Grupo de pais do CEI Cantinho Bom Pastor pede ajuda para reforma da creche em Blumenau

Objetivo é transformar o parque, alvo do ataque, aumentar o muro e instalar novas câmeras

Os pais das crianças que frequentam o CEI Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, criaram um grupo para reformar e melhorar a estrutura física da creche, alvo do ataque que aterrorizou o Brasil na quarta-feira, 5. Aumentar o muro, transformar o parquinho e instalar novas câmeras são as principais medidas que os pais querem fazer ainda nesta semana.

O objetivo deles e também da diretoria do CEI é que tudo seja concluído antes da segunda-feira, 17, que é quando as crianças vão retornar à creche. Segundo a diretora, a ideia é que os próprios alunos pintem os muros recém reformados, para que eles possam expressar o sentimento deles.

“Nessa primeira semana teremos apenas brincadeiras e recreações. Não teremos reforço escolar, não teremos tarefa escolar, apenas recreações mesmo, acompanhado de psicólogas infantis, adultas e de outros profissionais que vem apenas para alegrar nossas crianças”, explicou a diretora Alconides Ferreira.

Além da reforma, a creche também quer instalar novas câmeras de monitoramento no local, para que os pais tenham acesso remoto de casa e possam acompanhar quem entra e sai da unidade.

Jotaan Silva/O Município Blumenau

Ajuda

Como o sentimento é de urgência em relação às obras, os próprios pais é que irão atuar na compra dos materiais e também na mão de obra. Entretanto, eles estão pedindo ajudas para profissionais, comunidade e empresas que possam ajudar.

“Além da oração que todos estão colaborando, nós precisamos principalmente de pedreiros e materiais de construção. Se as empresas puderem também colaborar com tintas e toda parte de arvorismo, porque nós queremos mudar o parque, para que quando as crianças voltem não vejam mais aquele mesmo parque que foi o ponto da tragédia, que tirou a vida do meu filho e de outras crianças”, afirmou Jennifer Pabst, mãe de Bernardo Pabst da Cunha, de quatro anos, uma das vítimas fatais do ataque.

A ajuda da comunidade e de empresas pode ser feita tanto por materiais, mão de obra ou dinheiro, que podem ser entregues diretamente no endereço da creche, na rua dos Caçadores, 111.

“Vamos fazer o que o meu filho sempre dizia antes de sair de casa, “vamos salvar o dia”, completou Paulo Edson, pai de Bernardo. Pabst.


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