Para sua leitura, o 15° artigo da coluna “Registro para a História” apresenta um pouco dos feitos de um dos primeiros pioneiros de Blumenau e do Vale do Itajaí.
Através de suas atividades e trabalho, desenvolvidos na Colônia Blumenau, podemos observar como esta poderia parecer territorialmente uma “vila”, mesmo tendo como área – o somatório das áreas do Alto e Médio Vale do Itajaí.
Esta personalidade da história local, regional e catarinense transportou Hermann Blumenau em sua canoa, casou com a filha de uma família alemã das fazendas de café do Sudeste do Brasil, fundou fábricas, abriu estradas e fundou uma cidade no pé da serra no extremo oeste da grande Colônia Blumenau no início do século XX. Vamos detalhar esta história, a história de Gottlieb Reif.
Gottlieb Reif
Gottlieb Reif chegou no Brasil ainda criança e participou da construção da infraestrutura básica da Serra Catarinense, Vale do Itajaí, e também, da região do litoral do Estado de Santa Catarina.
O pioneiro chegou à Colônia Blumenau com seus pais, Johannes August Reif, nascido em 12 de janeiro de 1812 em Smalkalden (+12 de setembro de 1877 – Blumenau) e Christine Elisabeth Reif da família Röder, nascida em 13 de agosto de 1819 em Alsbach (+ 1899 – Blumenau) em 1856. O menino Gottlieb tinha 4 anos. Gottlieb nasceu em Schwallungen, no Grão-Ducado de Meiningen, Turíngia, em 2 de outubro de 1852, no mesmo território que mais tarde seriam parte do território da Alemanha.
Também vieram seus 4 irmãos: Christian, Carolina, Louise e Emma. Seu pai Johannes August Reif foi marceneiro e comerciante.
A família Reif se fixou às margens do rio Itajaí Açu, no atual bairro Itoupava Norte, Blumenau, na época conhecido como Itoupava. Fixaram residência na 5° Zona do Plano Piloto Colonial. Gottlieb Reif, adolescente ainda, tornou-se proprietário de uma canoa e fazia transportes de pessoas através dos cursos de água. Com isto, fez, algumas vezes, o transporte de Hermann Blumenau à cidade de Itajaí – ida e volta. Tinha menos de 17 anos quando começou seu trabalho como canoeiro e mais ou menos, com 17 anos, se casou com a filha de imigrantes Catharina Wendt.
Na Revista Blumenau em Cadernos de 1972, dentro de um artigo de um membro da família – Stahmer, há o seguinte diálogo entre Hermann Blumenau e Gottlieb Reif, em uma das viagens pelo Itajaí Açu.
“O que você pretende ser na vida? Não acha que é tempo de pensar nisso?
A resposta não se fez esperar:
‘Eu quero ser industrial; ter uma serraria …”Muito bem’, retrucou-lhe o fundador.”
Passado algum tempo, Hermann Blumenau voltou a dizer-lhe: ‘Eu tenho uma serraria para vender. Você quererá comprá-la?’
Gottlieb lhe respondeu logo:
‘E o dinheiro? O senhor sabe que eu não tenho nada’.
Hermann Blumenau retrucou:
‘Eu não lhe perguntei pelo dinheiro. Sei que você é trabalhador e honesto. Se comprar a Serraria, você a pagará, tenho certeza disso.”
Nesse momento, o jovem o Gottlieb Reif passou a ser proprietário de uma serraria velha e quebrada que pertenceu a Hermann Blumenau. Johannes August Reif, seu pai era um bom carpinteiro que o auxiliou e construiu e instalou uma nova roda d’água e outros melhoramentos na propriedade. Em 1873, a serraria voltou a funcionar. Esta serraria estava localizada no rio Itoupava, próxima a atual Rua Franz Volles, na atual Itoupavazinha.
Também nesta época, Gottlieb conheceu a menina Catharina Wendt, nascida no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1856, na fazenda/comunidade Independência de Nicolau Antônio da Vale da Gama, filha dos imigrantes alemães Heinrich Wendt e Ana Bölque.
Os Wendt e Bölque haviam trabalhado, por alguns anos, como também acontecia com outras famílias de imigrantes, em fazendas de café. Um grupo destes imigrantes, descontentes, mudaram-se para se fixar nesta região de Itoupava, em Blumenau, próximo ao lote que pertencia à família de Frederico Jensen.
A história desta saga de imigrantes, está sendo pesquisada na Alemanha e também nós escrevemos aqui na coluna – no artigo “Qual a relação dos imigrantes alemães das fazendas de café do Sudeste brasileiro e Hermann Blumenau?”
Catharina ficou órfã de pai em 1866, quando tinha 10 anos de idade. Sua mãe se casou novamente com o imigrante alemão Detlef Krambeck, proprietário de um lote colonial da 3° Zona, à margem Esquerda do Garcia. Gottlieb tinha 17 anos quando se casou com Catharina que tinha somente 13 anos de idade. Casaram-se em dezembro de 1873.
