitiva do embaixador alemão no canteiro de obras dessa estrada.
Contratou os agrimensores Heinrich e Pfeiffer, para verificarem esta picada. Estes seguiram a trilha subindo sempre; chegaram ao Morro do Cocho, na desembocadura do rio Taquaras. Como se sabe, foi nesta picada que se construiu a onerosa estrada do Cocho, que hoje em dia está praticamente abandonada. A estrada pela margem do rio foi por muito tempo considerada impraticável, mas finalmente, chegou-se à conclusão que poderiam transpor as dificuldades facilmente. Hoje em dia a estrada segue: junto às temidas rochas até o rio Itajaí-Açu, tão distante até onde é possível colorizar. É lamentável que não fora construído logo esta estrada; assim Hammonia, teria uma saída de estrada confortável e muitos aborrecimentos evitados. Depois que o diretor Sellin autorizou a construção da estrada do Cocho, a 7 de novembro, juntamente com Odebrecht, alguns trabalhadores e um cozinheiro iniciaram em canoas a grande viagem pelo rio. No primeiro dia chegaram até a desembocadura do Braço do Norte, onde acamparam. No segundo dia, até a desembocadura de rio Taquaras. Foi ali que o diretor Sellin, a 8 de novembro de 1897, elaborou o plano para a nova Colônia: para a qual ele escolheu o nome Hammonia. Esta é a data que nós consideramos como a da fundação. No dia seguinte seguiram viagem.
A equipe do Memorial Funerário Mathias Haas escreveu sobre este momento histórico, a partir da história de seus próprios pioneiros, também pioneiros em Hammonia:
Em 08 de novembro de 1897, há 121 anos, Ibirama recebeu Alfred Wilhiam Sellin, diretor da Sociedade Colonizadora Hanseática e sua comitiva, para fazer o reconhecimento do território e demarcação da área de terras concedidas pelo Governo de Santa Catarina à Sociedade Colonizadora.
Navegando em canoas pelo rio Itajaí do Norte, a comitiva chegou na desembocadura do Ribeirão Taquaras, local próximo ao atual Centro Administrativo Ivo Müller, sede da Administração Municipal de Ibirama, e da Câmara Municipal, sede do Poder Legislativo de Ibirama.
Sellin chamou a nova colônia de Hammonia, antigo nome da cidade de Hamburgo, onde foi criada a Sociedade Colonizadora. O nome faz referência à deusa da Mitologia Grega e consta no hino da cidade de Hamburgo, e significa a personificação da paz e da concórdia: “harmonia”. Sim, nossa terra e o orgulho que temos por ela têm origens nobres! Memorial Funerário Mathias Haas
Até este local, de acordo com José Deeke, Emil Odebrecht, há 26 anos atrás, tinha explorado o rio e o grande afluente que ficou conhecido como rio dos Índios. Alfred Wilhiam Sellin mudou o nome e homenageou o embaixador alemão Friedrich Richard Krauel, que tinha estado na região, em maio de 1897 e, provavelmente, incentivou investimentos de capital alemão na construção da ferrovia EFSC, que proporcionaria valorização desta área e com isto, a facilidade de comercialização de seus lotes coloniais. E, de fato, assim aconteceu. O rio dos Índios passou a se chamar rio Krauel. O mapa feito por José Deeke em 1905, contempla os dois rios: Krauel e o dos Índios.
Também foi nesse tempo que o rio Braço do Norte recebeu o nome de “Hercílio”, em homenagem ao governador de Santa Catarina, Pedro Hercílio da Luz, que esteve no local junto com o embaixador alemão Dr. Krauel, em 1897.
(…) fez uma mudança de nomes, denominando-o com o nome do reconhecido e estimado por todos, Dr. Krauel, chamando-o de Rio Krauel. Assim desprezou-se o nome de Rio dos Índios. Foi também desta forma que formou-se um outro afluente, mais tarde conhecido como Rio do Paulo. Como a denominação “Braço do Norte do Rio Itajahy” não era uma denominação adequada, e causara muitos enganos e confusões, o diretor Sellin resolveu homenagear o atual governador, dando ao rio o nome de Rio Hercílio. Ainda mais outros afluentes foram batizados, como, por exemplo: o Rio Raphael, o Scharlach, Laeiss, Wiegand, etc. O Rio Hercílio, naquele tempo, era rico em peixes; o diretor Sellin menciona este fato no seu relatório. O diretor explorou a região até a Serra Dourada. Na desembocadura do Rio Deneke. Como era impossível prosseguir e as terras eram impróprias para colonização, o diretor Sellin deu por encerrada a expedição em 15 de novembro. José Deeke
O Início da Colonização
Retornando ao Stadtplatz de Blumenau, Sellin tomou providências para iniciar os trabalhos para a materialização da nova colônia, que até então chamada de Die Hansa. José Deeke registrou que depois de ter estado na sede da Colônia Blumenau, Sellin seguiu para Joinville, onde pretendia chegar a Rio Negro para a região superior da área do Hercílio. Nesta região, local onde atualmente fica Mafra, foi o local que recebeu pela primeira vez um grupo de imigrantes alemães; não foi São Pedro de Alcântara como muitos afirmam.
O governo do Paraná havia embargado a margem esquerda do rio Negro, não permitindo sua exploração, fazendo com que o agrimensor de Moema, Leopold Horn, não pudesse dar prosseguimento ao seu trabalho, o que muito prejudicou a evolução dos trabalhos da Companhia Hanseática na região – nada pôde fazer.
Deeke deixou registrado em sua publicação o momento da disputa entre Paraná e Santa Catarina, pelo limite entre os dois Estados, terminado em 1917, 20 anos após a fundação da Companhia Hanseática e no auge da 1ª Guerra Mundial. As melhores terras da área superior do rio Hercílio foram entregues ao Paraná.
As discussões sobre a aquisição das terras restantes ainda continuam em andamento. De Blumenau partiram os primeiros trabalhadores por um caminho de acesso até Taquaras. Mas encontraram dificuldades nas rochas duras de ardósia, e no Salto do Cocho, onde um recife de diorito de 15 metros de comprimento precisou ser dinamitado.
