Após 33 horas, júri conclui que filhas colaboraram no assassinato do próprio pai em Gaspar
Além das duas filhas, outras cinco pessoas foram condenadas
Por Kamile Bernardes- 20/01/2023
- 14:37
Duas filhas de José Célio Fantoni, foram condenadas por homicídio duplamente qualificado contra o pai de 51 anos, que foi morto dentro de casa, na madrugada de 29 de janeiro de 2020, no bairro Óleo Grande.
Durante sessão do Tribunal do Júri da comarca de Gaspar, que durou 33 horas, oito pessoas foram julgadas. Além das filhas, outros cinco foram condenadas pelo homicídio. Três das sete pessoas também foram condenadas por furto qualificado, e um réu foi absolvido de todas as imputações.
O crime
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina, as oito pessoas, entre elas duas filhas da vítima, foram os responsáveis pela morte do homem. Elas teriam sido motivadas por sentimento de vingança, por supostamente terem sido abusadas sexualmente pelo pai.
Os denunciados chegaram a simular um assalto na residência. Após criminosos invadirem a casa e obrigarem a vítima a se deitar de bruços no chão do próprio quarto, desferindo-lhe inúmeros golpes e chutes, um deles efetuou quatro disparos de arma de fogo, a curta distância, na cabeça da vítima.
Segundo a denúncia, cômodos da casa foram revirados como se tivessem buscado pertences de valor. Subtraíram para si o celular da vítima e outros pequenos objetos.
Condenação
Os réus foram julgados por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e por aplicação de recurso que impossibilitou ou dificultou a defesa da vítima, pois o crime foi praticado durante o repouso noturno e com disparos de arma de fogo.
As penas aplicadas aos criminosos variam de oito a 21 anos de reclusão, em regime inicial fechado para todos os condenados. Os sete réus condenados, que estão presos preventivamente, poderão recorrer da decisão. O réu absolvido já foi posto em liberdade e o processo tramita sob sigilo.
Sobre o júri
O Tribunal do Júri iniciou na manhã dessa terça-feira, 17, e encerrou na noite dessa quinta, 19. Durante o período, os jurados ficaram incomunicáveis, alocados em um hotel, acompanhados por oficiais de justiça, para descanso noturno.
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