Após o casamento, o casal trabalhou muito para poder pagar as dívidas. Hermann Blumenau foi ardiloso ao vender uma serraria quebrada no interior para o jovem. Iria receber um pagamento pelas terras, sendo que, o que mais tinha em Blumenau nesta época, eram terras, que também eram usadas como moeda de troca.
Seu pai e companheiro Johannes August Reif faleceu 4 anos após o seu casamento, em 1877. Gottlieb contava com 21 anos de idade. Johannes August Reif foi sepultado no cemitério de Itoupava, pertencente à Comunidade Luterana. Atualmente é o cemitério luterano de Itoupava Norte.
Após a grande enchente de 1880, o jovem casal Reif perdeu praticamente tudo, como muitos, em Blumenau e na região. A perda ocasionada pelas inundações foi grande em todos os vales pertencentes à Colônia Blumenau. Há um diário escrito pelo irmão do naturalista alemão Fritz Müller, August Müller, descrevendo sobre esta tragédia natural.
Na “serraria” dos Reif, a inundação levou as madeiras beneficiadas e toras soltas – frutos de um trabalho de cerca de 7 anos. Nesta enchente, Stahmer narra que Gottlieb, mesmo perdendo tudo, auxiliou vizinhos em situações semelhantes ou piores, como Fernando Müller, Gustav Bichels, Daniel Schroeder.
Após a grande enchente de 1880, Gottlieb vendeu a serraria para Claus Steen e construiu outro engenho de serraria, com atafona e um tempo depois, fundou uma venda no Ribeirão Fidélis.
Gottlieb doou um terreno neste local, próximo ao Ribeirão Fidélis, para o cemitério, onde foi sepultada sua filha de quatro anos e meio. Nesta época, estava trabalhando na abertura de uma estrada para cargueiros, na Serra das Pedras. Também doou um terreno para construir a escola local.
“Em Fidélis havia um acordo entre os moradores: quando um deles precisava derrubar o mato, todos vinham ajudar; também caminhos e pontes eram construídos dessa forma e assim, a “linha dos badenses” tornou-se um recanto bem povoado de badenses trabalhadores e de pioneiros, até bem para diante, até o morro do Cachorro e também ali fora instalada uma casa de negócio de propriedade de Gottlieb Reif, também um grande pioneiro do progresso da Colônia Blumenau. Ele tinha uma venda e um moinho no Baixo Fidélis. Esse homem foi para Blumenau um braço robusto e ativo. Nunca lhe faltaram coragem e disposição. ” Do livro A Colônia Blumenau no Sul do Brasil. P. 344
Em 1883 Reif requereu a sua naturalização como cidadão brasileiro, a qual foi assinada por Francisco Luiz da Gama Rosa. Em 1885 foi à Alemanha, onde comprou uma caldeira locomóvel, marca Wolf, a primeira da Colônia Blumenau e de Santa Catarina. A máquina adquirida por Gottlieb foi transportada de Itajaí até Itoupava Norte/Blumenau, pelo rio Itajaí Açu, por uma lancha denominada Walfisch e dali, por terra, foi transportada por um carretão puxado por 8 bois, até a Barra do Rio Fidélis.
Foi necessário reforçar a ponte sobre o rio Itoupava para que suportasse o peso da caldeira. Foi um acontecimento a sua chegada e muitas pessoas acompanharam este traslado com atenção.
Desde o início da história da Colônia Blumenau houve o projeto para interligar as regiões através de estradas e uma destas, fazia a ligação entre a sede da colônia e Lages – local onde passava o caminho que interligava o Sul do Brasil e São Paulo/Minas Gerais por terra. Emil Odebrecht abriu a picada e Gottlieb Reif e sua equipe abriu a estrada para cargueiros a partir desta picada.
Em 1888, por interferência de Reif, foi assinado um contrato com o Governo Imperial para promover o investimento imperial na abertura de um trecho da estrada para cargueiros e cavaleiros, entre Rio do Bugre, depois Aquidaban – atual Apiúna, via Südarm, atual Rio do Sul, até a última divisa, no extremo oeste da Colônia Blumenau – no local conhecido por Serra dos índios, onde Reif recebeu terras do governo, como pagamento de seu trabalho, atual território de Pouso Redondo, ligando, assim, o Vale do Itajaí à região serrana e demarcando sua atuação entre os dois pontos: Itajaí/mar e Pouso Redondo.
Em 28 de agosto de 1888, uma comissão coordenada pelo engenheiro Vitorino de Paula Ramos inspecionou o trecho em obras, na região de Lontras. Este ficou impressionado com a agilidade da execução do trabalho de Gottlieb Reif. Elogiou a atuação do pioneiro que foi contratado por 18 contos de réis (equivalente ao atual valor de R$ 2.214.000,00), livre de outras despesas para o Governo. Reif planejou que até o final daquele ano, chegaria ao pé da serra, meta que não conseguiu, pois houve contratempos, conflitos com os povos indígenas, obstáculos naturais, imprevistos e necessidades de mudanças de percursos.