Finalmente, Gottlieb Reif assumiu a construção da estrada por 2$300 o metro. Em abril de 1898, Odebrecht e os agrimensores Theodor Kleine e Johann Denk, começaram a medição dos lotes de terras e a fazer o mapa hidrográfico do rio Hercílio e seus afluentes. Dispondo de 15:5.000$000, construíram o Galpão dos Imigrantes – executado por Gottlieb Reif, sendo que, até então, estava sendo usado o Galpão dos Imigrantes de Blumenau. Philipp Dörk, que segundo Deeke, tinha exigido uma viagem à Alemanha, por ocasião de sua contratação, estava pronto para partir com uma lista de tarefas encomendadas pelo diretor Alfred Wilhiam Sellin, para serem resolvidas na Alemanha.
Luiz Abry foi nomeado inspetor, na ausência de Dörk. Nesse momento, os dirigentes Carl Fabri e Hans von Gerhardt, que se encontravam em Hamburg, demitiram-se. Dörk, então, passou a dirigir os negócios como diretor e Ferdinand August Wilhelm Märsch como segundo diretor, cargos que assumiram em 1° de janeiro de 1899. Em Hammonia, os trabalhos prosseguiam na estrada do Cocho; até lá uma extensão de 13,32 quilômetros foi alargada e concluída, juntamente com o Galpão dos Imigrantes.
A partir do centro da nucleação urbana de Hammonia, ao longo da estrada do Cocho, havia lotes enumerados. O primeiro morador oficial foi Wilhelm Friedrich Rudolf Lüderwaldt – (nascido em 25 de agosto de 1863 em Gollnow, Naugard, Pomerania, Prussia) e sua esposa Albertine Helene Lüderwaldt (nascida em 24 August 1877, Gaspar, Santa Catarina, Brasil) solteira Hönnicke. Wilhelm e Albertine se casaram em Blumenau em 9 de novembro de 1987e tiveram duas filhas: Lilli Selma Auguste Lüderwaldt (1898–1989) e Magdalene Lüderwaldt (1902–1988). A família Lüderwaldt chegou em Hammonia em julho de 1899, quando a pequena Lilli Selma tinha um pouco mais de um ano e Magdalene nasceu em Hammonia, um pouco mais de 2 anos após a chegada, em fevereiro de 1902.
A família Lüderwaldt foi a primeira família a ser instalada no Galpão dos Imigrantes e Wilhelm Friedrich Rudolf Lüderwaldt – o Willy – foi imediatamente nomeado seu administrador.
Os compradores das terras eram escassos. Naquele momento, a diretoria em Joinville não queria mandar imigrantes para a Hammonia. Pretendiam começar apenas quando a região de Joinville estivesse colonizada suficientemente. Mas a vinda de filhos de colonos não acontecia. O diretor Sellin obteve uma mudança do contrato com o governo, no qual estabelecia que uma parte dos colonos podia ser natural da terra. Apesar de serem poucos os imigrantes, já se iniciava a construção de uma estrada para tropas de gado, e que ligava Hammonia à Colônia Lucena. Os trabalhos tiveram que ser suspensos temporariamente, pois todos os trabalhadores, inclusive agrimensores, adoeceram de malária. A extensão da estrada de Hammonia até Moema era de 79,3 quilômetros; em princípios de 1900 a mesma fora concluída, mas nunca se tornou uma verdadeira estrada de circulação. Isto porque se situava no meio de cerrada floresta e região de Botocudos. Hoje em dia estradas movimentadas levam até o Dollman pela margem direita, e até Wiegand pela margem esquerda do rio Hercílio. Mas mesmo assim ainda faltava uma estrada de ligação com a serra. Senhor Luiz Abry conseguiu estabelecer alguns colonos na estrada do Cocho; no entanto, os primeiros foram logo embora. José Deeke
No finalzinho do século XIX chegaram os primeiros imigrantes alemães à região. Isto aconteceu contra os planos das lideranças de Joinville que retinham os imigrantes em sua colônia (chegavam pelo porto de São Francisco). De acordo com Deeke, foram Struwe e Hinsch, que haviam alertado os recém-chegados sobre a nova e “mais vantajosa” opção – Hammonia. Carl Engelhardt, Lückan, Kitzinger, Oschmann, Conrad Wagner e suas respectivas famílias decidiram iniciar sua vida no Brasil e em Hammonia.
Com a chegada de novos alemães tornou-se mais fácil a colonização. Houve um grande avanço. As margens do Rio Hercílio até o Morro dos Carrapatos estavam quase que completamente lotados. A região de Taquaras, Sellin e Raphael também logo lotaram. No entanto escasso era o loteamento em Hammonia; os melhores lugares tinham sido vendidos, mas não devidamente colonizados, e os lotes que deveriam constituir a cidade passaram a ser áreas de pastagens reservadas pela diretoria. Por este motivo surgiu na desembocadura do Sellin, o lugar conhecido por Neuberlin (Nova Berlim). Ali o senhor Albert Koghin vendia lotes de sua colônia, por preços baratos. No Morro dos Carrapatos a colonização sofreu uma certa parada, porque os imigrantes temiam o morro e o que encontrariam depois. Mas quando iniciaram a estrada até Neubremen (Nova Bremen) a situação melhorou. José Deeke
Alfred Wilhiam Sellin assinou um contrato de três anos de permanência no Brasil. Regressou à Alemanha em 1900, onde assumiu o cargo que estava sendo preenchido por Dörk, diretor, e este retornou para o Brasil assumindo a diretoria da Companhia Hanseática em Joinville.
O número de imigrantes que chegavam ao porto de São Francisco aumentava, sendo que pouco se deslocavam até Hammonia. A maioria dos imigrantes chegantes não possuía habilidades para a agricultura, e os lituanos aptos para o trabalho escolhiam outras regiões onde havia conterrâneos radicados.
Também experimentaram trazer os Böers, mas sem sucesso. À medida em que se buscava imigrantes aptos para a agricultura, o capital para investimento em Hammonia ia acabando. Em 1903, as despesas aumentaram com a vinda dos imigrantes. Com isso, a Companhia fez um empréstimo de 1.000.000 de marcos e trouxe de volta Alfred Wilhiam Sellin na direção, para colocar a situação econômica da Colônia em ordem.
