Professores da UFSC de Blumenau aderem greve para melhorias nas condições de trabalho

Greve foi deflagrada nessa terça-feira

Nessa terça-feira, 7, os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do Campus de Blumenau, anunciaram que estão aderindo à greve estadual, que acontece desde março no estado todo. Segundo as informações, as reivindicações são para recomposição salarial, orçamentária e de melhores condições de trabalho.

Esse é o segundo setor da universidade em Blumenau que adere à greve. Em 11 de março, trabalhadores técnico-administrativos em educação (TAE’s), aderiram o estado de greve e por conta das paralisações, alguns serviços foram afetados. Na época, o setor mais impactado foi o da comunicação, que foi suspenso.

UFSC de Blumenau publica nota

Em nota, a UFSC de Blumenau informou a greve e explicou como os alunos podem se orientar sobre a paralisação. Além disso, também reforçou que a greve é um direito dos trabalhados prevista por lei.

Na nota, a universidade ainda pede que os professores avisem sobre a adesão da greve. Confira a nota completa:

“A Direção do Campus de Blumenau da UFSC vem esclarecer a comunidade acadêmica sobre a greve de servidores Docentes e Técnicos-Administrativos em Educação – TAE.

Na UFSC, os servidores TAE deflagraram greve a partir do dia 11 de março e os docentes a partir do dia 7 de maio, aderindo ao movimento nacional pela recomposição salarial, orçamentária e de melhores condições de trabalho.

A greve é uma manifestação legítima e prevista em lei (Lei 7783 de 28 de junho de 1989) e a adesão ou não à greve por parte do trabalhador é uma decisão individual, livre e amparada por decisão dos sindicatos das respectivas categorias (SINTUFSC e APUFSC Sindical).

Para minimizar as dúvidas e tensões naturais desse momento, informamos:

  1. não é prerrogativa da direção ou de qualquer instância administrativa decidir sobre a continuidade ou não das atividades em períodos de greve, visto que a adesão é uma escolha individual do servidor;
  2. é possível que algumas aulas sejam realizadas, enquanto outras não – os estudantes devem estar atentos aos comunicados de seus professores;
  3. é necessário haver compreensão para este momento particular, sendo que alterações parciais nos cronogramas de aulas são parte dos efeitos esperados de uma greve, bem como, futuras compensações de atividades;
  4. atividades de pesquisa e extensão, realização de eventos acadêmicos e outras iniciativas pré-agendadas, cabem às coordenações das atividades decidir individualmente ou coletivamente se elas serão realizadas ou canceladas/adiadas.

Pedimos que cada decisão de adesão à greve por parte de um docente venha acompanhada de ampla comunicação com as suas turmas, para que estes estejam cientes a respeito da interrupção de suas disciplinas e da previsão de retomada das atividades e reposições quando findar o movimento.

Informamos que a Direção do Campus Blumenau está à disposição para esclarecimento de dúvidas.”

Greve dos TAE’s

Os trabalhadores técnico-administrativos em educação (TAE’s), da Universidade Federal de Santa Catarina estão em estado de greve desde março.

Segundo as informações, todo o Setor de Serviços da Comunicação, que cuida do acompanhamento operacional ou assessoramento audiovisual em reuniões, palestras, conferências, seminários, workshops e demais eventos presenciais e/ou virtuais; gravações e/ou transmissões ao vivo online; suporte/acompanhamento para o manejo correto dos equipamentos audiovisuais em solenidades institucionais, formaturas, etc e suporte e manutenção de projetores, não está funcionando.

Até o momento, os servidores seguem em greve.

A greve nacional dos trabalhadores técnico-administrativos em educação das universidades e institutos federais foi convocada pela Fasubra, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil.

Segundo as informações do sindicato, entre as reivindicações, estão a reestruturação da carreira, a recomposição do orçamento das Universidades e a reposição salarial, conforme detalhado em carta aberta à comunidade acadêmica e à sociedade.

A deliberação pela greve ocorreu após uma série de tentativas de negociação com o governo, conforme explica a Sintufsc.

Segundo as informações do sindicato, os TAEs têm hoje um dos salários mais defasados do serviço público federal, com cerca de 70% em perdas salariais acumuladas em nove anos. A proposta do governo federal é de reajuste zero para 2024.

Diante da ausência de propostas, a categoria decidiu pela greve para pressionar o governo federal contra o aprofundamento da precarização do trabalho nas universidades e em defesa dos direitos dos trabalhadores e da Educação Pública.

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