A obra durou 18 meses de trabalho duro e muitas vezes até com perigo da própria da vida de seus companheiros, que usavam apenas o facão, foice e machado. Terminada a obra, Reif não recebeu pelo trabalho feito, a importância combinada no contrato. Para quitar a dívida e o compromisso assumido com os trabalhadores que o haviam auxiliado na abertura do caminho, vendeu as suas propriedades e o lote colonial de Fidélis.
A casa comercial, a serraria e a atafona foram vendidas para W. Siebert e a máquina à vapor, para o Colégio Santo Antônio que com esta, instalou uma atafona, a qual supriu de farinha de milho quase toda a população de Blumenau durante os dias de inundações da enchente de 1911.
Somente após a Proclamação da República, dois anos após a venda de suas propriedades, foi que Gottlieb Reif recebeu o pagamento referente aos trabalhos executados para a abertura da estrada para cargueiro.
Em 1892, mudou-se do Fidélis para a povoação de Altona – atual bairro blumenauense de Itoupava Seca. Adquiriu o terreno da viúva Schoenau, onde instalou uma pequena serraria movida a água, pois o terreno era o único atravessado por um ribeirão. Neste tempo, importou uma nova máquina à vapor, um locomóvel Wolf e construiu um edifício maior para a serraria, para a fabricação de caixinhas para charutos, moinho de milho e um engenho de açúcar.
Em 1893, a revolução pós proclamação da República – golpe militar no Império brasileiro, deixou consequências não muito positivas para Blumenau e para Santa Catarina. Floriano Peixoto autorizou a formação de um grupo de voluntários federalistas para derrubar o governo catarinense, que era legalista, o Tenente Manoel Joaquim Machado. Gottlieb Reif se apresentou e foi designado capitão da tropa voluntária de Blumenau federalista.
Em 14 de julho de 1893, os voluntários partiram em 18 carroças até Tijucas, via Brusque – caminho por terra – que ligava Blumenau e Nossa Senhora do Desterro. Grande parte da tropa foi a pé. De Tijucas, marcharam para Porto Belo para embarcar no vapor Itapemirim rumo à fortaleza de Santa Cruz, na ilha de Anhatomirim e depois o vapor os conduziu até Nossa Senhora do Desterro, onde foram recepcionados festivamente por um contingente de soldados e pela banda de música do 25° Batalhão de Caçadores. O grupo desfilou pelas ruas da cidade, passando pelo Palácio do Governo, rumo ao quartel, onde receberam uniformes. Em 20 de julho de 1893 aconteceu um grande desfile, com a participação da Guarda Cívica de Blumenau.
A tropa de Gottlieb exigiu a renúncia do governador de Santa Catarina sob o comando imperativo e “invisível” de Floriano Peixoto. Não foram atendidos e então foram ordenados para atirar contra o Palácio do Governo de Santa Catarina, que deu origem a uma pequena batalha. Na madrugada de 21 de julho de 1893, o governador se rendeu e os voluntários de Floriano Peixoto desfilaram e, depois, ocuparam o palácio do governo, guiados pelo Capitão Reif, que não se dava conta de ser usado pelo militar de Alagoas que participaram do golpe, junto com outros, impetrado ação contra o Imperador do Brasil, D. Pedro II.
Neste combate de 15 minutos de duração, houve 5 mortes do lado federalista e muitos feridos e sem mortes entre os legalistas. Explicando um pouco, esta revolta teve início no Rio Grande do Sul neste ano de 1893, como Revolução Federalista e durou até 1895, envolvendo os mais importantes grupos políticos dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. A República dava seus primeiros passos e dois grupos pleiteavam o poder, o Partido Federalista – aliados ao deposto Império, comandado por Gaspar da Silveira Martins – e o Partido Republicano Rio-Grandense – legalistas adeptos à república, e que era dirigido por Júlio de Castilhos, no Rio Grande do Sul e por Floriano Peixoto.
No auge da Revolução Federalista do conflito contra a Revolução, um dos maiores defensores da República junto a Lauro Müller foi o engenheiro Hercílio Pedro da Luz, que residiu em Blumenau. Escrevemos sobre ele, em vários artigos. Todo este contexto fez gerar novas lideranças em Blumenau, região e também, no estado. O Imperador do Brasil. D. Pedro II tinha grande popularidade, respeito e a amizade e fidelidade da maioria de seus súditos.
Entre 1895 e 1897, Gottlieb Reif continuou a trabalhar na construção de infraestruturas no interior da Colônia Blumenau, como por exemplo, na construção do trecho da estrada de Bugerdach (hoje Apiúna) até Morro Pelado e Subida, como na época da construção da ferrovia. Para abrir o caminho,houve grande dificuldade trabalhar entre grandes paredões de pedra, possível somente com o uso do esforço braçal, dinamite e picaretas, e ainda, sob a ameaça de conflito com os índios. Stahmer conta, que Reif perdeu o cozinheiro do grupo de trabalho nesta frente. Foi morto pelos índios e o assassinato abalou muito o grupo de construtores do caminho.