Os poucos comerciantes existentes não possuíam mercadorias para comercializar em suas prateleiras, pois o transporte pelo Morro do Cocho era muito difícil, e quando as mercadorias chegavam, eram superfaturadas, caras. Os comerciantes não podiam fazer estoques e enfrentavam o problema da compra a crédito dos colonos. De acordo com José Deeke, junto com o Diretor Sellin veio Morsch, trazendo um montante de 60.000 marcos emprestados de F. Missler, para a solução dos problemas de abastecimento. Em Hammonia, enquanto isto, a comunidade organizou a polêmica “Liga dos Colonos” sob a liderança de Julius Radek. Também chegou junto com o grupo o engenheiro autor de um dos livros mais importantes desse tempo – com registros sobre a Colônia Blumenau – Dr. Phil Wettstein – para desenvolver e ser encarregado dos trabalhos técnicos da colônia. Com a chegada do grupo, Dörck e von Diringshofen se demitiram dos cargos que ocupavam. Uma das primeiras medidas adotadas pela nova direção e lideranças foi a mudança do escritório geral de Joinville para Hammonia. A diretoria se instalou no Galpão dos Imigrantes. O inspetor Luiz Atry, que continuou a residir no Stadtplatz de Blumenau, foi encarregado pelo transporte dos imigrantes, que contratou Otto Wehmuth para a supervisão e manutenção das estradas. José Deeke foi contratado para efetuar as medições e a cartografia e Alfons Götting era o contador. Toda esta equipe estava sob a supervisão de Morsch. A comunidade, mesmo com estas mudanças, via o futuro com problemas para cambiar o excedente das propriedades, e muitos abandonaram a colônia. José Deeke mencionou em sua publicação que diminuiu o número de noves imigrantes e que os vinham, quase sempre iam embora. Lembramos da visita do embaixador alemão Friedrich Richard Krauel em maio de 1897, que em contato com lideranças na Alemanha, não mediu esforços para falar sobre o potencial da região. Teve contato com frentes de trabalho de Gottlieb Reif, abrindo estradas para a região da Hammonia. Também é sabido que desde o início, a Companhia Hanseática de colonização, e diríamos que, com a chegada dos primeiros pioneiros na Colônia Blumenau, decidiram pela ferrovia, quando escolheram a sede da Colônia Blumenau no último local navegável do Rio Itajaí Açu – se cogitava a construção de uma ferrovia, que aconteceu com investimento de bancos e tecnologia da Alemanha.
O primeiro trecho da ferrovia – Blumenau até Warnow – foi inaugurado em 1909. Houve mudanças na equipe responsável pela Colônia Hammonia. Saíram o engenheiro Wettstein, Götting e Wehmuth. Foi contratado Wernwe Weher, que trabalhou como agrimensor na região do Itapocu. De acordo com Deeke, em 1907, Föhr estudou criteriosamente a situação de Hammonia e elaborou uma nova reorganização no sistema de trabalho. Com isto os gastos foram reduzidos e também a vinda de imigrantes não foi mais promovida. A colônia progrediu, sendo que neste período a ferrovia Estrada de Ferro Santa Catarina EFSC era construída do Stadtplatz da Colônia Blumenau em direção à sua região, a qual era parte do território de Blumenau.
Quando o bávaro Professor Max Humpl de Altona foi visitar Hammonia em 1912, escreveu e descreveu o que viu:
Apesar da boa e farta comida, eu pretendia ir a Hansa encontrar-me com o Dr. Aldinger, de quem já ouvira e lera tantas coisas bonitas.
Assim, segui com o trenzinho para a Hammonia, através da margem direita. Depois da chegada ao final da linha, caminhei durante uma hora e, finalmente, cheguei ao minúsculo lugar (o trem só chegava à Hansa, logo após a ponte de ferro da Subida), com um comprido rancho para os imigrantes, uma pequena igreja, que ao mesmo tempo era escola. Hospedei-me num minúsculo hotel de madeira, cujo nome era Berg.
No dia 8 de dezembro, o simpático dono do hotel emprestou-me um cavalo de montaria e eu fui até Neue Berlin /Nova Berlin, vilarejo composto de três casas. Ali o cavalo não queria mais sair defronte do restaurante, até que mãos amigas empurraram o “empacador” e seu montador até a estrada. A seguir, tive que atravessar um trecho de floresta virgem, até Neue Bremen/Nova Bremen, que no meu mapa estava assinado como cidade, mas, que decepção!
Somente existia o negócio do Sr. Wanselow e mais três barracas.
O Natal de 1912 passei com a família do simpático Sr. Zierholz. Lá também conheci o Sr. Diretor José Deeke, assim como sua esposa e filhos.
1913
O ano novo de 1913 festejei com um pequeno grupo onde o Sr. Krummel, o Sr. Aldinger e eu cantamos canções alemãs. Já no dia 5 de janeiro de 1913, o Sr. Krummel e eu apresentamos um concerto de piano
e violino, acompanhado de canções, em benefício do pequeno hospital. Dr. Aldinger contribuiu com belas recitações.
Em 9 de janeiro deste ano segui pelo longo e solitário caminho de Sellin até a casa do Sr. Bendrat, um extraordinário homem culto, colecionador de quase todas as espécies de animais da terra.
Naquele meio tempo, consegui colocação como professor em Altona, por intermédio da diretoria de Loius Abry. Assim, tive que deixar, infelizmente, a bela Hansa.
A despedida foi festejada no Hotel Berg, ocasião em que o Dr. Aldinger pronunciou comoventes palavras de despedida. Diário do Professor Max Humpl (Altona) – Do Livro Colônia Blumenau – no Sul do Brasil
Após 4 anos sem incentivos, em 1909 (Ano da inauguração do primeiro trecho ferroviário da EFSC) foi reiniciada a marcação de novos lotes. Chegaram novos colonos em Hammonia, entre eles, poucos imigrantes. Eram filhos de pioneiros alemães de outras regiões.
Primeiro começou o progresso nas margens do rio Hercílio, seguido pelo rio Raphael e por fim, durante os anos de guerra, surgiram as maravilhosas propriedades no Krauel e Índios.
Atualmente o desenvolvimento da colônia não é acelerado, mas isto certamente é passageiro. Dos lotes medidos foram até agora vendidos 1370, todos destinados à agricultura e 99 à área urbana. Há vários lotes disponíveis para a escolha dos novos imigrantes. Para favorecer os terrenos até agora vendidos, foram construídos cerca de 300 quilômetros de estrada e uma série de pequenas e maiores pontes. Mais de 100 quilômetros estão marcados para estradas de pedestres e cavaleiros; com o tempo serão preparadas para o trânsito.
