Lideranças indígenas de Santa Catarina realizaram um encontro na noite desta quarta-feira, 31, em Blumenau, para discutir ações que podem ser feitas para lutar contra o Marco Temporal. Representantes políticos de esquerda do estado também participaram do evento, como o deputado estadual Marquito (Psol), de Florianópolis, e de Georgia Faust (Psol), que mediou as discussões na reunião.

Créditos: Bruno Pereira

O projeto de lei sobre o Marco Temporal das Terras Indígenas foi aprovado pela Câmara dos Deputados na segunda-feira, 30, e agora aguarda avaliação do Senado. O Supremo Tribunal Federal também deve analisar a proposta.

O Marco define que a demarcação de novas terras indígenas só pode ocorrer em comunidades que já ocupavam esses locais quando a Constituição foi promulgada, em 5 de outubro de 1988.

Créditos: Bruno Pereira

De acordo com as lideranças indígenas do estado, caso aprovado, o Marco Temporal irá causar conflitos em terras já pacificadas e pode prejudicar os povos originários em disputas que já ocorrem em Santa Catarina.

“Não tivemos nenhum momento de fala no estado a favor dos povos originários. Por este motivo organizamos este evento, onde definimos estratégias políticas. Vamos encaminhar ao Senado e ao STF uma carta que mostra também a nossa resistência a estes projetos de lei extermínio”, relatou Nandja Schirlei da Rocha, líder Xokleng em Blumenau.

Atualmente no Brasil, são 305 etnias de povos indígenas e 274 idiomas. Em Santa Catarina vivem três povos, os Xokleng, Kaigang e Guarani.


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