Santa Catarina nas últimas eleições demonstrou estar distante de uma ideologia de esquerda e muito mais próxima ao conservadorismo. Em 2018, por exemplo, somando os candidatos Décio Lima (PT), Leonel Camasão (PSOL), Rogério Portanova (Rede) e Ingrid de Assis (PSTU), foram cerca de 560 mil votos – quase metade dos dois primeiros colocados que foram ao segundo turno e receberam cada um mais de 1 milhão de votos.
Claro que 2018 foi uma eleição a parte, consideração a “tsunami Bolsonaro” em todo país e principalmente SC. Mesmo assim, a rejeição ao PT e outros partidos com ideologias parecidas ficou comprovada.
Diante disto, buscando uma reviravolta e aproveitando o fator “Lula” – que deve retornar aos pleitos em 2022 – os partidos de esquerda devem efetivar algo que vem sendo discutindo nos últimos anos, mas nunca posto em prática: união.
“Pelo que estamos conversando, estou muito certo que vamos conseguir. Ao menos esses sete partidos – PT, PSOL, PDT, PCdoB, Rede, PV e PSB – devem fazer essa união para termos uma candidatura. Isso, de imediato, já nos dará mais tempo de TV”, afirmou à coluna o presidente do Partido dos Trabalhadores em SC, Décio Lima.
Aliás, esse plano veio do principal nome do PT no Brasil, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Em reunião há menos de um mês em São Paulo, Décio ouviu do próprio Lula o pedido para que isso seja concretizado em Santa Catarina.
“Já estamos conversando há bastante tempo. Nossas pesquisas nos mostram que com essa união e com o lulismo chegaremos ao segundo turno“.
Mesmo sendo pré-candidato ao governo do estado, Décio também não descartou que outro nome principal possa surgir com essa união.
Enfim, como apontado acima, essa união entre partidos de esquerda se debate há bastante tempo, principalmente após o crescimento do conservadorismo no estado. Cabe saber se dessa vez ela será mesmo efetivada ou terá mudanças até o início das eleições.