Constata-se claramente que as condições para um bom desenvolvimento da Colônia estão presentes. O que falta é a vinda de maior número de colonos. Esta deficiência se deve ao fato de que em todos os cantos de Santa Catarina estão colonizando. Nos últimos tempos a vinda de alemães e suíços tem aumentado um pouco, e os últimos têm preferência pelo planalto da Serra do Mirador.
Com os anos em Hamburgo o diretor Sellin deixou a Companhia e o seu sucessor, o senhor Juliu Föhr, morreu no campo de batalha, logo no início do conflito mundial.
Permaneceu na direção Constâncio Kohsahl por alguns anos, sendo substituído em 1920 pelo diretor Dr. Moltmann _ Também aqui na Colônia a direção sofreu alguma modificação. Uma necessidade constante era a vinda de um médico. No início foi difícil contratar um na Alemanha. A situação foi resolvida quando Dr. Kübel fixou-se como médico voluntário. Mais tarde, por curto espaço de tempo, foi substituído pelo Dr. Sappelt, mas este logo saiu e Dr. Kübel voltou como médico da Colônia. Este ficou até que o fluxo de imigrantes parou. Como hospital serviram algumas dependências do Galpão dos Imigrantes. Mais tarde formou-se uma Sociedade Assistencial Médica, que começou a construir um prédio para este fim.
Assim, a colonização da Colônia segue em passos lentos, mas firmes, e atualmente já contava com 8000 habitantes. José Deeke
Situação de Hammonia – Geografia
Inicialmente, Hammonia pertencia ao distrito de Indaial, que era parte do território do município de Blumenau. Indaial contava com a presença de Juiz de Paz, polícia e a última agência postal.
Como primeira instalação oficial pode ser considerada a primeira inspeção policial feita pelo inspetor Albert Koglin. No final do ano de 1914, Hammonia passou a ser um distrito policial, sendo nomeado delegado uma das pessoas da comunidade. A primeira divisão policial do novo distrito foi constituída pelas seguintes pessoas:
• Sub-comissário: José Deeke
• Substituto: Otto Wehmuth
• Inspetor de quarteirão: Richard Bahr (Hammonia); Albert Koglin (Neu-Berlin – Sellin)
Arthur Weissenbruch (Raphael); Paulo Krause (Neu-Bremen)
Com o passar do tempo foram criadas novas inspetorias e mudanças aconteceram no quadro de pessoas que ocupavam os cargos. Casos policiais de importância não aconteceram, a não ser os ataques dos colonos do Sellin contra uma viúva e seu amigo. O caso teve certo destaque porque os colonos dirigiram suas acusações ao dirigente da colônia; a polícia de Blumenau interveio, bem como o cônsul da Alemanha. Mas tudo caiu no esquecimento. José Deeke
A segunda instalação oficial foi a agência de correio, e um ano depois, o telégrafo e o telefone. Por decisão da Câmara Municipal de Blumenau, em 11 de março de 1912 Hammonia foi elevada à condição de distrito de paz. Os primeiros juízes foram José Deeke e Luiz Hedler. Em 29 de maio de 1912, Arthur Müller foi nomeado escrivão de justiça. José Deeke ocupou alguns cargos oficiais na comunidade. Até aqui, Diretor, Delegado e Juiz de Paz.
Nos primeiros anos, os colonos não pagavam imposto. Em 1903 a direção fez um acordo com o superintendente Alwin Schrader, para cobrar os impostos municipais dos colonos que estivessem radicados em Hammonia por mais de dois anos. De acordo com José Deeke, o dinheiro arrecadado foi aplicado na construção de pontes e estradas. O fiscal da Câmara era o mesmo fiscal de estradas. Para efetuar o pagamento dos impostos estaduais e federais, em um determinado período, era necessário ir até o Stadtplatz de Blumenau. A partir de 1912, foi instalada uma agência cobradora em Hammonia. A coletoria federal estava em Indaial.
Igreja, a escola na Colônia Hammonia
A religião dominante era a luterana, e os primeiros cultos aconteceram no Galpão dos Imigrantes, pelo pastor Bergold, de Indaial. A assistência católica estava a cargo dos padres franciscanos de Blumenau e Rodeio. Depois que o pastor Aldinger chegou à Hammonia e se instalou em seu “Palmenhof” (Casa das Palmeiras) – disse Deeke, este continuou a cuidar da comunidade evangélica. Em 2 de novembro de 1902 foi instalada a Comunidade Evangélica Luterana, tendo escolhido Aldinger para o cargo de pastor.
Logo após a fundação da comunidade evangélica em 1902, iniciaram as construções da igreja e da escola, que foram concluídas em 1904. Pretendiam construir futuramente uma nova igreja, mas a 1ª Guerra Mundial não o permitiu.
As confusas condições políticas do pós-guerra impediram que se pensasse em nova construção. Deeke disse que em muitos distritos da colônia os cultos ainda eram feitos nas escolas.
A comunidade católica, já bem antes, havia construído uma pequena capela em Hammonia.
A assistência religiosa católica foi durante a guerra retirada dos franciscanos por ordem do Bispo, por eles serem alemães, e entregues aos salesianos que eram italianos. A primeira escola a ser instalada foi em 1902 pelo Dr. Aldinger. Mais tarde outras foram construídas em Sellin, Raphael e Taquaras. No ano de 1905 já existia uma Sociedade escolar que Unia todas as escolas de Hansa e cujo diretor era Dr. Aldinger. Em 1913 existiam 10 escolas com 211 sócios. O número de alunos era de 254, dos quais 219 evangelistas e 35 católicos. O envolvimento do Brasil no Conflito Mundial representou um duro golpe para as escolas da Colônia, pois as mesmas foram a princípio fechadas e quando novamente abertas só podiam seguir um programa pré·determinado pelo governo, com os professores que prestaram exame. Muitas comunidades sem condições, continuaram com as escolas fechadas. Neste meio tempo o governo instalou algumas escolas na Colônia, sendo uma para rapazes, uma para meninas e uma mista em Neu-Bremen. As Sociedades escolares agora são 14. José Deeke
Este artigo teve como base um pequeno livro de autoria de José Deeke, que deixou registrados os fatos mais relevantes ocorridos durante os primeiros 25 anos de existência de Hammonia – atual Ibirama. O autor sugeriu e indicou, nessa leitura, a reportagem do jornal Der Hansabote, que foi fundado pelo pastor Dr. Aldinger, cujo primeiro número foi editado em outubro de 1904 e impresso até setembro de 1913, na praça de Blumenau. José Deeke também fez um mapa do Stadtplatz de Hammonia, a configuração espacial de sua centralidade nos primeiros anos de existência.