Em 5 de junho de 1897, Gottlieb recebeu o governador republicano Hercílio Pedro da Luz na altura do Morro Pelado, com estrada já carroçável. Hercílio Luz estava com o embaixador alemão Dr. Krauel, que também visitou o Alto Vale, Hansa – observou os imigrantes alemães assentados em Hammonia. Junto a esta comitiva, também estavam os Cônsules alemães em Florianópolis Carl Franz Albert Hoepcke e em Blumenau, Franz Lingerhausen, com diversas outras autoridades.
No primeiro dia de viagem, percorreram de carroça, a distância entre Blumenau até Warnow e no segundo dia – os planos eram de chegar à Hammonia. Mas o tempo ruim não permitiu prosseguir a viagem, e passaram a noite nas residências de Schulze e Reblin, em Apiúna. Seguiram viagem no outro dia, quando almoçaram na cabana e acampamento de Gottlieb Reif, onde chegaram cedo. A comitiva testemunhou a habilidade da frente de trabalho, para preparar uma refeição à altura dos visitantes/autoridades, em plena mata com predominância de carnes de caça. Após o almoço, a comitiva seguiu a pé até Subida e os visitantes foram surpreendidos por um inesperado espetáculo. O repórter alemão que acompanhava a comitiva do embaixador descreveu o acontecimento:
“Um grande número de “minas” foram colocadas de distância em distância para melhor impressionar os visitantes e oferecer-lhes um grandioso espetáculo. Com estrondo de verdadeiros trovões as rochas se partiam, enchendo os ares de estilhaços que caíam ruidosamente no despenhadeiro formado pelo rio Itajaí, seguidos de ecos demorados. O senhor Reif, desrespeitando as plantas e traçados, resolveu, por própria conta e responsabilidade diminuir o aclive calculado em 6% por uma passagem praticamente horizontal em plena rocha”.
Hercílio Pedro da Luz e o Cônsul surpreendidos, como os demais, ficaram impressionados com esta parte dos trabalhos coordenados por Gottlieb Reif.
A ponte da Subida, também foi obra de Reif que também construiu trechos da estrada, servindo ao tráfego por sessenta e quatro anos seguidos sem sofrer algum conserto e os bueiros desse trecho prestaram serviços por setenta anos consecutivos. Essa estrada passou a ser a SC-23 e, atualmente, a BR-470, alargada, asfaltada. Poucos conhecem sua história e o trabalho deste pioneiro que a construiu em 1897. Gottlieb Reif poderia muito bem emprestar seu nome para esta rodovia após sua revitalização, na qual está sendo duplicada no momento presente: Rodovia Gottlieb Reif (BR 470).
O caminho do morro da Subida foi construído pelos empreiteiros Friedrich von Ockel e Emil Wehmuth e o de cima da chapada até Riachuelo e Lontras foi, novamente construído por Gottlieb Reif.
Reif também fez parte da vida social e política de Blumenau. Foi fiscal e em 1890 fez parte da Intendência Municipal, ocupou outros cargos. Em fevereiro de 1901 foi eleito vice-presidente do Conselho Municipal de Blumenau.
Em 25 de abril de 1880, inscreveu-se como sócio da Schuetzengesellschaft Blumenau, primeira Sociedade de Tiro e atual Tabajara Tênis Clube. Em 1893, foi um dos maiores incentivadores e um dos fundadores do Clube Gesellíger Verein Teutônia, localizado na comunidade de Altona, atual bairro de Itoupava Seca e o atual Ipiranga.
Existe uma medalha de prata, em algum lugar, em poder de membros da família Reif, com o seguinte texto: “Aos fundadores: 10/3/1883 – 10/3/1923”, que foi destinada aos sócios com 30 anos de diretoria. Também existem títulos de empréstimos, que foram doados ao Museu da Família Colonial. Em 2 de abril de 1924 foi fundado o Teutônia – clube de bolão, denominado “Kegelklub Vollmond” (Clube de bolão Lua Cheia), grupo de Gottlieb Reif. Em 2 de agosto de 1897, em plena construção da estrada em Subida, quando veio visitar a família em Blumenau, seus amigos sabendo disso, foram até sua casa para buscá-lo e, juntamente com 12 outros sócios amigos fizeram um registro fotográfico, para a História, com Gottlieb vestindo a camisa xadrez (roupa de trabalho) – Foto abaixo (emociona).
Neste período, em 26 de dezembro de 1898, Gottlieb e Catharina, ainda jovens, festejaram seu jubileu de prata. Gottlieb tinha somente 42 anos e Catharina, 38 anos.
