Número de homicídios cai 28% em Blumenau
Apesar da queda, alguns crimes chamaram a atenção de policiais e população devido à brutalidade
Blumenau teve uma queda de 28% no número de homicídios neste ano. Foram 30 mortes violentas na cidade (entre 1º de janeiro e esta quinta-feira, 27), contra 42 em 2017. Se 2018 terminar assim, o dado será igual ao computado em 2016.
“Foi uma redução notada no estado todo. Para a Polícia Militar, as operações foram realizadas rotineiramente. Houve um aumento na fiscalização dos apenados, principalmente nos períodos de indultos, e uma massificação do policiamento ostensivo na cidade. O trabalho da Polícia Civil, principalmente da DIC, colaborou muito para esse resultado”, apontou o comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Jefferson Schmidt.
A Divisão de Investigação Criminal (DIC) do município intensificou, ao longo dos meses, as apurações sobre organizações criminosas. Foram quatro grandes operações para prender integrantes de facções. Na mais recente delas, a Balada Vip, os agentes saíram por alguns bairros para cumprir 13 mandados de prisão e dez de busca e apreensão.
Durante todo o ano a DIC identificou 100 integrantes do Primeiro Grupo Catarinense, o PGC, em Blumenau. Quase todos tiveram mandados de prisão expedidos.
“Nós decidimos atuar firmemente contra o tráfico de drogas, os roubos, as organizações criminosas e isso fez com que os crimes de homicídio tivessem uma diminuição bastante considerável. Claro, tem aqueles crimes praticados pela emoção, em discussão de vizinhos, brigas de bar ou até mesmo os feminicídios, que não temos, muitas vezes, como evitar um mal maior”, explica o delegado regional da Polícia Civil, Egídio Ferrari.
Brutalidade
Apesar da queda, 2018 foi também um ano de crimes brutais, como o esquartejamento de um jovem de 23 anos no bairro Vorstadt, a morte de mãe e filha no Tribess e o feminicídio de Bianca Wachholz.
“Tivemos alguns crimes que chamaram a atenção não só da população, mas também da Polícia”, destacou Ferrari.
Dos 30 homicídios, 20 já foram solucionados pela Polícia Civil. Entre os dez sem autores identificados até o momento está o caso do bairro Tribess, onde, em abril, Inês do Amaral, 57, e Franciele Will, 30, foram assassinadas dentro de casa. A mãe foi morta por asfixia e a filha por golpes de um objeto perfurante no pescoço.