Quando Hammonia completou 25 anos…
Relação das pessoas da diretoria da colônia.
- Diretor: José Deeke
- Assistente e contador: Bruno Meckien
- 2.° contador: Carl Kriegbaum
- Agrimensor: Werner Weber
A direção nessa época, da Colônia Hansa nos municípios Joinville e São Bento, que estavam subvencionadas à direção de Hammonia, tinha como Diretor Ernst Globig.
Administração Municipal
- Intendente e Fiscal: Panlo Krause
- Inspetor da estrada para Taquaréis: Max Egerland
- Inspetor da estrada da estação: Carlos Krambeck
- Inspetor da estrada Subida: H. Ricardo Müller
- Inspetor da estrada Sandbach: Franz Hödel
- Inspetor da estrada Rio das Pedras: Ceara Müller
- Inspetor da estrada Salto Back: Richard Gramkow
- Inspetor da estrada de Sellin: Alvin Schönfelder
- Inspetor da estrada de Raphael: August Braatz
- Inspetor da estrada de Morro dos Carrapatos: Franz Ronsmek
- Inspetor da estrada de Neu-Bremen: Carlos Schulze
- Inspetor da estrada Moema: Lino Moser
- Inspetor da estrada de Griesenbach: Placido Trentini
- Inspetor da estrada de Caçadores: Paulo Scheel
- Inspetor da estrada de Pinheiros: Ervin Henning
- Inspetor da estrada de Boa Vista: Hermann Beer
- Inspetor da estrada de Dona Emma: Albert Koglin
- Inspetor da estrada de Kranel: Fritz Dietrich
- Inspetor da estrada de Mirador: Wilhelm Goebel
- Inspetor da estrada De Alto Índios: Richard Kretschmar
- Inspetor da estrada de Herta Bach: Cleophas Wollinger
- Inspetor da estrada de Caminho do Meio: Erich Reich
- Inspetor da estrada de Alto Raphael: C. Uessler.
Administração policial
- Sub-delegado em exercício: Paulo Krause
- Inspetor de quarteirão para Hammonia: Freymnnd Freygang
- Inspetor de quarteirão para Sellin: Alvin Schönfelder
- Inspetor de quarteirão Raphael: Luiz Uhlmann
- Inspetor de quarteirão Neu-Bremen: Arthur Wanselow
- Inspetor de quarteirão Moema: Line Moser
- Inspetor de quarteirão de Caçadores: Hilário Peixoto
- Inspetor de quarteirão Kranel: João Niess
- Inspetor de quarteirão Neustetin: Cleophas Wollinger
- Inspetor de quarteirão de Dona Emma: Albert Koglin
- Inspetor de quarteirão de Rio das Pedras: Georg Müller
- Inspetor do quarteirão de Canella: Hichard Kretzschmar
- Juiz de Paz: Hermann Koepsel
- À disposição: Richard Marmein
- Escrivão: Arthur Müller
- Oficial de Justiça: Adolf Frankowia
- Tradutor: Fritz Schmidt
- Agente Fiscal: Luiz Abry Júnior
- Correio Agente: Harrv Hertel
- Carteiro da estação: Fritz Krause
- Carteiro para Blumenau: Emil Dietrichkeit
Telefone
- Telefonista: Maria Thonsen
- Diretor da Estação Duque de Caxias: Eduard de Lima e Silva Hoerhan
- Responsável da Correspondência do Morro dos Carrapatos: Dr. Hugo Stranke
Denominação dos rios, estradas, vilarejos na Colônia Hammonia
Alto Sellin – região na foz do rio Sellin, na Serra do Mar.
Alto Rio dos Índios – região acima da queda do rio dos índios. Medido em 1918.
Ribeirão da Anta – o ribeirão Grissbach na sua desembocadura é chamado pelos moradores de “Ribeirão d’Anta”, porque ali há tempos abateram uma anta. Este ribeirão primeiro tinha sido passado despercebido na sua desembocadura, devido às ilhas ali localizadas.
Ribeirão do areiado – este ribeirão, que não pertencia às terras concessionadas à Cia. Hanseática, desemboca no rio Itajaí. Recebeu seu nome há muitos anos, por caçadores, motivado pelo seu leito muito arenoso. Colonização particular do pastor Dr. Aldinger.
Ribeirão da Anna – ribeirão afluente na margem direita do rio Donna Emma. Chamava-se primeiramente ribeirão da Fazenda, depois passou a se chamar, a pedido Albert Koglin que ali possui terras, ribeirão da Anna, primeiro nome de sua esposa.
Braço do Norte do rio Itajaí – antiga denominação do rio Hercílio.
Braço do Sellin – desemboca na margem esquerda do rio Hercílio.
Braço do Raphael – na margem direita do rio Raphael.
Ribeirão do Banhado – afluente da margem direita do Alto Índios.
Boa Vista – córrego e estrada na margem esquerda do rio Krauel.
Caminho dos Caçadores – na margem direita do rio Hercílio – de Neu-Bremen até o rio Dollmann.
Cipó Balanço – denominação popular do lugar na estrada da Subida Baixa, na margem do rio Itajaí; margem oposta.
Rio do Cocho – desemboca à esquerda do Itajaí-Açu. É conhecido devido à estrada do Cocho, que atravessa o seu vale e passa o morro do Cocho.
Caminho do Cocho – estrada que foi o primeiro acesso à Hammonia, atravessa sob a balsa na desembocadura do Cocho, atravessa o vale, e depois sobe 400 metros acima do nível do mar – o Morro do Cocho. Esta estrada foi abandonada.
Ribeirão do Cedro – afluente à margem esquerda do rio Raphael. Primeira medição 1914. Denominado devido aos muitos cedros ali existentes.