Entre 1897 e 1899 foi fundada em Hamburgo, na Alemanha, a Hansatische Kolonisations Gesellschaft que criou a Colônia Hansa-Hammonia. Seu primeiro diretor foi Alfred. W. Sellin e o engenheiro-agrimensor foi Emil Odebrecht, que iniciaram os trabalhos de instalação do empreendimento. Até Subida, a estrada já era carroçável e de lá, os imigrantes eram transportados em canoas pelo Braço do Norte, atual Rio Hercílio – até a barra do Ribeirão Taquaras. Gottlieb Reif foi encarregado de construir a ligação carroçável até Hansa – atual Ibirama. A execução dessa passagem pela margem do rio era perigosa e muito difícil. Reif optou por fazer a passagem pelo Morro do Cocho, de 400 metros de altura, desviando, então para cruzar o Rio Itajaí Açu em balsa e daí, prosseguir o caminho pelo morro, muito íngreme e perigoso, com longos e estreitos aclives e declives até a barra do Ribeirão Taquaras, onde seria a sede da nova colônia alemã. O nome atual do morro continua sendo Morro do Cocho e está localizado na divisa entre Apiúna e Ibirama.
Reif também construiu o primeiro abrigo – o galpão dos imigrantes – àqueles que deveriam habitar a nova colônia alemã – Hansa Hammonia, sendo que o primeiro casal a chegar foi o Willy Lüderwald e sua esposa, acompanhados de uma filha de 2 anos, em julho de 1899. A família ficou instalada neste galpão dos imigrantes e Lüderwald, ficou com o cargo de administrador do mesmo. A partir de então chegaram novas famílias de imigrantes e solidificando a nova colônia a partir de terras concedidas à Sociedade Hanseática, capitalizadora da Estrada de Ferro Santa Catarina – EFSC, cuja construção teve início em poucos anos.
Saindo de Hansa Hamônia, em 1900, Gottlieb Reif construiu a ponte sobre o Ribeirão Passo Manso, deixando sua propriedade de Altona para o filho Heinrich Reif, que permaneceu no local por vários anos (local da propriedade do açougueiro Jensen e dos Cristais Hering e nas quais cruzou a linha da Estrada de Ferro Santa Catarina – EFSC.
Ainda em 1900, Gottlieb Reif se mudou pela primeira vez, de Blumenau. Fixou residência na Barra do Rio Itajaí Açu, em Itajaí, onde comprou a firma Rod. Krause, através de Konder & Cia. Ainda não tinha 50 anos de idade. A firma produzia artefatos de madeira, especialmente para caixinhas de charutos, com grande freguesia na Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Entre os principais clientes estavam as firmas Dannemann & Cia., Suerdick & Cia., Stender & Cia., Poock & Cia. Eram empresas que embalavam seus charutos com o produto da firma de Gottlieb Reif – em Itajaí SC. Participou da Exposição Nacional do Rio de Janeiro, onde seu produto foi destaque e recebeu medalha de ouro. Gottlieb também instalou um estaleiro na cidade de Itajaí, para a construção de embarcações. O principal construtor de sua firma foi João Tabalipa. Interessante lembrar que quando era adolescente conduzia o fundador Hermann Blumenau em sua canoa, de Blumenau a Itajaí.
A primeira embarcação saída de seu estaleiro foi uma lancha destinada para transportar cal e areia de São Francisco a Joinville, pelo Rio Cachoeira. Essa lancha foi recebida por Alex Karsten em 4 de maio de 1904.
A segunda embarcação de seu estaleiro foi uma lancha perua para fretes, destinada à Companhia de Navegação Fluvial Itajaí Blumenau, rebocada pelo Vapor “Progresso” e “Blumenau”, lembrando da navegabilidade do Rio Itajaí Açu. A embarcação recebeu o nome de “ltoupava”, em homenagem ao lugar onde começou a sua primeira firma. Uma outra embarcação – um grande navio à vela – foi construído para a firma Asseburg & Cia – Sócio e parente de Karl Renaux. Esta embarcação saiu do estaleiro com o nome “Fidélis'”, outro local que residiu.
Em 1908, quando contava com 56 anos, Gottlieb Reif sofreu um acidente na firma, em Itajaí. Um tronco de cedro saltou da serra circular e atingiu-o no abdômen. Ficou seriamente ferido e foi submetido a várias intervenções cirúrgicas, em Itajaí e também, em Porto Alegre. Parou de trabalhar por algum tempo para sua recuperação, difícil para ele ficar longe do trabalho. Foram momentos que não aceitou muito bem.
Neste tempo, colocou um plano muito antigo em prática. Em sociedade, construiu a primeira fábrica de papel de Santa Catarina, junto com os irmãos Hering, Fides Deeke, Karl Rischbieter (da cervejaria, cuja casa hoje recebeu o Norden) e José Deeke, Diretor da Colônia Hansa Hamônia. Para juntar o capital necessário para a instalação desta fábrica, vendeu o terreno com o prédio e as caldeiras.
Com o capital de 250 contos de réis (Valor atual – R$30.750.000,00) fundou a Fábrica de Papel, sub a razão social de Hering, Reif & Cia. A firma começou a produzir em 1912. A sociedade conseguiu incentivos de isenção de impostos durante o governo Lauro Muller, por ser a primeira fábrica de papel do Estado de Santa Catarina. Foi retirada a maquinaria da serraria e foi construído um novo prédio no mesmo terreno, um pouco mais abaixo do antigo.
Em 1911, Gottlieb importou um novo locomóvel Wolf, sendo o 7° que importava da Alemanha. Em 1917, a serraria foi acometida de um incêndio e perdeu todo o patrimônio, pois não estava assegurada. A causa do fogo não foi descoberta. O locomóvel, estava instalado em uma edificação de alvenaria, separado da serraria e por isto não sofreu grandes avarias. Uma fotografia deste momento foi entregue ao Arquivo Histórico de Blumenau. Em 8 dias, a máquina estava consertada e foi posta a trabalhar, e foi beneficiada com madeira ao ar livre, para a construção do novo prédio contando com a solidariedade dos clientes com pedidos feitos anteriormente.
Entre 1914 e 1918, durante a 1° guerra Mundial, houve manifestações públicas contra alemães na cidade de Itajaí, onde pronunciavam palavras de ordem, xingamentos e atacavam residências dos imigrantes alemães, em atos de vandalismo depredando todo o patrimônio. Lembramos que Gottlieb havia se naturalizado no final do século anterior, mas falava o alemão.
Em uma noite de novembro de também 1917, manifestantes embriagados se aproximaram de sua casa e tentaram incendiá-la. Quebraram muita coisa. O ato covarde aconteceu a noite e a família viveu momentos de terror. Encontramos registros fotográficos feitos pelo fotógrafo Arthur Walter da firma Photographia Itajahy – Est. S. Catharina. Estas fotografias estavam com a bisneta de Gottlieb e Catharina, Marlene. As imagens comunicam.
“E nenhum desses atacantes, sem dúvida alguma, era mais brasileiro do que Reif, pois, além do seu trabalho em prol do desenvolvimento do país, era brasileiro naturalizado em 1883, ainda no Império e tinha patente de capitão da Guarda Nacional. Sua esposa, nascida em Independência, no Rio de Janeiro, dera-lhe nove filhos, todos brasileiros.” Stahmer, 1972.
Muito abalado e triste, Gottlieb Reif retornou para Blumenau com toda a família e de Blumenau, rumou para a localidade do Ribeirão das Pombas – atual Pouso Redondo, onde possuía terras há muito tempo. Para isso, vendeu a fábrica de caixinhas, reconstruída, e a casa comercial para a firma João Bauer. A casa de moradia e um outro terreno por um valor pequeno para desvencilhar dos impostos ao município. Guardou muita mágoa de Itajaí. Muito decepcionado com todo o ocorrido, se recolheu junto com a família em uma região praticamente desabitada. Na história formal local é considerado o fundador pioneiro. O embrião urbano nasceu como Rio das Pombas, a exemplo de todos os demais embriões urbanos da região que surgiram no Alto Vale do Itajaí, junto aos rios. Obstinado levou sua máquina para aquele local distante, em 1919. Relatam que foi a primeira máquina a vapor levada para aquela região. Foi transportada por via fluvial, de Bela Aliança – atual Rio do Sul – até o Rio das Pombas, que atualmente é o município de Pouso Redondo. Para isso foi construída uma balsa especial para esta finalidade.
Gottlieb era proprietário de uma grande área de terras na região, com plantações e criação de rebanhos. Havia registro seu, que no local de sua propriedade, em natal de 1895, os índios haviam assassinado Karl Hannemann e Karl Klegin que trabalhavam para ele.
Estavam com o administrador Alfred Jost, trabalhando nas primeiras lavouras. Sua bisneta Marlene Reif nos mostrou a fotografia da residência de Jost, considerada a primeira construção da região e da cidade de Pouso Redondo, construída nas terras de Gottlieb Reif.
Depois do ocorrido, ficou no local outro capataz, com o nome de Johann Kuhlmann e permaneceu por diversos anos seguidos. Em janeiro de 1913, quatro anos antes do episódio de Itajaí, o filho de Gottlieb Reif e Catharina, Germano Reif (*29 de dezembro de 1880 e +20 de novembro de 1962), fixou residência no local, bem antes de Gottlieb resolver ir para o local. A estrada era precária e mal dava passagem para uma carroça tracionada a animal até Mosquito-Morro do Reuter e, deste ponto, ainda haviam 23 quilômetros até o local do Rio das Pombas, que poderia somente ser feito à pé, no lombo de burro e ou à cargueiro – muitas vezes, era o carro de boi que abriam as estradas através de sua trilha feita.
Mapas de Wettstein e Deeke, feitos antes da ida de Gottlieb para o local de Pouso Redondo. Neste local, já passavam as tropas para Lages.