Morro dos Carrapatos – morro que se estende entre a desembocadura do rio Raphael e Neu-Bremen, à margem esquerda do rio Hercílio. Recebeu este nome, porque lá foram encontrados muitos carrapatos pelos primeiros imigrantes que lá chegaram.
Estrada do Morro dos Carrapatos – estrada que margeia o morro, conhecida por seus muitos declives. Construída em 1903.
Ribeirão do Canella – na margem esquerda do Alto Rio dos Índios.
Canharana – ribeirão à margem direita do rio Dollmann.
Canella – vila formada na desembocadura do Ribeirão Canella.
Rio Dollmann – afluente à margem direita do rio Hercílio. Durante a expedição de reconhecimento de Alfred Sellin, em 1897, foi denominado por este, em homenagem ao cônsul da Alemanha, C. P. Dollmann. A medição dos primeiros lotes à margem do rio aconteceu em 1916; e a segunda, em 1921.
Rio Deneke – afluente à margem direita do rio Hercílio. Denominado na primeira exploração de 1897, em homenagem ao físico Dr. Deneke, de Hamburg.
Rio Dona Emma – afluente à margem do rio Krauel, chamado assim em homenagem à esposa de José Deeke – Emma Deeke. Medição em 1919. (Também filha de Carl Rischbieter).
Ribeirão Dona Helena – afluente à margem esquerda do rio Dona Emma. Nome em homenagem a Helena Weber. Medição em 1919.
Caminho da estação – estrada à margem direita do rio Hercílio que vai até a estação. Colonizada logo no início.
Caminho do Este – estrada à margem direita do rio Hercílio, oposto ao centro urbano de Neu- Bremen. Por estar localizada a leste de Neu-Bremen.
Rua da Escola – pequena rua transversal em Neu-Bremen, entre a escola e o terreno da igreja evangélica.
Ribeirão do Estreito – afluente à margem direita do rio Dona Emma, assim chamado porque em seu lugar mais estreito está localizado o plateau Stoltz.
Ribeirão do Ferro – afluente à margem direita do rio dos Índios. Em sua desembocadura era encontrada muita rocha de basalto. Passaram a chamá-lo de Ribeirão do Ferro. Antes era conhecido como O Índio Pequeno.
Caminho da Floresta – pequena estrada que do Caminho dos Caçadores leva às terras distantes entre os rios Krauel e Hercílio.
Gancho – denominação da região da desembocadura do Ribeirão Areiado e Ribeirão das Pedras. Chamado assim devido ao grande gancho formado pela curva do rio Itajaí-Açu. Esta região fica fora dos limites da Companhia Hanseática. Foi colonizada em 1905 e mais tarde anexada ao distrito de Hammonia.
Caminho Geral – estrada à margem esquerda do rio Hercílio, de Hammonia até Raphael.
Ribeirão do Grisebach – afluente à margem esquerda do rio Hercílio. Passou despercebido na primeira exploração do rio, devido às ilhas que escondem sua desembocadura. Mais tarde, caçadores o descobriram e chamaram-no Ribeirão d’Anta, por terem abatido ali uma anta. Posteriormente, quando em 1915 a parte inferior foi medida e colonizada, recebeu o nome Grisebach, em homenagem ao pastor Grisebach.
Caminho do Gavião – estrada à margem direita do rio Krauel, e que fez a ligação entre o rio Dona Emma e o rio Krauel Central.
Hammonia – nome dado à colônia e ao distrito municipal. Está localizada à margem esquerda do rio Hercílio, na desembocadura do Taquaras. Sede da direção da Colônia Hammonia e das autoridades do distrito. Hammonia é a denominação antiga da cidade de Hamburg.
Hansa – denominação primitiva da colonização da Companhia Hanseática que permaneceu somente dentro das colônias de Joinville e Itajaí.
Hansadorf – quando, em 1903, o ex-tenente coronel e engenheiro Dr. Phil Wettstein entrou para a diretoria da Colônia, adquiriu o lote n° 20 no Taquaras – Estrada do Cocho, que antes pertencia ao colono Bayer, e construiu ali uma residência de trabalho. Este chamou a propriedade de Hansahof; este nome foi conservado por muito tempo, até que a propriedade caiu em ruínas e foi novamente loteada para revenda. O nome depois desapareceu.
Rio Hercílio – este rio antes chamava-se rio ou Braço do Norte. Mais tarde, com a exploração do diretor Sellin e Odebrecht, recebeu o nome de Hercílio, em homenagem ao governador Dr. Hercílio Pedro da Luz. No vale deste rio fica localizada a Colônia Hammonia.
Ribeirão Hertha – ribeirão que passa por Neusten e desemboca na margem direita do rio Hercílio.
Caminho Helvetia – estrada que no Alto Ribeirão da Jacutinga bifurca no caminho da Peroba e leva à região em que nasce o rio dos índios. Imigrantes suíços pensaram em se estabelecer ali, e deram esse nome.
Rio dos Cedros – este rio, quando de seu descobrimento, em 1883, chamava-se rio do Paulo. Com a mudança do rio dos Índios em rio Krauel, o rio do Paulo passou a ter o nome do último. A região desde 1918 está totalmente loteada e colonizada.
Ribeirão da Jacutinga – afluente à margem direita do rio dos Índios. Região colonizada desde 1920.
Rio Krauel – chamava-se primeiro rio dos Índios (desde 1871). Em 1897, em homenagem ao estimado embaixador alemão Dr. Krauel, passou a usar esse nome.
Central Krauel – região entre a inferior e superior área fluvial. A colonização começou.
Cantinho do Lacrau – caminho transversal do Caminho do Meio. Assim chamado porque, durante os trabalhos de medição, lá foi encontrado e capturado um pequeno escorpião. Colonizado em parte desde 1918.
Rio Laeiss – afluente à margem esquerda do rio Hercílio. Em 1897 assim chamado em homenagem ao conselheiro C. Ferdinan Laeiss.
Ribeirão Luiza – afluente à margem direita do rio Hercílio. Localizado na assim chamada Concessão Schüller.
Caminho do Leão – transversal do Caminho do Tamanduá.