Durante a viagem da família Reif nesse trecho com acesso ruim, haviam 45 sepulturas, assinaladas com cruzes ou montes de pedras, de pessoas assassinadas pelos índios.
Com a máquina instalada em Rio das Pombas, começou a serrar madeira para a construção da casa da Família. Faltavam, ainda, seis quilômetros de estrada de rodagem até Pouso Redondo, onde foi providenciado o término desse trajeto, passando três e meio quilômetros da estrada, pelos terrenos de Gottlieb Reif. Foi feito o possível para trazer a família Reif de carro-de-mola até a porta da casa nova, em junho de 1920. O translado foi feito por Antônio Ern.
Além da nova serraria, Gottlieb instalou uma atafona, pois até então, as pessoas do local precisavam buscar fubá em Mosquito, distante 23 quilômetros.
Reif não conseguia se aquietar. Estava com 68 anos e foi abrir estradas para facilitar o deslocamento dos colonos residentes nas cabeceiras do Rio das Pombas, criando uma saída para a estrada geral. Em 1921, contatou com o governo do Estado, ainda o seu conhecido Hercílio Luz, e solicitou a abertura de um trecho de 13 quilômetros de estrada, ligando a estrada geral, atual Rua Gottlieb Reif (merecida homenagem), até o Lageado Carroussel. Como pagamento por esse trabalho e como era usual na época, recebeu uma gleba de terra que ele começou a colonizar em 1924, vendendo os lotes por preço mínimo, com o propósito de apressar o povoamento da região. Assim surgiu os povoados de Rio Pombinhas, Rio Paleta e Rio de Trás. Os compradores receberam suas escrituras e os posseiros ou ocupantes dos terrenos que faziam parte da concessão, vinham se entender com o proprietário e então recebiam, também, a escritura da parte que ocupavam, ou, se preferirem, uma indenização. Gottlieb organizou e oficializou a ocupação nesta região.
Em 1923, Gottlieb e Catharina festejaram suas Bodas de Ouro. Participaram das comemorações, além da grande família, os seus velhos amigos e mais de 150 pessoas vindas de serra acima, da centralidade de Blumenau e das regiões vizinhas. quanta pessoas os Reif conheciam?
Com a serraria e a atafona em pleno funcionamento, a máquina tornava-se pequena para tanto serviço. Vendeu-a para Rudolf Hoeschl, filho de Leopold Hoeschl, Cônsul Austro-Húngaro e substituiu-a por uma nova e mais possante máquina locomóvel Lanz, importada da Alemanha. Foi o único locomóvel Lanz dentre as nove máquinas que Gottlieb importou. Esta última máquina chegou ao Brasil em 1924 e, em 13 de janeiro de 1925 foi despachada pela ferrovia Estrada de Ferro Santa Catarina EFSC, de Blumenau até Subida, local que desbravou no século XIX. Fomos informados de que esta máquina estava em Pouso Redondo. Fomos até lá em 12 de fevereiro de 2022, para registrar o local que Gottlieb e Catharina foram sepultados, encontrar fotografias de família com Marlene Reif, sua bisneta e encontrar a máquina locomóvel de Gottlieb. Encontramos uma semelhante, de fabricante francês, que acreditam pertencia aos Siewert. Mas a fotografamos para vocês terem uma ideia sobre a grande dificuldade de levar uma máquina deste porte pelos e rios, pelo mato, sem caminhos apropriados, no momento que a família se mudou para a região.
De Subida até o Rio das Pombas, as peças menores foram transportadas em caminhões e carroças e a caldeira em um carretão, puxado por cavalos, sob a direção de Max Stutzer. O complexo alimentado por esta máquina recebeu outras máquinas como cepilhadeiras, prainadeira para madeira de assoalho, uma pequena serra de fita para solas de tamancos, um engenho de farinha de mandioca e uma olaria. Construiu um edifício maior, coberto com folhas de zinco, uma grande chaminé. As benfeitorias e um certo conforto eram bem-vindos à comunidade, trazida por Gottlieb ao local. Em 1927, também foi encomendado um descascador de arroz e outras máquinas da firma Bromberg, Hacher & Cia., de São Paulo.
“A 19 de agosto desse ano, quando ainda se evolavam para o firmamento as nuvens de fumo da chaminé da sua última indústria, apagava-se, para sempre, a vida preciosa de Gottlieb Reif que soube amar a sua segunda pátria e por ela trabalhar, concorrendo com todas as suas forças, com o seu entusiasmo e espírito de iniciativa para a maior riqueza do Brasil e para o bem estar de todo o povo brasileiro.” Stahmer, 1972.
Gottlieb Reif partiu em 19 de agosto de 1927 e foi sepultado no cemitério, para o qual doou as terras para sua implantação, bem como doou as terras para construir a igreja ao lado – comunidade luterana de Pouso Redondo. Foi sepultado sob a sombra de um grande pé de carvalho que foi plantado por seus filhos Ella Reif Stahmer é Germano Reif. Ao lado do carvalho também há um velho pé de camélia quase tão alto quanta a primeira árvore. Registramos que também doou as terras para locar o cemitério municipal de Pouso Redondo.
Catharina Reif faleceu em 21 de março de 1934 e foi sepultada ao lado de seu esposo Gottlieb.
Observamos que o casal está sepultado sob um velha árvore de carvalho e detectamos marcas desta ligação nos túmulos de mármores branco. Existe uma guirlande que aparenta ser feita com fruto da árvore, bem como ramos que adornam pequeno pilares sobre si.
Vídeo
Algumas fotografias de família – Acervo Marlene Reif
Seu filho Heinrich Reif permaneceu residindo em Altona, atual bairro de Itoupava Seca e trabalhava com a colonização de terras e também na construção de estradas. Foi genro de Guilherme (Wilhelm) Jensen.
De acordo com o Professor Max Humpl, publicado em seu livro – organizado por Méri Frotscher, a casa de Heinrich Reif foi construída em 1891 por seu pai Gottlieb Reif. – O “Reifsbach”, que corria em frente à casa, moveu uma moenda durante um ano. Em 1918, a casa foi cercada por um muro imponente. Perto da “taberna dos pomeranos” havia um bebedouro em um lugar de descanso para tropeiros. A propriedade dos Reif, em Altona, estava localizada no início da Rua Bahia, depois, com a construção da ferrovia, às margens desta. Junto estava a casa de Paul Herbst, construída em 1897. Nesta casa funcionou entre 1897 e 1907 uma cavalariça e hospedaria conhecida “Zum Lustingen Zacken”. Depois disso, foi alugada para diversas famílias e ao lado dela, estava a casa onde morou a família de Gottlieb Reif. Mais ou menos no local apresentado na foto abaixo, a ferrovia EFSC em dois momentos histórico no mesmo ponto – proximidades da Casa Reif.
Homenagens nas cidades
Blumenau em Cadernos 1965
Parte desta pesquisa foi publicada no Blumenau em Cadernos, nas páginas de 141 até 149, artigo de autoria de uma de suas descendentes, Ella Reif Stahmer, e que está sepultado ao lado dos pais, no cemitério luterano de Pouso Redondo SC. Faleceu no ano seguinte ao da publicação de seu artigo.
A história de Gottlieb Reif ilustra a dinâmica e o espírito da Colônia Blumenau no Século XIX e nas décadas iniciais do século XX, tendo ele, como um verdadeiro protagonista.
Um registro para a História.
Referências
- AD O, Everson Felipe. Mais que um Pouso no Meio do Caminho: Estudo sobre Tomada de Terras em Pouso Redondo no Alto Vale do Itajaí – SC – Na Segunda Metade do Século XIX. Curso de Graduação em História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa – História. Orientador: Prof. Dr. Tiago Kramer de Oliveira. Florianópolis, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/204302/Mais%20que%20um%20pouso%20no%20meio%20do%20caminho.pdf?sequence=1 . Acesso em 1° de junho de 2021.
- HUMPL, Max. Crônica do vilarejo de Itoupava Seca: Altona: desde a origem até a incorporação à área urbana de Blumenau, 1.ed. Méri Frotschter Kramer e Johannes Kramer (organizadores). Escrito em 2018. Blumenau: Edifurb, 2015. 227 p. : il.
FROTSCHER, Méri. Da Celebração da Etnicidade Teuto-brasileira à Afirmação da Brasilidade: Ações e discursos das elites locais na esfera pública de Blumenau (1929-1950).Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História, da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial e último para obtenção do grau de Doutora em História Cultural, sob orientação da professora Doutora Maria Bernardete Ramos. Florianópolis SC, 2003. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/85390/191344.pdf?sequence=1 . Acesso em: 29 de maio de 2021 – 23:32h. - SCHMIDT-Gerlach, Gilberto. Colônia Blumenau no sul do Brasil. Gilberto Schmidt-Gerlach, Bruno Kilian Kadletz, Marcondes Marchetti, pesquisa; Gilberto Schmidt-Gerlach, organização; tradução Pedro Jungmann. – São José : Clube de Cinema Nossa Senhora do Desterro, 2019. 2 t. (400 p.) : il., retrs.
STAHMER, Ela Reif. A história de um Benemérito Pioneiro – Gottlieb Reif. Revista Blumenau em Cadernos. Tomo XIII – Agosto de 1972, N°8. Blumenau, 1972. - WETTSTEIN, Phil. Brasilien und die Deutsch-brasilieniche Kolonie Blumenau. Leipzig, Verlag von Friedrich Engelmann, 1907.
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- WITTMANN, Angelina. Qual a Diferença entre Atafona (Tafona) e Moinho? Antropologia. 28 de fevereiro de 2020. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2021/06/do-dorf-bohlen-para-o-brasil-seculo-xix.html
Sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
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