Serra do Mirador – não se sabe por que esta serra entre o rio Hercílio e o Braço do Oeste do Itajaí tem esse nome. Mas essa denominação relaciona-se com os púlpitos característicos ali encontrados (miradores ou mirantes).
Caminho de Moema – estrada à margem esquerda do rio Hercílio, de Neu-Bremen até o Griesebach. Assim chamado porque, bem antes, nesse trecho iniciaram uma estrada que levaria até Moema.
Avenida Missler – rua central de Neu-Bremen. Tem seu nome em homenagem a F. Missler, de Bremen.
Ribeirão Moçada – afluente à margem direita do rio Sellin. Em sua tradução quer dizer Ribeirão dos Jovens, pois ali queriam fixar-se os filhos dos colonos de Sellin.
Caminho do Meio – estrada que leva, na parte de baixo, a Neu-Bremen até Scharlach, entre Raphael e a estrada, Moema.
Aberto e em parte colonizado – 1917/1918
Caminho dos Macucos – transversal do Caminho do Meio.
Ribeirão dos Monos – afluente à margem esquerda do rio Krauel. Até 1922, não era colonizado. Assim chamado devido aos bandos de monos que ali viviam.
Ribeirão dos Marrecos – afluente à margem direita do rio Krauel. Até 1922, não era colonizado. Assim chamado pelos muitos marrecos selvagens ali existentes.
Neu-Berlin – vilarejo na desembocadura do rio Sellin. Dois quilômetros rio acima de Hammonia. Recebeu esta denominação pelo proprietário de hospedaria, Hans Rapf, em homenagem à sua cidade natal. (1903) Dr. Wettstein queria mais tarde mudar o nome para Zapfsdorf, mas o velho nome permaneceu.
Neu-Bremen – perímetro urbano em homenagem à cidade hanseática Bremen, instalada em 1904.
Neu-Breslau – fundação particular acima da desembocadura do rio dos Índios. Na desembocadura mesmo localiza-se o vilarejo Neu-Zürich, mas que não aprovou e foi abandonado.
Neu-Zürich – lugar na desembocadura do rio dos Índios, instalada por suíços (1904). Não se desenvolveu, porque a maioria dos suíços foi embora.
Neu-Stetin – vila em formação na estrada Hammonia e Neu-Bremen, no Ribeirão Hertha.
Neu-Helend – (Nova Miséria) – denominação satírica do Alto Sellin.
Ribeirão da Onça – à margem esquerda do rio dos Índios.
Palmenhof – propriedade do pastor Dr. Aldinger; oposta à cidade de Hammonia.
Rua da Padaria – rua na cidade de Hammonia. Assim chamada porque ali estava a primeira padaria.
Caminho dos Pinheiros – estrada à margem esquerda do rio Krauel.
Ribeirão da Paca – afluente à margem esquerda do rio dos Índios.
Rio Plate – afluente à margem esquerda no rio Hercílio. Em 1897, assim denominado em homenagem ao conselheiro Geo Plate. Conhecido devido aos índios ali instalados na sua desembocadura.
Rio das Pedras – afluente do rio Itajaí-Açu. Não incluído na concessão das terras. Somente mais tarde foi anexado a Hammonia.
Caminho do Posto – estrada entre o Caminho da Boa Vista e o Ribeirão do Posto.
Ribeirão do Posto – ribeirão à margem esquerda do rio Krauel; assim se chamava ali um antigo posto indígena.
Ribeirão do Raphael – afluente à margem esquerda do rio Hercílio. Denominado assim de acordo com a Sociedade São Raphael, em 1897.
Ribeirão Revólver – afluente à margem esquerda do rio dos Índios.
Ribeirão do Sabiá – afluente à margem direita do Ribeirão do Ferro.
Rio Sellin – afluente à margem esquerda do rio Hercílio, assim chamado em honra ao diretor Sellin.
Rio Scharlach – afluente à margem esquerda do rio Hercílio. Assim chamado em homenagem ao conselheiro Dr. Junior Scharlach, em 1897.
Estrada da Subida – estrada à margem esquerda do rio Hercílio, rio abaixo de Hammonia.
Ribeirão da Serra – afluente à margem esquerda do rio Dona Emma.
Caminho do Sacco – estrada à margem esquerda do rio Krauel.
Plateau Stoltz – chapada na Serra do Mirador, entre o rio dos Índios, Ribeirão da Onça e rio Dona Emma. Recebeu este nome em homenagem ao conselheiro Hermann Stoltz.
Ribeirão das Taquaras – afluente à margem esquerda do rio Hercílio, onde na desembocadura localiza-se Hammonia.
Ribeirão dos Tucanos – afluente do Ribeirão do Ferro. Colonizado em 1914-1919.
Caminho do Tamanduá – estrada ao pé da Serra do Ribeirão Uru, em direção sul.
Caminho do Tatu – estrada entre o rio Krauel e o rio Hercílio, construída em 1919.
Ribeirão do Tattete – afluente à margem direita do Ribeirão da Onça.
Ribeirão do Uru – afluente à margem direita do rio Krauel. Assim chamado devido aos pássaros urus que ali existiam em abundância.
Caminho do Orucurana – transversal do Caminho Vencido. Assim chamado pela madeira Orucurana.
Caminho do Veado – estrada à margem direita do rio Hercílio, Alto Rio Dollmann.
Caminho da Volta Grande – estrada à margem esquerda do rio Hercílio, do Ribeirão Griesebach até o Alto Rio Wiegand.
Volta Griesebach – pedaço de estrada à margem esquerda do rio Hercílio, acima do Ribeirão Griesebach.
Ribeirão da Vargem – afluente à margem esquerda do rio Dona Emma.
Caminho do Vencido – estrada junto ao Ribeirão do Ferro e que dá abertura e acesso à serra e ao plateau.
Rio Wiegand – afluente à margem esquerda do rio Hercílio. Homenagem ao diretor geral Wiegand, assim chamado em 1897. Além dessas denominações, muitas outras estão projetadas; assim, por exemplo, o Caminho de Helvetia, em continuação do Caminho da Vencida. Assim também no alto rio Krauel, as afluentes receberam os nomes: Ribeirão do Anu, Ribeirão do Cambará, Ribeirão Tucano-Boi, Ribeirão Tucano Feliz, Ribeirão Bemba, Ribeirão Inhambu e Ribeirão do Cathangara.
Trabalho elaborado pelo também historiador José Deeke (além das inúmeras atividades assumidas em Hammonia, inclusive por sua esposa Emma), que teve relação direta com esta história. Serviu de base a esta pesquisa de Hammonia, atual Ibirama, desde sua fundação, até o ano de 1922, exatos 100 anos atrás. O trabalho foi traduzido por Edith Sophia Eimer.
Praticamente 100 anos após a publicação deste trabalho de José Deeke, em julho de 2022 estivemos em Ibirama, proferindo uma palestra. Com o olhar de urbanista, fomos à cidade para conhecê-la in loco, estudar e produzir material histórico, a fim de podermos nos inteirar e compreender a sociedade e suas interações no espaço da cidade. É importante conhecer a base dessas interações a partir de sua história.
Na sequência, algumas imagens feitas em Ibirama – antiga Colônia Hammonia – como um registro para a História.
As imagens comunicam – 2022
Registro para a História.
Referências
- Academia de Letras do Brasil de Santa Catarina. Seccional Ibirama. De Hammonia a Ibirama: Retratos de uma História. Organização de Eliana Vogel Jäger. – Blumenau: 3 de Maio, 2022. 243p.:il.color.
- DEEKE, José. A Colônia Hammonia 1879 – 1922 – Dia 8 de novembro, 25 anos de fundação – Blumenau em Cadernos, Tomo XXIX – Nov/Dez, N°11/12 – Blumenau. 1988.
- GERLACH, Gilberto S.; KADLETZ, Bruno K.; MARCHETTI, Marcondes. Colônia Blumenau no Sul do Brasil. 1. ed. São José: Clube de cinema Nossa Senhora do Desterro, 2019.
- GIESBRECHT, Mennucci Relph. Estações ferroviárias no Brasil. Disponível em: http://www.estacoesferroviarias.com.br/index.html> Acesso em: 14 jun. 2022.
- HUMPL, Max. Crônica do vilarejo de Itoupava Seca: Altona: desde a origem até a incorporação à área urbana de Blumenau, 1.ed. Méri Frotschter Kramer e Johannes Kramer (organizadores). Escrito em 2018. Blumenau: Edifurb, 2015. 227 p. : il.
- ODEBRECHT, Rolf. Cartas de Família – Ensaio Biográfico de Emil Odebrecht e Ensaio Biográfico de seu Filho Oswald Odebrecht Sênior. Rolf Odebrecht, Renate Sybille Odebrecht. 576 p.: Blumenau: Edição do autor, 2006
- VIDOR, Vilmar. Indústria e urbanização no nordeste de Santa Catarina. Blumenau: Edifurb, 1995. 248p, il.
- SILVA, José Ferreira. História de Blumenau. -2.ed. – Blumenau: Fundação “Casa Dr. Blumenau”, 1988. – 299 p.
- WETTSTEIN, Phil. Brasilien und die Deutsch-brasilieniche Kolonie Blumenau. Leipzig: Verlag von Friedrich Engelmann, 1907.
- WITTMANN, Angelina C. R. A ferrovia no Vale do Itajaí: Estrada de Ferro Santa Catarina: Edifurb, 2010. – 304 p. :il.
- WITTMANN, Angelina. C.R.: Fachwerk – A técnica Construtiva Enxaimel. – 1.ed. – Blumenau, SC : AmoLer, 2019. – 405 p. : il.
Leituras complementares – Clicar sobre:
- Descrição de Viagens em Carros de Mola da Comitiva de Friedrich Richard Krauel – O primeiro embaixador alemão que visitou a região do Vale do Itajaí – Século XIX – então Colônia Blumenau
- 190 Anos de imigração Alemã – Mafra SC e Rio Negro PR – Encontro de Danças Folclóricas
- Mafra SC – Primeiro núcleo de colonização alemã de Santa Catarina
- Livro On line – Brasilien Und Die Deutsch-brasilianische Kolonie Blumenau – Dr. Phil Wettstein
- Os Índios da Bacia do Itajaí – Relatório de Friedrich Deeke de 1877 – à Direção da Colônia Blumenau – Biografia do pioneiro da Família Deeke
- Livro – Centenário de Blumenau (1850-2 de setembro de 1950) e os Personagens da História que foram escolhidos para esta publicação histórica
- Despedida – Niels Deeke
- Uma Correspondência Eletrônica de Niels Deeke – Personagens da História de Blumenau
- Arquitetura – Apresentação e análise da Casa Salinger – Blumenau SC – Sul do Brasilrquitetura-apresentacao-e-analise-do.html
- Demolida – Casa da Rua Namy Deeke – Blumenau SC
- Dona Emma e sua História – Um Pedaço da Colônia Blumenau
- Hercílio Arthur Oscar Deeke
- Arquitetura Religiosa – A Igreja Martin Luther – Ibirama SC – 1/X
- Maximilian Josef – José Deeke – Uma personalidade de Blumenau e região do Vale do Itajaí – Seu tio foi Heinrich Krohberger.
- Os livros publicados por José Deeke
- Um pouco de história da Colônia Hammônia ou – Ibirama
- História comum entre as Colônias Blumenau, Pommerroder, Itapocu, Humbold e São Bento – José Deeke
- Ilhas no Rio Hercílio – Recanto Preservado, Sustentável, Natural com Restaurante de Gastronomia Alemã – Ibirama SC
- Falso enxaimel sobre a Praça Victor Konder – Junto a Prefeitura de Blumenau? Que também é cenário.
- Um personagem – Carlos Krueger – Tradição e História
- Casa Azul – Odebrecht – Apiúna/Subida
- Cemitério XXVIII – Cemitério Luterano Ibirama SC
- Arquitetura Religiosa – A Igreja Martin Luther – Ibirama SC – 1/X
Sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
Contatos:
@angewittmann (Instagram)
@AngelWittmann (Twitter)
Chegou o livro “Fragmentos Históricos – Colônia Blumenau” – inspirado nos artigos desta coluna. Primeiro lançamento em Blumenau – dia 9 de março de 2023 – Fundação Cultural de Blumenau/MAB. Você é nosso convidado.
Agradecemos este espeço que nos inspirou a colocar parte deste conteúdo nesta publicação. Colocaremos nas Bibliotecas das Escolas Municipais e nas principais bibliotecas de Blumenau.